No outro extremo, Francisco Sampaio, presidente da Região de Turismo do Alto Minho, disse, ao JN, que a criação de um só organismo para o Norte irá "favorecer" a região no seu todo .
As estruturas agora aprovadas, que coincidem com as regiões administrativas, são as do Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve, havendo ainda uma aposta prioritária nas zonas do Alqueva, Litoral Alentejano, Região Oeste e Douro. O novo figurino foi apresentado como "um esforço de racionalização". E uma das inovações avançadas pelo secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, é a de que as cinco regiões vão poder recorrer ao autofinanciamento "através de acordos com a iniciativa privada".
Bernardo Trindade sublinhou, ainda, que a medida permite criar instituições credíveis, com massa crítica para serem parceiros na concretização da política nacional para o sector. E "todo o território fica abrangido, o que não acontecia até aqui".
Outra opinião tem Miguel Sousinha. "Estranho o que está no comunicado do Conselho de Ministros" porque vem "basear o turismo na ligação às NUT (Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos)", disse à Lusa. O dirigente mostrou-se desiludido com a decisão do Governo, já que muitas regiões de turismo estavam a negociar fusões para responder à necessidade de escala para o sector imposta pelo Executivo. "Isto será uma redução sem estratégia turística e sem ligação às marcas territoriais", considerou o dirigente, que criticou as funções previstas para as novas entidades . A concretizar-se o que foi proposto, será o "desastre das regiões turísticas porque passarão a ser órgãos sem qualquer competência e sem capacidade funcional", concluiu.
Pronunciando-se apenas sobre o Norte, Francisco Sampaio elogiou a alteração. Todas juntas, as regiões nortenhas "têm mais força". E é possível "conciliar interesses", destacou, elogiando, particularmente, a capacidade de autofinanciamento. "Podemos dar as mãos e voltar a ter uma região Norte pujante", defendeu, notando que o Porto deve ser "a grande placa giratória" que levará o turismo aos outros destinos.
JN, 2007-12-13
Visto em: Diário de Trás-os-Montes
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