segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Imigrantes "habilitados" a falar e escrever português

Uma pequena comunidade de imigrantes asiáticos composta por cidadãos oriundos de países como a Índia, Paquistão e China a residir em Mogadouro recebeu um diploma que lhes confere aptidões reconhecidas para falar e escrever a língua de Camões.

Há cerca de meio ano foram 15 os cidadãos estrangeiros que começaram a sua formação na área da língua portuguesa e cidadania no âmbito do programa “ Portugal Acolhe”, agora os resultados são visíveis, os novos falantes do português consideram que “língua é a sua pátria, e Mogadouro pode ser o seu mundo”. Os cidadãos que integram o grupo já percorreram outros países europeus, no entanto garantem que é Portugal que querem ficar. A esta pequena comunidade na sua maioria trabalha na construção civil tendo desde cedo demonstrado vontade aprender uma nova língua, todos os dias úteis da semana no horário pós laboral sentavam-se de novo nos bancos da escola com uma vontade férrea de aprender. “ O dia a dia desta pessoas é uma coisa básica: Comer, trabalho, casa. Eles apenas querem ganhar dinheiro para enviar para a família. A situação destes emigrantes torna-se difícil já que muitos trabalham ao fim de semana para poder cumprir os seus compromissos, mas não desmotivaram,” argumentou Paula Sá, a formadora do curso. De recordar que em 2005 residiam em Mogadouro cerca de 107 emigrantes oriundos de 14 nacionalidades. “ No ano internacional da igualdade de oportunidades para todos, isto é um acção que a todos nos honra já que permitiu entregar a cidadão de outros países as mesmas armas para que possam ter as mesmas oportunidades que os cidadãos locais para assim obterem um integração total no seio da comunidade que os acolhe,” referiu João Henriques, vice -presidente do município de Mogadouro. O curso de formação para a interacção sócio – profissional de imigrantes foi apoiado pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, (IEFP) que já garantiu a sua continuidade por mais 150 horas. Para Fernando Calado, director regional do IEFP, se a região não for capaz de receber cidadãos de todo o mundo, o distrito de Bragança será uma “realidade que assusta dentro de pouco tempo. Aquele responsável vê nestes cidadãos do mundo “ um contributo para evitar o processo de desertificação de um distrito onde apenas quatro mil crianças frequentas a escolas do 1º ciclo”.

Visto em: RBA

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