Os jovens socialistas transmontanos defenderam hoje a criação da Região de Trás-os-Montes e Alto Douro como a melhor solução para promover o desenvolvimento e responder às especificidades dos distritos de Vila Real e Bragança
Numa iniciativa que dizem ser inédita a nível nacional, os militantes dos distritos de Vila Real e Bragança, juntaram-se num congresso que decorreu em Vila Real, para criar a Confederação Regional dos Jovens Socialistas Transmontanos.
Fernando Morgado, presidente da Federação Distrital da JS de Vila Real, salientou que o «grande objectivo» desta confederação, que vai agregar cerca de três mil militantes daqueles dois distritos, «é bater-se pela instituição da regionalização».
Os participantes no congresso aprovaram ainda uma moção «por unanimidade e aclamação» em defesa da criação da Região de Trás-os-Montes e Alto Douro.
«Entendemos que é esse o modelo que melhor vai de encontro às nossas expectativas de desenvolvimento e às especificidades que vivemos nestes distritos e que são diferentes daquelas que se podem constatar nos outros distritos da Nut II Norte», afirmou Fernando Morgado.
Bruno Veloso, presidente da JS de Bragança e o primeiro a assumir a liderança da nova confederação, referiu que os jovens militantes socialistas querem «reacender o debate sobre a regionalização» e, ao mesmo, preparar argumentos que melhor fundamentem o modelo de organização administrativa escolhido.
O actual Governo assumiu o compromisso de avançar com a criação das regiões na próxima legislatura.
Relativamente à realização de um novo referendo sobre a regionalização, Bruno Veloso apenas referiu que este é um imperativo constitucional.
As conclusões e os documentos produzidos no congresso que decorreu hoje, e que contou com cerca de uma centena de participantes, serão redigidas em português e em mirandês, as duas línguas oficias de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Para além da regionalização, a JS quer ainda debater questões relacionadas com o Douro, as relações transfronteiriças, a educação, emprego, saúde e inovação, e cujas realidades, segundo Bruno Veloso, «são muito semelhantes nos dois distritos».
Visto em: Sol
sábado, 8 de dezembro de 2007
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Feira de Vimioso junta tradição e inovação
Juntar a inovação e a tradição. É o que se propõe fazer a organização da Feira de Artes, Oficios e Sabores de Vimioso. O certame, que decorre até domingo na vila, vai na oitava edição e apresenta como novidade um espaço para inovação tecnológica.
Vão ser mostrados e vendidos novos materiais, nomeadamente ligados às energias renováveis. A feira quer apresentar o melhor que o concelho pode oferecer, desde o artesanato, à gastronomia, passando ainda pela cultura e etnografia.
Visto em: RBA
Vão ser mostrados e vendidos novos materiais, nomeadamente ligados às energias renováveis. A feira quer apresentar o melhor que o concelho pode oferecer, desde o artesanato, à gastronomia, passando ainda pela cultura e etnografia.
Visto em: RBA
Rota promove património do Douro
Está a ser preparada uma “Rota do Património da Humanidade da Bacia do Douro”. Um projecto transfronteiriço abraçado pela Fundação Rei Afonso Henriques, que com ele pretende promover os recursos culturais ao nível turístico.
Está a ser elaborado um estudo sobre o potencial que existe para promoção. O trabalho vai ser apresentado no dia 14 de Dezembro, altura em que se assinalam seis anos de elevação do Douro à categoria de Património Mundial da Humanidade.
Visto em: RBA
Está a ser elaborado um estudo sobre o potencial que existe para promoção. O trabalho vai ser apresentado no dia 14 de Dezembro, altura em que se assinalam seis anos de elevação do Douro à categoria de Património Mundial da Humanidade.
Visto em: RBA
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Vereador socialista abandona PS de Mogadouro
Antero Neto bateu com a porta ao partido socialista. O vereador eleito pelo PS na Câmara de Mogadouro, afirma não ter condições para frequentar a sede socialista.
Um posição tomada depois de, segundo ele, na última reunião da comissão politica do PS ter sido atacado, por, alegadamente, ele fazer parte de uma lista aos órgãos sociais para a Misericórdia, que é encabeçada por um vereador do PSD. O presidente da comissão politica de Mogadouro reconhece que a situação foi discutida, mas garante que não estava à espera desta atitude.
Visto em: RBA
Um posição tomada depois de, segundo ele, na última reunião da comissão politica do PS ter sido atacado, por, alegadamente, ele fazer parte de uma lista aos órgãos sociais para a Misericórdia, que é encabeçada por um vereador do PSD. O presidente da comissão politica de Mogadouro reconhece que a situação foi discutida, mas garante que não estava à espera desta atitude.
Visto em: RBA
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Burros, só de nome
Quando, há 12 anos, Bárbara Fráguas chegou ao Alto Douro, para um trabalho de fim de curso, não tardou a apaixonar-se pela paisagem e pelas pessoas. Ela, que trocara um curso meio começado de engenharia pela biologia, acabou, também, por trocar a sua cidade natal, o Porto, pela aldeia de Atenor, perto de Sendim (Miranda do Douro). Aqui ajudou a criar diversas associações, uma das quais, a Aldeia, integra a plataforma que se opõe à construção da barragem do Baixo Sabor (ver Única de 1/12/07). Em paralelo, desenvolve outros projectos, um dos quais consiste em salvar da extinção o burro de Miranda. Estes animais resistentes, meigos e peludos "são tudo menos estúpidos". Utilizados em passeios turísticos pela região, tornaram-se num dos atractivos desta aldeia onde, em dois cercados, há para cima de meia centena de exemplares.
Os burros mirandeses, corpulentos e de cor castanha, têm a curiosidade de apresentar pelo muito comprido até cerca de um ano de idade. A sua docilidade e porte tornam-nos ideais para transportar crianças ou pessoas pouco habituadas a montar. "É esta vertente que exploramos, com a realização de passeios pelo planalto transmontano, uns programados, outros a pedido e que podem ter um ou mais dias", explica Bárbara.
Até há meia-dúzia de anos esta raça parecia condenada à extinção. E isto porque a agricultura tradicional ia desaparecendo, enquanto nas explorações modernas se recorria, fundamentalmente aos tractores e outras máquinas. A Associação de Estudo e Protecção do Gado Asinino foi fundada em Maio de 2001. Para além da criação de novos animais, tem assegurado a recolha e protecção dos burros mais velhos, quer quando estes já estão incapazes para o trabalho, quer quando os respectivos proprietários já não os conseguem manter.
Rui Cardoso
21:00 | Sexta-feira, 30 de Nov de 2007
Visto em: Jornal Expresso
Os burros mirandeses, corpulentos e de cor castanha, têm a curiosidade de apresentar pelo muito comprido até cerca de um ano de idade. A sua docilidade e porte tornam-nos ideais para transportar crianças ou pessoas pouco habituadas a montar. "É esta vertente que exploramos, com a realização de passeios pelo planalto transmontano, uns programados, outros a pedido e que podem ter um ou mais dias", explica Bárbara.
Até há meia-dúzia de anos esta raça parecia condenada à extinção. E isto porque a agricultura tradicional ia desaparecendo, enquanto nas explorações modernas se recorria, fundamentalmente aos tractores e outras máquinas. A Associação de Estudo e Protecção do Gado Asinino foi fundada em Maio de 2001. Para além da criação de novos animais, tem assegurado a recolha e protecção dos burros mais velhos, quer quando estes já estão incapazes para o trabalho, quer quando os respectivos proprietários já não os conseguem manter.
Rui Cardoso
21:00 | Sexta-feira, 30 de Nov de 2007
Visto em: Jornal Expresso
Indianos,paquistaneses e chineses aprendem português e dizem que transmontanos são mais honestos
«Um grupo de 15 chineses, paquistaneses e indianos acaba de concluir, na vila de Mogadouro, um curso de formação de quase meio ano em que aprenderam a língua portuguesa e cidadania. «Os transmontanos são mais certos, não são mentirosos«, diz Harjinder.
Harjinder deixou a Índia aos 16 anos e já passou quase outro tanto tempo da sua vida a trabalhar na Europa. Viveu em França, na Alemanha, na capital portuguesa, mas foi na pequena vila de Mogadouro, no Nordeste Transmontano que viu pela primeira vez azeitonas e encontrou a oportunidade que procurava ao imigrar do seu país.
“Os transmontanos são mais certos, não são mentirosos”, garante o conterrâneo Hargans, exibindo um certificado de curso que marca mais uma etapa na vida de ambos e de outros imigrantes que vivem, há vários anos, na localidade transmontana.
Curso de formação em português e cidadania
Um grupo de 15 chineses, paquistaneses e indianos acaba de concluir um curso de formação de quase meio ano em que aprenderam a língua portuguesa e cidadania. Esforçaram-se todos o suficiente para serem agora capazes de manterem um diálogo em português e vencerem mais uma etapa na integração numa terra estranha que os acolheu “sem problemas”, garantem.
O gabinete municipal de apoio ao imigrante quis com este curso demonstrar o seu empenho na integração destes cidadãos de “terras tão longínquas”, segundo o vice-presidente da autarquia, João Henriques.
O autarca contou que, em 2005, contabilizaram mais de uma centena de imigrantes a residirem no concelho de 14 nacionalidades.
Curiosamente naturais de países diferentes do que é habitual e em que predominam os cidadãos de Leste.
Indianos, paquistaneses e chineses são as nacionalidades com maior visibilidade, que encontraram nesta vila estabilidade embora, alguns em empregos precários.
Fazer o trabalhos que os outros não querem
Comércio e construção civil são as áreas de trabalho destes imigrantes, que confessaram à Lusa que, apesar de “nem tudo ser bom”, foi em Mogadouro que encontraram “honestidade” depois de passarem por diversos patrões noutras localidades, que nem sempre cumpriam com os seus deveres.
O indiano Hargans pensa já em trazer a mulher e a pequena filha para Portugal, um processo que acredita será agora mais fácil por dominar melhor a língua portuguesa.
Todos reconhecem, no entanto, as dificuldades burocráticas e políticas, maiores com cidadãos destas nacionalidades.
Este curso de iniciação vai ter continuidade com mais formação para aprofundamento dos conhecimentos agora adquiridos e o paquistanês Mohamed Asraf está já a pensar continuar a estudar.
“É gente esforçada e trabalhadora” assegura a formadora Paula Sá que teve com este grupo a primeira experiência de formação a cidadãos estrangeiros.
A formadora elogia sobretudo o empenho destes formandos que “muitas vezes iam do trabalho para a formação e só jantavam depois das onze da noite”.
Apreenderam em horário pós-laboral, de segunda a sexta, entre as 20h e a s 23h.
Em Mogadouro fazem o trabalho que as gentes locais não querem, segundo o vice-presidente da autarquia, enquanto muitos dos naturais do concelho partem para outras paragens à procura de novas oportunidades de vida.
Estes imigrantes chegaram à vila transmontana através de familiares, amigos ou conhecidos que já tinham ouvido falar do “sossego” desta terra.
O curso de formação para a integração sócio-profissional de imigrantes foi apoiado pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) que já garantiu a continuidade desta aprendizagem.
Para o director regional do instituto, Fernando Calado, “se esta região não for capaz de receber cidadãos de todo o mundo, o Distrito de Bragança será dentro de pouco tempo uma realidade que assusta”.
Fernando Calado vê nestes cidadãos um contributo para inverter o processo de despovoamento de um distrito que tem apenas quatro mil crianças a frequentarem as escolas do primeiro ciclo.
Daí o agrado das entidade locais com o pequeno Tiago, um mogadourense de um ano e meio, filho de jovens comerciantes chineses, que frequentaram a formação e se radicaram nesta localidade.
Lusa/PJ, 2007-12-03
Visto em: Diário de Tás-os-montes
Harjinder deixou a Índia aos 16 anos e já passou quase outro tanto tempo da sua vida a trabalhar na Europa. Viveu em França, na Alemanha, na capital portuguesa, mas foi na pequena vila de Mogadouro, no Nordeste Transmontano que viu pela primeira vez azeitonas e encontrou a oportunidade que procurava ao imigrar do seu país.
“Os transmontanos são mais certos, não são mentirosos”, garante o conterrâneo Hargans, exibindo um certificado de curso que marca mais uma etapa na vida de ambos e de outros imigrantes que vivem, há vários anos, na localidade transmontana.
Curso de formação em português e cidadania
Um grupo de 15 chineses, paquistaneses e indianos acaba de concluir um curso de formação de quase meio ano em que aprenderam a língua portuguesa e cidadania. Esforçaram-se todos o suficiente para serem agora capazes de manterem um diálogo em português e vencerem mais uma etapa na integração numa terra estranha que os acolheu “sem problemas”, garantem.
O gabinete municipal de apoio ao imigrante quis com este curso demonstrar o seu empenho na integração destes cidadãos de “terras tão longínquas”, segundo o vice-presidente da autarquia, João Henriques.
O autarca contou que, em 2005, contabilizaram mais de uma centena de imigrantes a residirem no concelho de 14 nacionalidades.
Curiosamente naturais de países diferentes do que é habitual e em que predominam os cidadãos de Leste.
Indianos, paquistaneses e chineses são as nacionalidades com maior visibilidade, que encontraram nesta vila estabilidade embora, alguns em empregos precários.
Fazer o trabalhos que os outros não querem
Comércio e construção civil são as áreas de trabalho destes imigrantes, que confessaram à Lusa que, apesar de “nem tudo ser bom”, foi em Mogadouro que encontraram “honestidade” depois de passarem por diversos patrões noutras localidades, que nem sempre cumpriam com os seus deveres.
O indiano Hargans pensa já em trazer a mulher e a pequena filha para Portugal, um processo que acredita será agora mais fácil por dominar melhor a língua portuguesa.
Todos reconhecem, no entanto, as dificuldades burocráticas e políticas, maiores com cidadãos destas nacionalidades.
Este curso de iniciação vai ter continuidade com mais formação para aprofundamento dos conhecimentos agora adquiridos e o paquistanês Mohamed Asraf está já a pensar continuar a estudar.
“É gente esforçada e trabalhadora” assegura a formadora Paula Sá que teve com este grupo a primeira experiência de formação a cidadãos estrangeiros.
A formadora elogia sobretudo o empenho destes formandos que “muitas vezes iam do trabalho para a formação e só jantavam depois das onze da noite”.
Apreenderam em horário pós-laboral, de segunda a sexta, entre as 20h e a s 23h.
Em Mogadouro fazem o trabalho que as gentes locais não querem, segundo o vice-presidente da autarquia, enquanto muitos dos naturais do concelho partem para outras paragens à procura de novas oportunidades de vida.
Estes imigrantes chegaram à vila transmontana através de familiares, amigos ou conhecidos que já tinham ouvido falar do “sossego” desta terra.
O curso de formação para a integração sócio-profissional de imigrantes foi apoiado pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) que já garantiu a continuidade desta aprendizagem.
Para o director regional do instituto, Fernando Calado, “se esta região não for capaz de receber cidadãos de todo o mundo, o Distrito de Bragança será dentro de pouco tempo uma realidade que assusta”.
Fernando Calado vê nestes cidadãos um contributo para inverter o processo de despovoamento de um distrito que tem apenas quatro mil crianças a frequentarem as escolas do primeiro ciclo.
Daí o agrado das entidade locais com o pequeno Tiago, um mogadourense de um ano e meio, filho de jovens comerciantes chineses, que frequentaram a formação e se radicaram nesta localidade.
Lusa/PJ, 2007-12-03
Visto em: Diário de Tás-os-montes
Imigrantes "habilitados" a falar e escrever português
Uma pequena comunidade de imigrantes asiáticos composta por cidadãos oriundos de países como a Índia, Paquistão e China a residir em Mogadouro recebeu um diploma que lhes confere aptidões reconhecidas para falar e escrever a língua de Camões.
Há cerca de meio ano foram 15 os cidadãos estrangeiros que começaram a sua formação na área da língua portuguesa e cidadania no âmbito do programa “ Portugal Acolhe”, agora os resultados são visíveis, os novos falantes do português consideram que “língua é a sua pátria, e Mogadouro pode ser o seu mundo”. Os cidadãos que integram o grupo já percorreram outros países europeus, no entanto garantem que é Portugal que querem ficar. A esta pequena comunidade na sua maioria trabalha na construção civil tendo desde cedo demonstrado vontade aprender uma nova língua, todos os dias úteis da semana no horário pós laboral sentavam-se de novo nos bancos da escola com uma vontade férrea de aprender. “ O dia a dia desta pessoas é uma coisa básica: Comer, trabalho, casa. Eles apenas querem ganhar dinheiro para enviar para a família. A situação destes emigrantes torna-se difícil já que muitos trabalham ao fim de semana para poder cumprir os seus compromissos, mas não desmotivaram,” argumentou Paula Sá, a formadora do curso. De recordar que em 2005 residiam em Mogadouro cerca de 107 emigrantes oriundos de 14 nacionalidades. “ No ano internacional da igualdade de oportunidades para todos, isto é um acção que a todos nos honra já que permitiu entregar a cidadão de outros países as mesmas armas para que possam ter as mesmas oportunidades que os cidadãos locais para assim obterem um integração total no seio da comunidade que os acolhe,” referiu João Henriques, vice -presidente do município de Mogadouro. O curso de formação para a interacção sócio – profissional de imigrantes foi apoiado pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, (IEFP) que já garantiu a sua continuidade por mais 150 horas. Para Fernando Calado, director regional do IEFP, se a região não for capaz de receber cidadãos de todo o mundo, o distrito de Bragança será uma “realidade que assusta dentro de pouco tempo. Aquele responsável vê nestes cidadãos do mundo “ um contributo para evitar o processo de desertificação de um distrito onde apenas quatro mil crianças frequentas a escolas do 1º ciclo”.
Visto em: RBA
Há cerca de meio ano foram 15 os cidadãos estrangeiros que começaram a sua formação na área da língua portuguesa e cidadania no âmbito do programa “ Portugal Acolhe”, agora os resultados são visíveis, os novos falantes do português consideram que “língua é a sua pátria, e Mogadouro pode ser o seu mundo”. Os cidadãos que integram o grupo já percorreram outros países europeus, no entanto garantem que é Portugal que querem ficar. A esta pequena comunidade na sua maioria trabalha na construção civil tendo desde cedo demonstrado vontade aprender uma nova língua, todos os dias úteis da semana no horário pós laboral sentavam-se de novo nos bancos da escola com uma vontade férrea de aprender. “ O dia a dia desta pessoas é uma coisa básica: Comer, trabalho, casa. Eles apenas querem ganhar dinheiro para enviar para a família. A situação destes emigrantes torna-se difícil já que muitos trabalham ao fim de semana para poder cumprir os seus compromissos, mas não desmotivaram,” argumentou Paula Sá, a formadora do curso. De recordar que em 2005 residiam em Mogadouro cerca de 107 emigrantes oriundos de 14 nacionalidades. “ No ano internacional da igualdade de oportunidades para todos, isto é um acção que a todos nos honra já que permitiu entregar a cidadão de outros países as mesmas armas para que possam ter as mesmas oportunidades que os cidadãos locais para assim obterem um integração total no seio da comunidade que os acolhe,” referiu João Henriques, vice -presidente do município de Mogadouro. O curso de formação para a interacção sócio – profissional de imigrantes foi apoiado pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, (IEFP) que já garantiu a sua continuidade por mais 150 horas. Para Fernando Calado, director regional do IEFP, se a região não for capaz de receber cidadãos de todo o mundo, o distrito de Bragança será uma “realidade que assusta dentro de pouco tempo. Aquele responsável vê nestes cidadãos do mundo “ um contributo para evitar o processo de desertificação de um distrito onde apenas quatro mil crianças frequentas a escolas do 1º ciclo”.
Visto em: RBA
domingo, 2 de dezembro de 2007
Antigas estações podem servir para hotéis ou restaurantes
A transformação de antigas estações ferroviários em hotéis ou restaurantes e a criação de percursos turísticos ao longo de mais de 200 quilómetros de linhas transmontanas desactivadas é o propósito de um projecto apresentado em Bragança a autarcas e privados.
A promotora é a Invesfer, uma empresa subsidiária da Refer, a proprietária do património e infra-estruturas das linhas de comboio do país. A maioria das linhas transmontanas foi desactivada há mais de 15 anos e a Invesfer pretende agora aliciar privados e autarquias a aproveitarem o património que se encontra ao abandono.
A primeira abordagem para este projecto foi feita em Julho e ontem a administração da Invesfer juntou em Bragança autarcas, empresários, bancos e outros agentes da restauração e do turismo para discutir a ideia. As linhas abrangidas em Trás-os- Montes são as do Douro, Sabor , Tua e Corgo e o objectivo é estudar a possibilidade de transformar os canais em ecopistas e aproveitar o património edificado envolvente, nomeadamente as estações e casas dos guardas de nível. “Estamos a procurar iniciativas, sejam culturais ou comerciais, para promovermos um projecto regional que envolve as várias linhas e que seja indutor da actividade económica da região, nomeadamente o turismo”, explicou o presidente da Invesfer, Vicente Pereira. O responsável garantiu que existe já interesse, nomeadamente de privados para este projecto, que deverá ser elaborado durante o próximo ano.
Segundo explicou, a ideia é apoiar eventuais iniciativas privadas e, em relação à parte pública, promover uma candidatura conjunta a fundos comunitários. Os autarcas locais consideram o projecto “uma boa ideia”, mas entendem que só “terá sucesso se houver investimento e interesse dos privados”.
Esta opinião foi resumida pelo presidente da Câmara de Mirandela, José Silvano, para quem “as autarquias, só por si, não têm vocação nem condições para este projecto”.
A Invesfer tem uma iniciativa idêntica em curso para as linhas desactivadas do Alentejo e vai promover no próximo ano um seminário internacional para lhe dar visibilidade, integrando-a na rede europeia de eco-pistas. De fora fica a pretensão assumida esta semana pelos autarcas de Figueira de Castelo de Rodrigo e Vila Nova de Foz Côa de recuperar o comboio no troço da linha do Douro entre o Pocinho e Braça D´Alva.
PJ, 2007-12-01
Visto em: Diário de Trás-os-montes
A promotora é a Invesfer, uma empresa subsidiária da Refer, a proprietária do património e infra-estruturas das linhas de comboio do país. A maioria das linhas transmontanas foi desactivada há mais de 15 anos e a Invesfer pretende agora aliciar privados e autarquias a aproveitarem o património que se encontra ao abandono.
A primeira abordagem para este projecto foi feita em Julho e ontem a administração da Invesfer juntou em Bragança autarcas, empresários, bancos e outros agentes da restauração e do turismo para discutir a ideia. As linhas abrangidas em Trás-os- Montes são as do Douro, Sabor , Tua e Corgo e o objectivo é estudar a possibilidade de transformar os canais em ecopistas e aproveitar o património edificado envolvente, nomeadamente as estações e casas dos guardas de nível. “Estamos a procurar iniciativas, sejam culturais ou comerciais, para promovermos um projecto regional que envolve as várias linhas e que seja indutor da actividade económica da região, nomeadamente o turismo”, explicou o presidente da Invesfer, Vicente Pereira. O responsável garantiu que existe já interesse, nomeadamente de privados para este projecto, que deverá ser elaborado durante o próximo ano.
Segundo explicou, a ideia é apoiar eventuais iniciativas privadas e, em relação à parte pública, promover uma candidatura conjunta a fundos comunitários. Os autarcas locais consideram o projecto “uma boa ideia”, mas entendem que só “terá sucesso se houver investimento e interesse dos privados”.
Esta opinião foi resumida pelo presidente da Câmara de Mirandela, José Silvano, para quem “as autarquias, só por si, não têm vocação nem condições para este projecto”.
A Invesfer tem uma iniciativa idêntica em curso para as linhas desactivadas do Alentejo e vai promover no próximo ano um seminário internacional para lhe dar visibilidade, integrando-a na rede europeia de eco-pistas. De fora fica a pretensão assumida esta semana pelos autarcas de Figueira de Castelo de Rodrigo e Vila Nova de Foz Côa de recuperar o comboio no troço da linha do Douro entre o Pocinho e Braça D´Alva.
PJ, 2007-12-01
Visto em: Diário de Trás-os-montes
sábado, 1 de dezembro de 2007
Trás-os-Montes: Arqueólogo propõe revitalização de aldeias abandonadas com objectivos turísticos
Bragança, 01 Dez (Lusa) - Algumas aldeias transmontanas desertificadas reúnem condições para dinamizar um novo conceito turístico de recriação de épocas históricas ou ambiências capaz de impedir que se transformem em meros vestígios arqueológicos.
A ideia é defendida pelo arqueólogo Luís Pereira, da extensão de Trás-os-Montes do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR).
A região trasmontana contabiliza já alguns casos de aldeias completamente despovoadas, sendo Benrezes, no concelho de Macedo de Cavaleiros, um dos mais emblemáticos.
O anterior bispo da Diocese de Bragança-Miranda, D. António Rafael, recorria a este exemplo frequentemente na sua luta contra a desertificação do Nordeste, pedindo para que não se permitisse que a região tivesse o mesmo destino.
Esta aldeia "fantasma", a meia dúzia de quilómetros da cidade de Macedo de Cavaleiros, está completamente abandonada e em ruínas.
A sua história é feita de lendas de maldições que terão dizimado a população, mas, para o arqueólogo Luís Pereira, a versão mais plausível para este abandono terá sido uma epidemia.
A maior parte da população terá sido afectada e a que escapou fugiu da aldeia para a povoação mais próxima de Vale da Porca ou outras.
Para trás, as pessoas deixaram, há já várias décadas, as casas e os equipamentos colectivos agora em ruínas, mas ainda demonstrativos da mais pura ruralidade.
"Uma jóia" é como o arqueólogo considera Benrezes, acreditando, por isso, que das ruínas das casas e ruas muralhadas em pedra poderia erguer-se um novo conceito turístico na região, que já é aplicado em outros países.
Os adeptos da natureza no seu estado mais puro teriam aqui a oportunidade de desfrutar do mais bucólico cenário, onde não se avista sequer um poste de electricidade.
Os campos em volta estão lavrados e, de quando vez, é possível avistar um rebanho entre os tons da natureza junto ao rio Azibo.
É numa das margens do rio que se encontra o mais importante e vistoso núcleo da aldeia com um moinho em pedra "altamente sofisticado para a época", dispondo de três mós a trabalhar em simultâneo num processo totalmente tradicional.
Os balcões típicos das aldeias transmontanas, com as escadas de acesso à porta principal, ou as tradicionais manjedouras para os animais no andar inferior das casas são algumas das características presentes.
Esta ambiência campestre podia ser aproveitada para fins turísticos com a revitalização da aldeia, na opinião do arqueólogo Luís Pereira.
Para este técnico, outras aldeias podiam dar origem a projectos idênticos, com outras temáticas ou recriação de épocas históricas relevantes na região.
"Avancem com projectos e o Turismo apoiará", disse à Lusa o presidente da Comissão Regional de Turismo do Nordeste Transmontano (CRTNT), Júlio Meirinhos.
Meirinhos entende que não compete à instituição que dirige tomar a iniciativa, mas estar disponível para ser parceira e apoiar e encaminhar eventuais projectos a candidaturas adequadas.
O presidente da CRTNT considera o conceito "interessante" para uma região que aposta no sector turístico para o desenvolvimento futuro.
Da mesma opinião é a autarquia de Macedo de Cavaleiros, embora fonte autárquica tenha reconhecido à Lusa que "é muito difícil avançar com qualquer projecto".
Embora abandonados, os terrenos e as ruínas de Benrezes são propriedade privada partilhada por vários herdeiros, o que dificulta um eventual processo de negociação.
O arqueólogo Luís Pereira afirma que as mutações demográficas que agora se observam na região transmontana, e sempre presentes nos discursos políticos, são recorrentes ao longo dos tempos nos registos históricos.
Profetiza que algumas aldeias serão no futuro meros vestígios arqueológicos, como aqueles que na actualidade dão conta das movimentações das populações ao longo da história por questões políticas, sociais e até bélicas.
O arqueólogo não encara a situação actual como "preocupante" e até acredita que, além dos projectos turísticos que defende, a região transmontana tem condições naturais para inverter esta situação.
A tecnologia que permite aceder a tudo a partir de qualquer parte do mundo e a procura cada vez maior de qualidade de vida são dois factores que, para este arqueólogo, vão ajudar a repovoar quase que naturalmente algumas zonas da região.
O fenómeno ainda não tem grande visibilidade, mas um investigador de Bragança disse à Lusa ter já detectado, num estudo que está a conduzir, "uma tendência neste sentido".
"Há já uma aproximação das populações para as zonas com estas características: sem poluição ambiental, sem stress", afirmou Francisco Cepeda, professor catedrático de Bragança.
O académico sublinhou que o seu estudo "ainda necessita de alguns anos e de analisar as diferentes variáveis para saber se esta movimentação é um fluxo ou apenas uma tendência momentânea".
O investigador pretende, com este trabalho, dar um contributo para que os decisores locais possam adoptar medidas e políticas adequadas à realidade que vier a ser confirmada.
HFI.
© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
2007-12-01 10:10:02
Visto em: RTP
A ideia é defendida pelo arqueólogo Luís Pereira, da extensão de Trás-os-Montes do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR).
A região trasmontana contabiliza já alguns casos de aldeias completamente despovoadas, sendo Benrezes, no concelho de Macedo de Cavaleiros, um dos mais emblemáticos.
O anterior bispo da Diocese de Bragança-Miranda, D. António Rafael, recorria a este exemplo frequentemente na sua luta contra a desertificação do Nordeste, pedindo para que não se permitisse que a região tivesse o mesmo destino.
Esta aldeia "fantasma", a meia dúzia de quilómetros da cidade de Macedo de Cavaleiros, está completamente abandonada e em ruínas.
A sua história é feita de lendas de maldições que terão dizimado a população, mas, para o arqueólogo Luís Pereira, a versão mais plausível para este abandono terá sido uma epidemia.
A maior parte da população terá sido afectada e a que escapou fugiu da aldeia para a povoação mais próxima de Vale da Porca ou outras.
Para trás, as pessoas deixaram, há já várias décadas, as casas e os equipamentos colectivos agora em ruínas, mas ainda demonstrativos da mais pura ruralidade.
"Uma jóia" é como o arqueólogo considera Benrezes, acreditando, por isso, que das ruínas das casas e ruas muralhadas em pedra poderia erguer-se um novo conceito turístico na região, que já é aplicado em outros países.
Os adeptos da natureza no seu estado mais puro teriam aqui a oportunidade de desfrutar do mais bucólico cenário, onde não se avista sequer um poste de electricidade.
Os campos em volta estão lavrados e, de quando vez, é possível avistar um rebanho entre os tons da natureza junto ao rio Azibo.
É numa das margens do rio que se encontra o mais importante e vistoso núcleo da aldeia com um moinho em pedra "altamente sofisticado para a época", dispondo de três mós a trabalhar em simultâneo num processo totalmente tradicional.
Os balcões típicos das aldeias transmontanas, com as escadas de acesso à porta principal, ou as tradicionais manjedouras para os animais no andar inferior das casas são algumas das características presentes.
Esta ambiência campestre podia ser aproveitada para fins turísticos com a revitalização da aldeia, na opinião do arqueólogo Luís Pereira.
Para este técnico, outras aldeias podiam dar origem a projectos idênticos, com outras temáticas ou recriação de épocas históricas relevantes na região.
"Avancem com projectos e o Turismo apoiará", disse à Lusa o presidente da Comissão Regional de Turismo do Nordeste Transmontano (CRTNT), Júlio Meirinhos.
Meirinhos entende que não compete à instituição que dirige tomar a iniciativa, mas estar disponível para ser parceira e apoiar e encaminhar eventuais projectos a candidaturas adequadas.
O presidente da CRTNT considera o conceito "interessante" para uma região que aposta no sector turístico para o desenvolvimento futuro.
Da mesma opinião é a autarquia de Macedo de Cavaleiros, embora fonte autárquica tenha reconhecido à Lusa que "é muito difícil avançar com qualquer projecto".
Embora abandonados, os terrenos e as ruínas de Benrezes são propriedade privada partilhada por vários herdeiros, o que dificulta um eventual processo de negociação.
O arqueólogo Luís Pereira afirma que as mutações demográficas que agora se observam na região transmontana, e sempre presentes nos discursos políticos, são recorrentes ao longo dos tempos nos registos históricos.
Profetiza que algumas aldeias serão no futuro meros vestígios arqueológicos, como aqueles que na actualidade dão conta das movimentações das populações ao longo da história por questões políticas, sociais e até bélicas.
O arqueólogo não encara a situação actual como "preocupante" e até acredita que, além dos projectos turísticos que defende, a região transmontana tem condições naturais para inverter esta situação.
A tecnologia que permite aceder a tudo a partir de qualquer parte do mundo e a procura cada vez maior de qualidade de vida são dois factores que, para este arqueólogo, vão ajudar a repovoar quase que naturalmente algumas zonas da região.
O fenómeno ainda não tem grande visibilidade, mas um investigador de Bragança disse à Lusa ter já detectado, num estudo que está a conduzir, "uma tendência neste sentido".
"Há já uma aproximação das populações para as zonas com estas características: sem poluição ambiental, sem stress", afirmou Francisco Cepeda, professor catedrático de Bragança.
O académico sublinhou que o seu estudo "ainda necessita de alguns anos e de analisar as diferentes variáveis para saber se esta movimentação é um fluxo ou apenas uma tendência momentânea".
O investigador pretende, com este trabalho, dar um contributo para que os decisores locais possam adoptar medidas e políticas adequadas à realidade que vier a ser confirmada.
HFI.
© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
2007-12-01 10:10:02
Visto em: RTP
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