Num suspiro do meu pranto,
Saiu um poema
Do canto do meu olho,
Como lágrima que jorra
Da nascente de pedra
Do meu sentir.
Sem querer
Li o poema
Para descobrir que era teu
E um estranho chamar
Derreteu a caligrafia rugosa,
Deixando mostrar todas as tonalidades
Que um sorriso pode ter.
As pedras da minha calçada
Mudaram o seu rumo
Para a terra do sol
Onde o escuro não faz sentido.
E do meu olho
Apenas saiu uma bola de sabão
João Vasco
1.º Concurso de Poesia (En)Cantos dos Poetas
Edição da Câmara Municipal de Mogadouro, 2003.
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