quinta-feira, 23 de junho de 2022

domingo, 26 de abril de 2015

Caminhada em Brunhoso

No dia 19 de abril realizou-se em Brunhoso mais um passeio pedestre pelos caminhos que conduzem à fraga do Poio.
A actividade foi organizada pelos serviços da Câmara Municipal em colaboração com a Junta de Freguesia de Brunhoso. Como estava integrada num conjunto de caminhadas mensais no concelho, contou com um grupo assíduo de caminheiros, mas também com a população da aldeia que nunca diz não a atividades do género.
Apesar do estado do tempo não ser muito convidativo, choveu durante a noite, a manhã acordou quase sem nuvens. Mesmo assim houve quem jogasse pelo seguro, fazendo-se acompanhar de um guarda chuva.
 A concentração teve lugar junto à Casa do Povo e, pouco tempo depois da chegada do autocarro que transportou os caminheiros desde Mogadouro, foi dada ordem de partida , devo dizer, a grande ritmo.
Foram mais de 100 pessoas que partiram de Brunhoso em direção ao Poio.  A manhã estava luminosa, fresca e húmida e o passo era acelerado.
Quase ninguém parou para ouvir a tecedeira no seu incansável tear, na Fraga da Tecedeira. Os montes ainda não apresentavam a sua maior exuberância, mas está quase, com todas as estevas floridas, as arçãs, giestas brancas e pilriteiros a espalharem todo o seu perfume. Até apareceram até algumas orquídeas selvagens e ramos de raposa, mas só visíveis a quem seguia atento.
O grupo foi-se alongando, principalmente na subida do ribeiro de Juncaínhos  para a fraga do Poio, quando o sol já aquecia e o declive acentuado obrigava a um maior esforço.
No alto da fraga fez-se uma pausa. A Junta de Freguesia proporcionou um reforço composto por sandes, fruta e água.
Fomos surpreendidos com a distribuição de um bonito cantil em alumínio, com o brasão da freguesia gravado, a todos os participantes. É uma bonita (e útil), lembrança.
Quanto à paisagem, ela estava bonita como sempre. Olhando em direção ao Cachão ou à Barca, via-se claramente que o rio já subiu bastante, mas nada que impressione. Visto do alto do Poio o rio é muito pequeno e não se tem noção das alterações que se estão a verificar no leito do rio. Isso só é evidente quando nos aproximamos dele.
Distraí-me com as fotografias e, quando me apercebi, já quase todos tinham partido. O objectivo também não era chegar em primeiro a Brunhoso e fizemos o caminho de regresso em conversa animada, com um grupo de Brunhosenses da velha guarda.
Na fonte de juncais fizemos uma pausa para nos deliciarmos com a água fresca bebida pela corcha. A fonte foi limpa antecipadamente e foram disponibilizadas no local várias corchas, para que todos pudessem saciar a sua sede. Mesmo os que não tinham sede, posavam para as fotografias.
O grupo dos últimos chegou à aldeia pouco minutos antes do meio-dia.
Fez-se um compasso de espera. O almoço estava a ser ultimado na Casa do Povo pela Comissão de Festas de Sta Bárbara, que se juntaram à iniciativa e também procuraram angariar alguns euros para a festa de verão.
Da ementa constou churrasco misto, batatas a murro, acompanhados por salada de tomate e alface. Como bebidas havia água, refrigerantes e vinho. À sobremesa, fruta.
O almoço decorreu num ambiente de festa, de são convívio juntando mais de 160 pessoas. A azáfama na cozinha era muita mas ninguém estava com pressa e tudo foi saboreado com muito prazer. Estava tudo óptimo, até as pequenas malagueta que o Sr. Barranco levou no bolso.
Antes do final da festa ainda tivemos mais uma surpresa: um enorme bolo de aniversário e um coro a cantar os parabéns a um caminheiro que fazia 50 anos. Foi um final muito doce.
Soube bem reviver outras caminhadas ao rio, realizadas noutros moldes, em boa companhia e com boas "merendas". O dia esteve fantástico e todos os responsáveis deram o seu melhor para satisfazer os Brunhosenses e por receber bem quem nos visitou.
Obrigado a todos e em especial aos elementos da Junta de Freguesia.
Aníbal Gonçalves

domingo, 27 de julho de 2014

Festival Terra Transmontana 3/3

O terceiro e último dia do Festival Terra Transmontana prometia estar ao nível dos anteriores, pelo menos no aspecto musical, uma vez que o resto era uma incógnita.
Cheguei ao recinto do festival a meio da tarde. Fui brindado pela actuação do Rancho Folclórico e Etnográfico de Mogadouro. É sempre uma alegria ver e ouvir este rancho cheio de cor e juventude. O recinto estava bem composto de público e as condições atmosféricas também estiveram a feição.
Fui surpreendido por uma oficina sobre a gaita de foles. Foi bastante interessante. Gostava de ter assistido a outras oficinas mas não me apercebi onde e quando ocorreram.
Na Praça da Misericórdia organizou-se um desfile que conduziu o público para uma espécie de campo de jogos medievais, ou liça, na linguagem da época. Os duelos a cavalo e a pé concentraram a atenção do público, que os seguiram com bastante entusiasmo. Um suposto cavaleiro das terras de Mogadouro angariou as preferências de muitos dos presentes, mas a luta foi renhida.
 Após esta representação de artes de guerra seguiu-se uma demonstração de cestraria. As aves amestradas mostraram toda a sua agilidade obediência, arrancando palmas e algumas gargalhadas.
Terminadas estas demonstrações, pelas sete da tarde, começou o desmantelamento de muitas estruturas e a desmobilização da totalidade dos figurantes.
À noite o recinto parecia um local fantasmagórico sem música nem luz, só ganhando vida com a chegada do grupo Velha Gaiteira, que, tal como no dia anterior, agarrou o público com a sua música.
O grupo Uxu Kalhus foi um dos motivos de força para eu ter ido ao festival. Contrariamente ao que tina sucedido na noite anterior as execuções ao vivo estiveram muito acima daquilo que recordava dos registos gravados. Ainda mais surpreendente foi a postura da vocalista que interagiu com o público, incitando à dança e dançando ela própria.
Muitas canções conhecidas, algumas da infância, desfilaram pelo Castelo com uma roupagem muito musical, moderna e atractiva. O pouco público ficou "agarrado" até ao fim e fizeram o grupo voltar ao palco e repetir "Erva Cidreira" e "Extravagante".
 Foi um final em cheio, que só alguns conseguiram saborear até à última gota.
O balanço dos três dias de Festival foram francamente positivos, embora nem tudo tenha sido do meu agrado, nem podia ser.
 Já li nalguns jornais e noutros blogues algumas ideias que podem vir a melhorar o evento, numa repetição, no próximo ano. se tiver tempo, e paciência, também talvez alinha alguns pontos fortes e pontos menos fortes nos três dias de festival. Até porque fiquei com perto de 2000 fotografias e alguns pequenos filmes que poderei ir mostrando nos próximos tempos.
Ver também:
Festival Terra Transmontana 1/3
Festival Terra Transmontana 2/3

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Festival Terra Transmontana 2/3

O segundo dia do Festival Terra Transmontana prometia ser ainda mais completo e empolgante do que o primeiro, que teve o seu início apenas ao final da tarde.
Uma das características deste festival foi o de que, à parte os concertos pela noite dentro, tudo o resto aconteceu com uma ordem e horário desconhecido do público, pelo que foi difícil acompanhar os acontecimentos.
No primeiro dia do festival fui ao secretaria em busca de um programa mais detalhado, mas não consegui mais do que o que já tinha conseguido na Internet.
A meio da tarde o céu escureceu e choveu com muita intensidade durante bastante tempo. Serviu-me de abrigo a torre do castelo. Nunca esperei tal utilidade, mas aproveitei o tempo para alinhar algumas fotografias.
Terminada a chuva o recinto estava encharcado e desértico, mas rapidamente ganhou vida. A tenda da Taberna/restaurante serviu de salão para a actuação dos Pauliteiros de Sanhoane. Foi a primeira vez que vi este grupo a actuar e gostei bastante. As músicas são as mesmas dos Pauliteiros de Miranda, mas há muitas diferenças nos trajes, nos passos e no próprio bater dos paus, o que torna este folclore ainda mais interessante. As últimas músicas já foram dançadas na Praça da Misericórdia.
 Perto das cinco da tarde, já com um céu esplêndido, concentraram-se todos os músicos, dançarinos e figurantes junto à igreja de S. Francisco para um grande desfile pelas ruas da vila. Não sei se lhe deva chamar Desfile Medieval, Desfile Etnomusical ou se tem outra qualquer designação, mas foi excelente encontrar toda a animação concentrada, caso contrário, nunca me teria cruzado com alguns grupos.
Foi no início do desfile que chegaram algumas das figuras mais características do concelho: o farandulo de , o velho de Vale de Porco, o velho e o chocalheiro de Bruçó. Não sei se me passou despercebido, mas não vi o chocalheiro de Bemposta!
Só para ver todas estas personagens juntas já valia a pena vir a Mogadouro.
O desfile percorreu o centro da vila: Largo Trindade Coelho, Av. Regimento dos Comandos, Av. Nossa Senhora do Caminho, Praça Eng. Duarte Pacheco, Rua Santa Marinha, Rua João de Freitas, Largo da Misericórdia, Castelo. As pessoas saíram à rua para ver o desfile. Foi bonito de se ver.
Quando o cortejo chegou ao Castelo foi lido o foral na janela da torre. Também foi um momento interessante.
Este desfile, à parte os concertos foi um dos pontos altos do festival.
 A noite foi animada por Velha Gaiteira, Charanga e Dazkarieh. O grupo Velha Gaiteira encaixa na perfeição nos ritmos e gostos das pessoas do planalto. Tal como Las Çarandas cativaram o público e interagiram com ele. Não me apercebi do grupo Charanga! Houve uma performance musical no meio do público, talvez tenha sido do Charanga.
Entretanto o palco foi preparado para o cabeça de cartaz da noite, Dazkarieh. Dos grandes, este é o grupo que já ouvi mais, em virtude de ter um bom conjunto de CD's lançados. Talvez por ter grandes expectativas o que vi e ouvi não me satisfez completamente.
 As noites estiveram sempre muito frias, também pela localização do palco, no ponto mais alto da vila de Mogadouro. O álcool ajudou a aquecer o ambiente, com as tasquinhas a fazerem um bom negócio com cerveja, vinho e sangria. Muitos jovens levaram garrafas de bebidas nas mochilas, que partilhavam entre eles. O ambiente esteve sempre animado, mas sem excessos, pelo menos até ao final dos concertos.
Anterior: Festival Terra Transmontana 1/3 
Continua:  Festival Terra Transmontana 3/3

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Festival Terra Transmontana 1/3

Prestes a entrar de férias, fui surpreendido pela publicidade ao Festival Terra Transmontana! A designação ia chamar a minha atenção onde quer que a ouvisse, mas quando soube que seria em Mogadouro, aumentou o interesse. Ter um festival "em casa", não é de desperdiçar.
Reservei a sexta à tarde, o sábado e o domingo para não perder nada do grande acontecimento. O que me atraiu em primeiro lugar foi a música. Conheço os Dazkarieh e os Uxu Kalhus já há algum tempo e o folk com com cruzamento de sons e instrumentos do mundo fazem parte dos meus gostos musicais. Do grupo Albaluna não conhecia anda e tratei de conhecer mal conheci o cartaz. Os restantes grupos, todos com uma forte ligação à sonoridade do Planalto Mirandês, nem precisava de me preocupar.
 Não cheguei a tempo da cerimónia oficial de abertura, mas devo ter faltado por pouco. A comunicação social ainda se encontrava no local e as pessoas estavam a dar as primeiras voltas a fazer o reconhecimento do terreno.

Começando pela Zona 2 - Feira das Tradições (Praça da Misericórdia), aqui se concentravam os artesãos e expositores de produtos da terra. O espaço é amplo, importante e estava repleto de coisas interessantes. Na Zona 1 - Praça Folk e Tabernas (Largo do Castelo) estava o palco principal e as tabernas.
Não haveria lugar para sede nos dias seguintes (isto sem contar com as nuvens negras que se viam no horizonte). No palco o grupo Albaluna fazia a adaptação ao palco e fiquei logo com a sensação que não ia ficar desiludido.  A chamada Zona 3 - tabernas em casas particulares não estava imediatamente visível, vim a conhece-la mais de perto nos dias seguintes.
Não sei onde se enquadrava nesta divisão por zonas o espaço em redor da igreja matriz onde se montou um verdadeiro acampamento medieval, com amostra das profissões e modo de vida dessa época, a exibição de aves de cetraria e o burro mirandês.
Também ficou por apresentar a grande tenda Taberna do S'Cacha (restaurante), onde não faltaram as iguarias da gastronomia transmontana, como os milhos, sopas da cegada, salada de bacalhau, arroz doce ou a famosa posta.
Feito o reconhecimento dos espaços e comprado o copo, as tascas estavam proibidas de venderem bebidas em copos plásticos, foi o momento de aconchegar o estômago para a noite musical que se adivinhava fria, mas não sem antes assistir à actuação da Banda Filarmónica A.H. Bombeiros Voluntários de Mogadouro e um largado grupo de gaiteiros ansiosos por dar ao festival toda a graça e ritmo que a sua música proporciona.
 A noite começou com o grupo Las Çarandas, jovens, bonitas, com muito musicalidade e cumplicidade com o público, que mostraram conhecer bem. Apesar do grupo ser da região nunca o tinha visto ao vivo. Gostei bastante. O seu reportório é bastante variado e envolvente não caindo nos erros de alguns grupos de gaiteiros, sempre com o mesmo som e o mesmo ritmo. foi uma alegria, com dança e tudo!
O cabeça de cartaz da noite Albaluna foi a revelação do festival para mim. Fiquei com pena do pouco público que havia, porque este grupo merecia ter uma melhor recepção. Fiquei rendido ao grupo, que como disse não conhecia, mas que vou passar a acompanhar. A sua actuação pereceu-me ainda mais ritmada e melodiosa do que a dos vídeos a que tinha assistido no youtube. Muita energia, muita magia, um bom jogo de luzes, um verdadeiro espectáculo. Foi, sem dúvida, o grupo que mais gostei no festival.
Continua:
Festival Terra Transmontana 2/3
Festival Terra Transmontana 3/3

sábado, 4 de janeiro de 2014

Estava solta

Estava solta
A tecla do teu piano,
E os sons agonizados
Voavam alto,
Onde a velha noite cultiva o medo.
As gotas da tua tempestade
Foram mais fortes
Que o vento que te guiava
Abriste as tuas asas
E na tua mão
Seguras para sempre
Um dó maior...

João Vasco

1.º Concurso de Poesia (En)Cantos dos Poetas
Edição da Câmara Municipal de Mogadouro, 2003.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Caminhada dos Gorazes (2013)

Das muitas visitas que tenho feito ao concelho de Mogadouro, houve uma especial de que me apetece mostrar algumas imagens: foi aquando da Feira dos Gorazes, a treze de Outubro de 2013.
A feira é um grande acontecimento, para a vila, para o concelho e mesmo para a região.  Na impossibilidade de estar presente mais de que um dia, escolhi o dia da caminhada (e BTT), para assim matar dois coelhos de uma cajadada só: visitar a feira e fazer uma caminha À Descoberta de mais um pouco do concelho.
A inscrição foi online e gostei. Organização e atendimento 5 estrelas. Tenho participado em eventos semelhantes noutros concelhos e por vezes complicam demasiado as coisas.
No dia da caminhada fui o primeiro a chegar. Dormi em Miranda do Douro e com a preocupação de não chegar atrasado, fui o primeiro a chegar. Não me incomodei com isso, o objetivo era tirar fotografias e os ciclistas já estavam em campo, serviram de modelo.
Constituiu-se um bom grupo e após a partida dos ciclistas, saíram os caminhantes em direção ao castelo. Não fazia ideia do percurso, mas com exceção do termo de Remondes, Brunhoso e Paradela, para mim servia qualquer um, porque não conheço nada mais do que a estrada de acesso às aldeias.
Seguimos em direção ao castelo e depois para o Penedo. Saímos da vila em direção ao marco geodésico do Penedo (777 metros de altitude). Por coincidência ainda tinha estado nesse lugar há pouco tempo.
Reforço em Figueira
Desse lugar em diante tudo seria novidade. Os participantes seguiam a passo certo, não muito rápido, mas mais largo do que passeio. Tirar fotografias equivale a ficar para o fim do "pelotão" num abrir e fechar de olhos, mas já estou habituado a que isso me aconteça.
No grupo seguiam velhos amigos, que não via há algum tempo. Assunto de conversa não faltava e quando me apercebi estávamos a chegar a Figueira.
Reforço em Figueira
No centro da aldeia esperava-nos o reforço. Caminhar abre o apetite e pedalar ainda mais. Ainda tirei algumas fotografias nos arredores da capela, mas não me queria distanciar do grupo.
Parti apressado em direção à igreja, já sem ninguém à vista. Imaginei-me a subir ao alto da serra de Figueira, a beleza das paisagens dali se avistariam. mas não aconteceu. O percurso contornou a serra por sul, passou por baixo do IC5 e continuou até Zava.
Igreja Matriz de Figueira
De Zava apenas conhecia as casas ao longo da estrada (N221) e foi bom verificar que há muito mais para conhecer. Fiquei com vontade de voltar a Zava e dar uma passeio pela aldeia.
Contornámos também pelo sul a Serra de Zava, com mais de 800 metros de altitude, e seguimos para uma zona conhecida por Maçaina e depois para as Águas Férreas. Já se notava algum cansaço e começámos a pensar que o percurso não seria aquele. Seguimos o trajeto do BTT mas já estávamos para além da distância programada para o passeio e ainda estávamos a alguns quilómetros de Mogadouro.
Bovinos de raça Mirandesa
Reencontrámos a Ribeira do Pontão no Porto da Fraga e seguimos ao seu lado à estrada. E foi pela estrada que regressámos ao centro de Mogadouro.
Contas feitas foram pouco mais de 14 quilómetros, sem grande esforço, que terminaram exatamente à hora de almoço.
Zava
No mesmo restaurante juntaram-se os participantes da caminhada, os ciclistas e alguns ranchos folclóricos que iriam atuar durante a tarde. A refeição que deveria ser um momento "saboroso" de descontração, foi o momento mais apressado e desinteressante. Teria sido melhor, até para os restaurantes que a organização tivesse repartido as pessoas por vários estabelecimentos.
A feira esperava-me, ou melhor, o festival de folclore, porque era essa a atividade que eu estava interessado em acompanhar.

Traçado do percurso feito:
 GPSies - Caminhada Gorazes 2013