sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Mogadouro - Unidade de hemodiálise inaugurada

Equipamento serve quatro concelhos e cria quinze postos de trabalho

Depois de longos meses de espera, a Unidade de Hemodiálise de Mogadouro foi finalmente inaugurada no passado dia 22, pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos. O equipamento, que permitiu a criação de 15 novos postos de trabalho na região, vai possibilitar o tratamento de cerca de 35 doentes insuficientes renais dos concelhos de Mogadouro, Vimioso, Miranda do Douro e Freixo de Espada à Cinta. É assim colocado um ponto final às viagens dos doentes para Mirandela todas as semanas, possibilitando, igualmente, “um aumento da qualidade de vida dos doentes”, como sublinhou o ministro. “Ao deslocar-me de Mirandela aqui, pude constatar o sacrifício que algumas dezenas de pessoas, que vão agora usufruir deste serviço, estavam a fazer. Uma deslocação extensa e com condições que não são as melhores para pessoas que têm alguma debilidade física. Põe-se fim a essa situação e aumenta-se a qualidade de saúde dos serviços aqui prestados”, acrescentou Teixeira dos Santos. Para Justina Martins, utente da nova unidade de saúde, o dia-a-dia agora é bem diferente. “Estou encantada, pois percorria muitos quilómetros por semana para Mirandela e agora em cinco minutos estou aqui. Chegava ao fim do dia muito cansada, mas agora chego a casa bem disposta”, salientou. Nunes Azevedo, o investidor privado responsável pela criação da unidade de hemodiálise de Mogadouro, tem já novos projectos para o Nordeste Transmontano, com o objectivo de, como sublinhou, “dar resposta às carências da região e dar qualidade ao tratamento e à vida dos doentes renais”. Assim, para além da nova unidade de Mirandela, que integrará diversos serviços, como hemodiálise, unidade de cuidados continuados, fisioterapia, sauna, banho turco, entre outros, o investidor associará à clínica um projecto turístico, com 12 habitações disponíveis, prioritariamente para alojar doentes insuficientes renais que se desloquem à região para hemodiálise. Paralelamente, e em resposta à dificuldade que os lares de 3ª idade muitas vezes apresentam no acompanhamento de doentes insuficiente renais, Nunes Azevedo revelou estar a pensar na criação de um lar específico para estes doentes, em Mirandela.

Aida Sofia Lima

Fonte: Mensageiro Notícias

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Constituída a Confraria Gastronómica das Casulas de Mogadouro

Foi constituída através de escritura a Confraria Gastronómica da Casulas de Mogadouro. As casulas não são mais que feijão cortado em pequenos pedaços e seco ao sol e que por norma que acompanha o tradicional butelo ou chouriço de ossos confeccionado na região trasmontana ou outras peças do fumeiro tradicional.

Segundo os promotores mais recente confraria gastronómica portuguesa, a ideia é promover a gastronomia regional junto dos visitantes e ao mesmo tempo alargar a oferta das cartas gastronómicas dos restaurantes da região.“Este tipo de produtos endógenos tem sido um pouco desprezado pelos agentes económicos locais, sendo por isso importante inclui-lo nos hábitos alimentes das pessoas”, disse á RBA Antero Neto, um dos confrades fundadores da nova confraria.Dada a qualidade dos produtos agrícolas existentes na região “ é importante diversificar”.De futuro a promoção da gastronomia tradicional será a principal meta desta nova confraria e confeccionar menus gastronómicos tradicionais com base em produtos de excelência oriundos de uma agricultura natural.“O butelo com casulas é um prato muito procurado em Trás o Montes, só que a iguaria nem sempre se encontra disponível talvez por não haver ainda um cultura gastronómica na região”, asseguram os confrades.Criar parceria com agentes económicos do concelho no sentido de promover os produtos junto dos potenciais comensais é outra das tónicas.

Fonte: RBA

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Gorazes 2008

Actuação das Pauliteiras de Valcerto, na Freira dos Gorazes 2008.
12-10-2008

domingo, 12 de outubro de 2008

Feira dos Gorazes 2008

Quem quiser encontrar o programa dos GORAZES 2008 na Internet, pode começar por procurar no sítio da A.C.I.S.M., organizadora do certame. Se não encontrar nada, pode ainda assim dar uma espreitadela no sítio web da Câmara Municipal de Mogadouro. Se mesmo assim não encontrar nada sobre o assunto, só lhe resta tentar o que se pretende o Portal de Mogadouro, em Mogadouro.com. Se não encontrou nada, é pena, não tem outra hipótese senão ficar-se com este panfleto que eu "roubei" no primeiro dia da Feira!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Em Julho

Mogadouro, em Julho de 2008.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

IC5 em risco

O presidente da Câmara de Mogadouro denuncia o que pode ser uma autêntica bomba para os interesses da região. Segundo o autarca, o IC5 pode vir a transformar-se numa simples estrada nacional, perdendo o estatuto de itinerário complementar. Moraes Machado garante ter sido informado pela Estradas de Portugal de que o traçado e a largura da via podem vir a ser corrigidos, devido a restrições financeiras.

O IC5 foi considerado por todos os presidentes de câmara da região como a prioridade ao nível das acessibilidades e foi anunciado pelo Primeiro-Ministro como uma das estradas a concretizar na região, até 2012. A via é fundamental para os concelhos do sul do distrito de Bragança e Moraes Machado diz que com esta denúncia pretende alertar os colegas que podem vir a ser prejudicados com a desvalorização do IC5.

Fonte: RBA

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Vandalismo no castelo de Mogadouro


O castelo de Mogadouro tem sido sistematicamente alvo de actos de vandalismo. Após vários obras da responsabilidade do IGESPAR – o Instituto da Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, que custaram cerca de 150 mil euros o monumento tem sido alvo de diversas acções de destruição de materiais.

Também a zona envolvente do castelo de Mogadouro tem sido afectada, candeeiros derrubados e lampadas partidas são situações comuns. A autarquia diz que a partir de agora vai passar a apresentar queixa de todos os actos de vandalismo à GNR.

Fonte: RBA

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

N.S. do Caminho - Mogadouro


Depois de passar alguns dias em Mogadouro, mais concretamente em Brunhoso, trouxe comigo algumas centenas de fotografias. Durante estes dias não pude dispensar um largo passeio ao Rio Sabor, símbolo da beleza e de pureza e a presença nas festividades de Nossa Senhora do Caminho, que conheço mais por relatos do que pela presença.
Sobre as festas de Nossa Senhora do Caminho, há algumas notas: no que toca às noites de arraial, só estive presente no dia 30, em que actuaram Sérgio Godinho, Vitorinho, Janita Salomé e Tito Paris. Até me dei ao cuidado de explicar aos meus filhos a importância da alguns destes Senhores na música portuguesa, mas o espectáculo foi um fiasco. Talvez por as expectativas serem muitas, achei que estes grandes da música portuguesa se perderam num palco gigantesco, no meio de ritmos, bonitos mas não representativos da sua qualidade e da sua história.
No dia 31, estive na saída da procissão. Parece-me que já não tem a imponência e a participação que se verificava algumas décadas atrás. Há gente que segue os rituais com muita fé e devoção mas, são muitos, muitos mais os espectadores (como eu).
Se houve algo que me surpreendeu, foi a quantidade de feirantes espalhados pelas ruas, durante a maior parte dos dias das festas. O público, esse pareceu-me arredado. Os emigrantes, muitos já regressaram ao trabalho, os residentes, ou sentiram o fresco das noites, ou o peso da recessão de um país que tem poucos motivos para festejar.
Terminado o "Verão", voltamos à rotina do dia a dia. O céu está azul, já cairam as primeiras chuvas. Semeiam-se as nabiças, colher-se-ão as uvas.
A vida segue o seu curso, neste interior cheio de cor e de vida.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Cores de Agosto


Junto à estrada para Remondes.
Ao fundo a Serra de Figueira.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Janela


Janela na Rua do Penedo, em Mogadouro.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Providência cautelar quer travar barragem no rio Sabor

O primeiro-ministro assina hoje ao meio-dia, em Bragança, o contrato de adjudicação do aproveitamento hidroeléctrico do Baixo Sabor. Mas as organizações ambientalistas que integram a Plataforma Sabor Livre (PSL) estragaram-lhe a festa, interpondo uma providência cautelar para impedir a construção do empreendimento.

A Plataforma diz que a obra é ilegal porque a Declaração de Impacte Ambiental (DIA) que a autoriza já caducou a 15 de Junho. Lembram que a construção da barragem foi autorizada em 2004 por uma DIA que caducou dois anos depois. Esta foi prorrogada pelo secretário de Estado do Ambiente em 30 de Junho de 2006, não incluindo, por razões evidentes, as medidas de compensação exigidas pela Comissão Europeia ao Estado em 2007.

Assim, a PSL considera “inadmissível” que “se autorize uma obra que irá destruir valores naturais insubstituíveis, conforme já foi reconhecido pela Comissão Europeia, sem que estejam definidas, orçamentadas e calendarizadas as medidas de compensação que, aparentemente, justificaram um arquivamento da queixa apresentada pela PSL”.

Cabe agora aos tribunais pronunciar-se sobre a pertinência e fundamento desta iniciativa legal. As organizações ambientalistas da Plataforma dizem que a situação atrás descrita, que está na base da providência cautelar, é a última de uma sequência de “atropelos legais” e “decisões não fundamentadas” no processo do Baixo Sabor.

Uma dessas decisões é o arquivamento, pela Comissão Europeia, da queixa apresentada pela PSL por considerar que a barragem violava disposições comunitárias de protecção e conservação da natureza. Outra medida que suscita críticas é a recusa de “acesso à documentação do processo do Baixo Sabor”. Até agora, acrescenta aquela estrutura, continuam por conhecer-se documentos que “alegadamente” justificam o arquivamento.

Finalmente, a PSL critica o facto de terem sido sistematicamente ignoradas “alternativas com menores impactes” ambientais. E enfatizam a exclusão da barragem do Baixo Sabor da lista de projectos estudados no âmbito do Plano Nacional de Barragens: “Face aos critérios utilizados para seleccionar os dez empreendimentos, teria sido imediatamente rejeitada por afectar directamente a Rede Natura 2000”.

Posições extremadas

A construção de uma barragem no Baixo Sabor começou a ganhar forma em 1994, tendo o ano de 2005 como cenário de construção. Mas a descoberta das gravuras rupestres do Côa obrigou a antecipar datas. Em 2000, era lançado o estudo de impacte ambiental do empreendimento, a realizar perto da foz do rio Sabor.

A discussão pública que se seguiu pôs à luz do dia posições bastante extremadas. A barragem é defendida pelo Governo, pelos autarcas e parte da população, mas as organizações ambientalistas estão contra. Um manifesto assinado por 350 investigadores ligados à área do ambiente opõe-se à construção da barragem.

Para a PSL, o empreendimento afectará habitats e espécies ameaçadas. No quadro da política energética nacional, o Sabor não é uma mais-valia relevante, considera ainda a Plataforma. Além disso, o contributo da barragem para a redução das emissões de gases de efeito de estufa é considerado “irrelevante”.

Os 12 presidentes de câmaras do distrito de Bragança e associações empresariais regionais, por seu lado, subscrevem um manifesto a reivindicar a construção da barragem. O combate à desertificação da região e o impulso “significativo” ao desenvolvimento socioeconómico são os principais argumentos a favor da construção da barragem.

Sabor é um dos últimos rios selvagens de Portugal

A nascente do rio Sabor, ainda como ribeira de montanha, é na serra de Parada, do outro lado da fronteira, a 1600 metros de altitude. Cem quilómetros mais abaixo, desagua no Douro perto de Torre de Moncorvo.

À excepção de uma mini-hídrica, é um curso de água sem presença humana significativa, o que tem levado a que seja considerado como um dos últimos rios selvagens de Portugal. É essa a opinião de José Teixeira, biólogo da Universidade do Porto e um dos defensores da conservação do Baixo Sabor sem barragens.

O que o torna um rio único é a diversidade de habitats e espécies vegetais — 17 só no Baixo Sabor, quatro deles de conservação prioritária. Encontram-se também aqui “os mais extensos e bem conservados azinhais e sobreirais de Trás-os-Montes”. Se acrescentarmos a presença de extensões significativas de videira e oliveira-brava, está completo o quadro de diversidade genética que caracteriza o Baixo Sabor.

Pelo lado da fauna, este ecossistema faz as delícias dos investigadores: águias-de-bonelli, águias-reais, abutres-do-egipto e cegonhas-pretas, mas também lobos, toupeiras-d’água, lontras, gatos-bravos e corços. Não surpreende, por isso, que duas centenas de investigadores tenham subscrito um manifesto público em que defendem a manutenção desta área livre de barragens.

A existência de gravuras rupestres no Baixo Sabor e marcas de ocupação durante a idade do Ferro reforçam a tese de quem se tem batido pela preservação do ecossistema tal como está.

“Aquilo que está em causa no Vale do Sabor é a preservação da história e património natural de Portugal e, de certa forma, do nosso planeta”, remata José Teixeira.

Plano nacional prevê dez novos aproveitamentos

Dez novas barragens, um investimento de dois mil milhões de euros e a criação de sete mil novos empregos: este poderia ser, numa fórmula simplificada, o conteúdo do Plano Nacional de Barragens (PNB) apresentado em Março passado pelo Governo. O horizonte de realização é de sete anos.

O plano prevê dois picos de investimento. O primeiro, a concretizar já no segundo semestre de 2009, permitirá criar quatro mil postos de trabalho. O segundo pico deverá ocorrer entre 2010 e 2011, traduzindo-se em mais 2800 postos de trabalho.

Em termos económicos, o interesse das diferentes barragens é muito variável. Na opinião de Pedro Serra, presidente das Águas de Portugal, o projecto mais atractivo para os investidores será o de Foz Tua. Nas declarações que fez ao PÚBLICO, os projectos do Pinhosão, Girabolhos, Alvito e Almourol são considerados pouco interessantes.

O caso específico do Baixo Sabor divide opiniões. Em Agosto do ano passado, o primeiro-ministro referiu-se-lhe como “a decisão política mais simbólica” da aposta nas energias renováveis e um “projecto verdadeiramente estratégico para o país”. Os ambientalistas da Plataforma Sabor Livre falam dos impactes ambientais irreversíveis e da irrelevância do contributo da barragem do Sabor para o total de potência hidroeléctrica prevista no PNB.

O tempo de execução dos diversos projectos também não é linear. Pedro Serra considera que não existe, neste momento, mercado para ter as dez novas barragens a funcionar. Ou seja, o prazo de realização será forçosamente mais dilatado.

30.06.2008 - 07h11 Carlos Pessoa
Fonte: Esfera - Público

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Azinhoso


Azinhoso é uma das 28 freguesias que pertence ao concelho de Mogadouro, com uma área total de 30,8 km2 e dista cerca de 7 Km da sua sede de concelho.
Azinhoso está descrita como Área Predominantemente Rural, segundo a Tipologia de Áreas Urbanas.
Trata-se de uma freguesia que inclui, para além de Azinhoso, outras duas povoações anexas: Sampaio e Viduedo.
Em termos demográficos esta freguesia possui 378 habitantes, sendo 192 homens e 186 mulheres e uma densidade populacional de 12,3 hab/km2. No ano de 2001 foram registados, nesta freguesia, 2 nados vivos e 12 óbitos.
O seu nome descende da antiga existência de azinheiras, mais conhecidas por carrascos pelas suas gentes.
As actividades económicas que se destacam nesta freguesia são: a agricultura e pecuária, construção civil, comércio e serviços.
Fonte: AMDS

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Espaço Internet adaptado a cidadãos com necessidades especiais

Os cidadãos com necessidades especiais a residir em Mogadouro têm ao seu dispor novos instrumentos com capacidade para dar resposta a situações do seu dia a dia. Desta forma foi inaugurado um novo espaço Internet com 12 computadores, sendo alguns deles adaptados para invisuais e pessoas com problemas de mobilidade. O investimento rondou os 120 mil euros.

Desde a sua entrada funcionamento, há cerca de dois meses, o espaço Internet já obteve 15.679 registos, o que dá uma média de 871 utilizadores por semana. “É muito útil ter este tipo de equipamento adaptado as pessoas como eu, que sou deficiente invisual, mas igualmente no entanto há outras pessoas como o mesmo problemas, que assim podem trabalhar e comunicar com pessoas ditas normais, “ observou à RBA, Manuel Frade de 42 anos de idade, professor invisual. A autarquia de Mogadouro, a responsável pelo espaço já disse que os três monitores que ali prestam serviço terão atenção aos comportamentos dos utilizadores mais novos de forma a não entrarem em sites com conteúdos duvidosos.

Visto em: RBA

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Apesar de tudo, é Primavera

Este é o aspecto dos campos em Mogadouro. A fotografia foi tirada do castelo, no dia 22 de Maio.

sábado, 24 de maio de 2008

Mogadouro

Mogadouro: à espera da procissão do Corpo de Deus.
22-05-2008

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Penas Roias


Bonita capela, em Penas Roias.
23-12-2007

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Prometida estrada do Rato de Cabrera

Os presidentes dos municípios de Mogadouro e Vimioso mostram-se “mais confiantes” em relação ao futuro da EN-219 que liga Mogadouro a Bragança, com passagem por Vimioso e consequente ligação ao IP4. No entanto Morais Machado, presidente da Câmara de Mogadouro, garante que nunca percebeu o porque das obras de beneficiação de EN-219 no troco que liga Vimioso a Mogadouro terem parado em Algoso.

“Agora aquele lanço de via com cerca de 20 quilómetros que separa Mogadouro de Algoso, já foi defendido como prioritário pelo secretário de Estado das Obras Publicas no contexto das acessibilidades internas do distrito de Bragança,” frisou o autarca. Por seu lado José Rodrigues, autarca de Vimioso, garante mesmo que, o problema do rato de Cabrera está ultrapassado, uma situação que afectou os estudos da ligação de Vimioso ao IP4, com passagem por Outeiro, por ali alegadamente existir uma colónia de um rato tão importante. “ Os técnicos da empresa Estradas de Portugal virão ao local na próxima semana, para fazerem alguns levantamentos, para que na eventualidade se possa dar andamento ao Estuda de Impacto Ambiental,” disse o edil. Para já a hipótese mais provável para um novo traçado Vimioso / Outeiro é que passe junto a Pinelo, sendo esta a melhor solução, não só do ponto de vista económico, mas a que melhor servirá, não só o concelho de Vimioso, mas também os concelhos de Miranda do Douro, Freixo de Espada à Cinta e Mogadouro. De recordar que a EN-219 é um corredor importante para o transporte de doentes que saem dos Serviços de Atendimento Permanente, ainda em funcionamento nos concelhos servidos por aquela via com destino ao Hospital de Bragança.

Fonte: RBA

terça-feira, 6 de maio de 2008

Mais alimentadores para extinção de abutres no Douro

A rede de alimentadores de aves necrófagas existente no Parque Natural do Douro Internacional (PNDI) que abrange os concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta e Figueira de Castelo Rodrigo, vai ser dotada com mais dois novos equipamentos, os três já existentes puderam vir a ser melhorados.

A ideia passa por construir mais alimentadores, em locais onde os agricultores possam depositar as carcaças dos animais que por vários motivos morrem nas suas explorações e ao mesmo tempo manter a comunidades de aves necrófagas existentes no PNDI. Estes equipamentos, são no fundo locais vedados para onde não possam entrar predadores e localizados em pontos estratégicos onde no passado havia o hábito dos pastores e produtores de gado depositarem os animais mortos. Todas as carcaças que ali são depositadas têm obrigatoriamente de passar por controlo veterinário. Devido a este conjunto de restrições, os abutres que nidificam na área do PNDI poderiam correr risco de extinção. Este tipo equipamento vai ajudar a população agrícola dos concelhos a mater as práticas agrícolas em relação ao comprimento da lei. Os alimentadores já existentes estão localizados em Picote, Poiares (local onde está o alimentador de abutres mais antigo do país) e Almofala. Agora a construção de mais dois alimentadores está prevista para zona norte do concelho de Mirada do Douro e nas arribas junto a Bruçó, concelho de Mogadouro. Esta necessidade prendesse com o facto de ameaça que paira sobre o Britango, também conhecido como “Abutre do Egipto” uma espécie de ave necrófaga que se encontra ameaçada e aonde estão contabilizados cerca de 130 casais. Estes espaços foram desenvolvidos em parceria com cada município, mas agora pretende-se chamar a esta parceria de preservação do meio ambiente as associações existentes na área do PNDI.

Fonte: RBA

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Chegaram os cogumelos de Primavera

Pantorra é a espécie mais apetecida nesta época do ano, mas difícil de encontrar

A época de Outono não é a única estação do ano rica em cogumelos silvestres. Os meses de Abril e Maio são ideias para procurar estes fungos, únicos do ponto de vista gastronómico e medicinal.

Nesta época, no Planalto Mirandês e no Vale do Sabor nascem e crescem as Pantorras (Morchella Esculenta) que para alguns especialistas são considerados um dos três melhores cogumelos que se conhecem, só superados pela Trufa.
A Pantorra é muito apreciada em várias regiões do País e a restauração começa a incluir este fungo nos seus cardápios, já que liga bem com pratos de carne ou peixe. O petisco pode mesmo ser saboreado sem qualquer outro acompanhamento.
A forma do seu chapéu faz lembrar favos de mel. Com uma cor castanha e pé branco, estes cogumelos podem ser encontrados em zona húmidas próximas dos cursos de água, junto a eucaliptos ou outras árvores em sítios ricos em húmus.
Segundo Eliseu Amaro, chefe de cozinha e apreciador de cogumelos, “a Pantorra tem um sabor intenso pelo que pode ser incluída na chamada cozinha de elite, porque o seu paladar fica retido na memória gustativa durante algum tempo”.

Quem procura Pantorras certamente não será para vender

Na região trasmontana este cogumelo ainda se encontra com alguma facilidade, mas é preciso conhecer bem os locais onde se desenvolve. Quem procura Pantorras certamente não será para vender, dado tratar-se de “um autêntico manjar dos Deuses”.
Quando colocados frescos no mercado, cada quilo (que poderá corresponder de 40 a 50 fungos) pode rondar os 100 euros, mas há quem pague mais só para apreciar esta iguaria. “A sua ‘carne’ branca e a consistência esponjosa apresenta um sabor suave, sendo de alta qualidade”, explica o cozinheiro.
Por isso, todos os anos, por altura da Primavera, as pessoas partem à descoberta destes fungos, em que a humidade dos solos e o calor são factor determinante no seu aparecimento.
“Este ano não está correr bem. Se já as Pantorras são raras, com a falta de chuva é preciso procurar bem e revirar com cuidado os locais que no passado foram bons na apanha”, alega Eliseu Amaro.
Apesar da procura de cogumelos com um objectivo comercial, quem procura um fungo deste tipo fá-lo por gosto.
"O prazer de encontrar duas ou três Pantorras deixa entusiasmados os apreciadores” garante o profissional.

Por: Francisco Pinto
Visto em: Jornal Nordeste

sábado, 5 de abril de 2008

Homem encontrado carbonizado

Foi encontrado um corpo carbonizado junto da ponte de Remontes, no rio Sabor. O corpo encontrado é de um empresário, na casa dos 60 anos, residente em Mogadouro. Tinha sido dado um alerta às autoridades, esta quinta-feira, depois do jantar, no entanto o homem acabou pr ser encontrado sem vida, sexta-feira de madrugada, por um familiar.

Para já, está afastada a hipótese de homicídio, mas ainda se desconhecem as causas desta morte. O caso já está nas mãos da Polícia Judiciária.

Visto em: RBA

segunda-feira, 31 de março de 2008

UTAD investiga em Mogadouro

O município de Mogadouro e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) assinaram um protocolo com vista ao desenvolvimento de um projecto de investigação na área dos recursos naturais e semi- naturais. Ao mesmo tempo os técnicos das UTAD analisaram os ciclos agro-ecológicos do pão, dos enchidos, do azeite, do vinho, da carne e do leite.

O levantamento geológico da região será outro dos trabalhos a efectuar pelos técnicos universitários. No final do trabalho que tem uma duração prevista de 14 meses serão elaborados sete documentários com a duração de 30 minutos cada um, com os conteúdos dos ciclos agro-ecológicos bem como um guia de campo dos recursos naturais. Todo o material recolhido será depois colocados à disposição dos interessados no futuro Centro Interpretativo de Mogadouro, a instalar no antigo edifício do Banco Pinto e Souto Mayor, que a autarquia adquiriu para o efeito e localizado em pleno centro urbano da vila. Todo o levantamento está orçado em cerca de 51 mil euros.

Visto em: RBA

quarta-feira, 26 de março de 2008

Primavera no Sabor

A Primavera já chegou ao Rio Sabor. Aqui vemos uma flor de esteva, uma das primeiras, a servir de alimento a um voraz insecto. Ao fundo as águas do Rio Sabor correm indiferentes às polémicas que sobre elas se levantam.

terça-feira, 25 de março de 2008

Populares de Bemposta admitem milícia para combater assaltos

Já se fala em milícias populares e já há quem faça esperas. Há um ambiente de grande preocupação com os assaltos na freguesia de Bemposta, no concelho de Mogadouro. Nas últimas semanas, uma série de furtos varreu casas comerciais e habitações particulares.

Os larápios não são apanhados e já têm aparecido objectos furtados no tribunal de Zamora, em Espanha. Bemposta e a anexa, Cardal do Douro, estão situadas numa zona de fronteira com o país vizinho. Os populares queixam-se do desaparecimento de combustíveis, tabaco, peças de máquinas, dinheiro e diversos bens. Já foram apresentadas queixa em tribunal e a GNR está a investigar alguns destes casos, mas ainda assim, é perceptível um sentimento de forte preocupação nos habitantes locais face a uma onda de assaltos, sem qualquer tipo de punição para os culpados.

Visto em: RBA

domingo, 23 de março de 2008

A Primavera chegou a Brunhoso


BOA PÁSCOA a todos os visitantes do Blog.

sábado, 15 de março de 2008

Pombal, em Sampaio


Sampaio é um lugar que pertence à freguesia de Azinhoso. Estive pela primeira vez em Sampaio no dia 24 de Dezembro de 2007, dia em que tirei esta fotografia. Este pombal encontra-se à esquerda, logo que se chega à aldeia.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Mogadouro valoriza floresta

Projecto contempla a limpeza da floresta e de caminhos e a criação de pontos de água

O município de Mogadouro está a limpar e desmatar 5.000 hectares de floresta em Castelo Branco. Trata-se de uma mancha florestal sensível e com importância económica, que dá grandes preocupações aos bombeiros e autarcas.

A construção de pontos de água para o abastecimento de meios aéreos e veículos de combates a incêndios florestais é outra das preocupações.

O projecto, que se encontra em fase avançada de execução, visa diminuir o risco e a probabilidade de ocorrência de incêndios florestais no concelho de Mogadouro, através de um conjunto de acções que vão reduzir o risco de combustão e de progressão dos fogos florestais.

Os trabalhos abrangem uma importante mancha florestal, que corresponde a cerca de um quarto da área total do concelho. Ao todo são abrangidas cinco freguesias, designadamente Bruçó, Castelo Branco, Meirinhos, Vale de Porco, Vilar do Rei e Vilarinho dos Galegos.

A maioria destas áreas está inserida no Parque Natural do Douro Internacional. Além disso, uma grande parte da área de intervenção apresenta povoamentos florestais adultos, que rondam os 40 anos de vida e nunca foram alvo de qualquer limpeza, no sentido de diminuir a carga de combustível. Existem, ainda, grandes áreas de mato em consequência do abandono agrícola.

A par da limpeza, também está em curso a abertura e limpeza de estradões florestais e caminhos secundários, num total de cerca de 77 quilómetros.

Acções envolvem uma mancha florestal que abrange cinco freguesias

Deste projecto destaca-se, ainda, a construção de dois pontos de água, visto que os existentes não têm a densidade de referência, ou seja 600 metros cúbicos por cada mil hectares. Os recursos já existentes foram limpos e os acessos facilitados.

Para além desta intervenção, executada por homens e máquinas da autarquia, serão ainda levadas a cabo acções de silvicultura preventiva, com a criação de faixas de gestão de combustível, que serão desenvolvidas de forma a permitir uma compartimentação da área de incidência.

Segundo o vereador da Câmara Municipal de Mogadouro, Dário Mendes, esta acção resulta de uma candidatura à medida AGRIS, do Ministério da Agricultura, no valor de 320 mil euros.
Os trabalhos terão de estar terminados até ao próximo mês de Junho, antes da chegada da “época crítica” de incêndios.

Francisco Pinto, Jornal Nordeste, 2008-03-14
Visto em: Diário de Trás-os-Montes

quinta-feira, 13 de março de 2008

Amendoeiras para atrair turistas - Governo apoia plantação de amendoal

A Associação Ibérica de Produtores de Amêndoa, com sede em Mogadouro, promoveu, no passado fim-de-semana, um seminário subordinado ao tema «Amendoeiras – Importância e Oportunidades para o Futuro».

A acção, que decorreu na Casa da Cultura daquela vila, realizou-se numa altura em que o Estado pretende apoiar a plantação de seis mil hectares de amendoal até 2013.
Na opinião das associações de produtores de amêndoa, esta é “a altura certa para apostar nesta cultura, com variedades auto -férteis, de floração tardia e mais produtivas e nos porta – enxertos GF677 e GXN15, que produzem até uma altitude de mil metros”.
No entanto, a expansão do amendoal na região de Trás-os-Montes e Beira Alta começa a ser feita com o apoio autárquico, perspectivando-se que sete municípios dos distritos de Bragança e Guarda entrem no processo.

Segundo o dirigente da Associação Amigos da Amendoeira, Joaquim Grácio, as ajudas podem chegar aos 500 euros por hectare. “Se com a ajuda das autarquias ao plantio as coisas começam a dar frutos, o mesmo já não se pode dizer em relação à atitude de alguns produtores, que introduzem amêndoa amarga no meio da doce, prejudicando a sua comercialização. Caso não haja cuidado poder ver-se desaparecer a amêndoa tradicional”, alertou Joaquim Grácio.

A par da aposta na flor das amendoeiras para atrair turistas, também é preciso produzir com qualidade

Na apanha deste fruto terá de haver o cuidado de não se juntar a amêndoa gerada na copa da árvore com aquela que nasce nos rebentos inferiores do tronco, uma situação que acontece, por norma, quando as árvores não são podadas.

No entanto, o responsável mostra-se satisfeito com o rumo que a cultura do amendoal começa a ter na região no Alto Douro, mas salienta que é preciso fazer mais.
“O valor turístico da amendoeira é importante, visto que nesta altura do ano atrai muita gente à região do Douro Superior e à Beira Alta, mas é preciso ter em conta que é em meados de Abril que os agricultores começam a fazer contas à produção”, salientou o Joaquim Grácio, e acrescentou: “é preciso ter em conta as perspectivas de produção de amêndoa no País. Se há preocupação com a flor da amendoeira, também é importante ter em conta o complemento económico do agricultor”.

Francisco Pinto, Jornal Nordeste, 2008-03-13
Visto em: Diário de Trás-os-Montes

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

70 pessoas reúnem-se todas as terças-feiras para praticarem danças de salão

As terças-feiras à noite começam a ter um gosto especial para os cerca de 70 praticantes de dança de salão que, actualmente, dão asas à sua criatividade na Escola de Dança de Mogadouro.

Recorde-se que esta iniciativa resulta de uma parceria entre a Câmara Municipal de Mogadouro (CMM) e escola PED – Populum Danças de Salão, com sede em Braga, sendo que a autarquia suporta cerca de 50 por cento dos custos.

Quando a música arranca, os pares começam a formar-se e todos se concentram num ritmo que é compassado pelos gestos do monitor que orienta o ensaio.
Em Mogadouro, o gosto pelas danças de salão começou há cerca de dois anos pela mão de um grupo de duas dezenas de pessoas e com um “empurrão” da CMM que arranjou o professor.

“Estamos a tentar não aceitar mais pessoas, porque o espaço começa a ser pequeno. No entanto, já há a promessa por parte do município em ceder um espaço maior na futura Casa das Artes”, explicou uma das mentora da iniciativa, Zita França.

Concelhos vizinhos já manifestaram vontade de integrarem a Escola de Dança de Mogadouro

Actualmente, já há pessoas de concelhos vizinhos, como Miranda do Douro e Vimioso, que demonstraram vontade em se juntar ao grupo de dança. “Há bastantes pessoas com vontade de dançar de forma social, sendo que as senhoras procuram mais as danças de salão como forma de ocupar os tempos livres, enquanto que os homens ainda demonstram alguma resistência por pensarem que isto é coisa de mulheres”, salientou Zita França.

Os praticantes deste tipo de dança orgulham-se de fazerem parte de uma das maiores escolas de dança de salão da Europa, virada para o aspecto social e de diversão.

No entanto, algumas pessoas não descartam a ideia de um dia participarem num campeonato de danças de salão, vestidos a rigor, ao som de um qualquer ritmo musical.

Recorde-se que as danças de salão são praticadas por vários escalões etários, sendo que, em Mogadouro, as idades dos alunos vão dos 10 aos 75 anos.

Francisco Pinto, Jornal Nordeste, 2008-02-26
Visto em : Diário de Trás-os-Montes

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Mau tempo: Chuva traz vida ao interior nordestino e leva morte a Lisboa

Porto, 19 Fev (Lusa)
A chuva que tirou, segunda-feira, uma vida na Grande Lisboa trouxe vida e foi recebida como uma bênção pelos pastores e agricultores do interior nordestino, de Bragança a Castelo Branco.

Afectada por uma seca, há já alguns meses, a região do Nordeste de Portugal abriu os braços à chuva que, desde domingo, molhou os campos sequiosos ajudando a recuperar, ainda que muito tenuamente, a força dos pastos e o vigor dos caules e sementes, em época de crescimento, de "acasalamento" com a terra.

Ao invés, a Sul, na região da capital do país, a mesma chuva, bem mais diluviana, provocou o caos, trazendo consigo a destruição, a consequente miséria e também a dor da morte.

Bênção no pobre interior nordestino, Inferno na "poderosa" Grande Lisboa, as duas faces de uma natureza maniqueísta, que tanto dá...como tira.

As cheias na Grande Lisboa causaram, segundo dados da Autoridade Nacional de Protecção Civil, um morto, cinco feridos, um desaparecido, 179 desalojados e 122 deslocados.

A única vítima mortal registada, até ao momento, é uma mulher, ocupante de uma viatura que caiu na Ribeira de Belas, Sintra.

A outra ocupante do veículo, também mulher, continua desaparecida, estando os agentes da PSP, auxiliados por cães, e bombeiros destacados nas buscas.

No entanto, a chuva que caiu desde domingo no Nordeste Transmontano está aliviar as preocupações dos produtores de gado, do distrito de Bragança, que já temiam pela falta de forragens para os animais.

"Era bom uma semana a chover assim de mansinho", disse hoje à Lusa Fernando de Sousa, secretário técnico da Associação de Criadores da Mirandesa, uma das raças autóctones transmontanas.

Segundo o responsável, "o Inverno tem sido muito seco e os agricultores estavam a ficar preocupados porque as pastagens não rebentavam e a terra não absorvia os adubos lançados por esta altura por falta de humidade".

De acordo com o técnico, "por norma nesta época do ano o gado é alimentado com as reservas alternativas, mas sempre ia apanhando alguma coisa nos campos, o que não tem acontecido".

A chuva implica alguma subida da temperatura, que contribuiu também para o crescimento das forragens.

Também os agricultores e pastores do distrito de Vila Real continuam preocupados, apesar das chuvas de domingo e segunda-feira, com a situação de seca que está a ameaçar os pastos e as culturas da época.

Armando Carvalho, dirigente da Associação dos Pastores Transmontanos e da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), disse hoje à Lusa que os pastores da região têm manifestado grandes preocupações com o pastoreio de ovinos e caprinos.

Em causa está, frisou, a escassez de vegetação nos pastos devido à falta de água, que faz com que os rebanhos tenham que percorrer vários quilómetros em busca de pastagens ou que os pastores gastem "avultadas" verbas em rações ou cereais para alimentar os animais.

Também a falta de reservas hídricas nos solos está a preocupar os agricultores que preparam, neste momento, as culturas de Primavera/Verão, nomeadamente os cereais, nomeadamente o milho, centeio, trigo e aveia.

Ainda segundo Armando Carvalho, se nos próximos meses não forem repostas as reservas hídricas nos solos através da queda de chuva, também a vinicultura será gravemente afectada.

"A chuva que caiu hoje na região é um verdadeiro milagre para a agricultura transmontana", sustentou Armando Carvalho.

A chuva que tem caído na região da Guarda e na Serra da Estrela é também vista pelos pastores e agricultores da região como uma bênção para o sector agrícola, pois a seca estava a criar situações preocupantes.

"A seca estava a atingir um nível muito elevado, porque os pastores da região da Serra da Estrela já não tinham comida para as ovelhas", disse hoje à Lusa o presidente da Associação Distrital de Agricultores da Guarda.

Segundo António Machado, os pastores "já estavam a dar palha e ração às ovelhas", situação que também se reflectia numa "menor produção de leite".

O cenário foi confirmado por Manuel Marques, presidente da direcção da ANCOSE - Associação Nacional de Criadores e Ovinos da Serra da Estrela, ao referir que devido à seca registada "muitos pastores estão a passar dificuldades devido aos encargos, que são maiores, com a sustentação das ovelhas com rações e fenos".

"Muitos deles estão mesmo com dificuldades em conseguir sustentar a vida familiar com os proveitos dos rebanhos", frisou.

"Não havendo humidade na terra não há ervas e sem humidade e bons pastos não há bom queijo", disse o dirigente, acreditando que a chuva que já caiu poderá contribuir para "reter a humidade nos terrenos".

Sustentou também que devido ao tempo seco "por causa da falta de pastos, a produção leiteira baixou substancialmente, na ordem dos trinta por cento, em relação a 2007".

As preocupações do sector serão transmitidas, quarta-feira, ao secretário de Estado Adjunto da Agricultura e das Pescas, Luís Vieira, numa reunião que terá lugar em Lisboa, a pedido da ANCOSE.

No distrito de Viseu, a chuva que caiu ajudou a repor a humidade nas pastagens, mas "é ainda muito pouca para garantir as sementeiras" que se aproximam, disse hoje à Lusa Baltazar Almeida, da associação Balflora.

Segundo o dirigente, nas zonas mais serranas do distrito, como as encostas das serras do Montemuro e da Nave, "estavam-se a registar problemas com as pastagens do gado".

O mesmo acontecia nos lameiros à beira dos rios (onde há a chamada erva de sete anos), "nomeadamente do Paiva, que, por causa dos aproveitamentos hídricos, estavam a ficar secos".

"A chuva é ouro para a agricultura", frisou Baltazar Almeida, sustentando que, para que as próximas sementeiras corressem bem, seriam precisos "15 dias de chuva, porque os terrenos estão muito secos".

A chuva está também a tranquilizar os agricultores de Castelo Branco, onde as barragens e charcas quase secas faziam prever o pior para as culturas de Primavera e Verão.

"É óptimo que venha esta chuva, porque as bacias hidrográficas estavam baixas e assim há um revigoramento de todo o sistema hídrico", realçou à Lusa Mesquita Milheiro, presidente da Associação Distrital de Agricultores.

"Estamos quase a começar as culturas de Primavera e Verão", como o milho e frutas, "e se não chovesse havia falta de reservas de água", disse Mesquita Malheiro.

Pedro Cardoso, veterinário coordenador da Associação de Produtores de Ovinos do Sul da Beira (Ovibeira) também sustentou que "antes da chuva começar a cair, as pastagens que restavam na Beira Baixa "eram muito rasteiras".

"Já só lá chegavam ovelhas e cabras, não serviam para bovinos", referiu à Lusa, acrescentando que "depois da chuva cair, desde que o sol apareça e não haja temperaturas baixas, pode nascer nova erva, após três a quatro dias".

"O ideal era que chovesse menos, mas durante mais tempo, para que a água se infiltrasse mais na terra. Assim, com a chuva forte, muito da água vai acabar por escorrer para os cursos de água", frisou Pedro Cardoso.

A Ovibeira abrange Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Vila Velha de Ródão e Penamacor num total de 180 mil ovelhas e cabras e 15 mil bovinos.

Seja como for, disse o veterinário, "a chuva é bem recebida porque, sem boas pastagens, os animais ressentem-se".

"Por exemplo, o leite pode perder qualidade", acrescentou.

Também João Fernandes, presidente de duas associações distritais ligadas à produção de queijo, sustentou que "sem pastagens, os produtores têm sido obrigados a dar maiores suplementos de rações, que estão cada vez mais caras".

Este responsável também saúda a chuva e garante que a qualidade do queijo "ainda não foi afectada", por esta não ter começado a cair mais cedo.

No entanto, a sua maior preocupação são os custos acrescidos com a alimentação dos animais.

"Há produtores que estão abandonar a produção dos animais", refere, sem no entanto arriscar números.

Quanto ao abastecimento de água às populações, e salvo situações pontuais como é o caso de Sabrosa, em Vila Real, onde conjunturalmente ocorrem deficiências, a situação está controlada nos cinco distritos nordestinos.

JAM/HFI/PLI/ASR/AMF/LFO.

Lusa
Visto em: Visão

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Ministério da Justiça oferece casas

As casas dos magistrados, em plena malha urbana da vila de Mogadouro, vão passar para a alçada do Câmara para, nos dois imóveis, ser instalado o novo Arquivo Municipal.

" Há já cinco anos que a Autarquia lutava pela aquisição dos imóveis, com a finalidade de adaptá-las de forma a ali colocar o acervo municipal do concelho", disse Morais Machado, presidente da Câmara de Mogadouro.

Recorde-se que os arquivos municipais já foram, por duas vezes, pasto da chamas, em 1885 e 1927, mas agora, diz o autarca, "não se pode correr esse risco".

Actualmente, o arquivo municipal está instalado no edifício da Câmara, mas "em condições muito precárias". "O Executivo entende que um edifício construído de raiz seria muito dispendioso e nem a autarquia teria disponibilidade financeira para o efeito. Assim, como os edifícios estão em terrenos municipais, chegou-se a acordo com o Ministério da Justiça, para o seu aproveitamento", explicou o autarca.

As casas do magistrados foram avaliadas em cerca de 185 mil euros, mas uma vez que foram dadas graciosamento pelo Estado, o Executivo decidiu reverter essa verba para obras de conservação no Palácio da Justiça ao longo dos próximos 10 anos.

Francisco Pinto in JN, 2008-02-16
Visto em: Diário de Trás-dos-Montes

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Rio Sabor - Incoerência de discurso!


Quando procurava alguma informação sobre Mogadouro, na Internet, deparei-me com o seguinte texto:

Rio Sabor

É considerado como o último dos “rios selvagens” de Portugal. O Vale do Rio Sabor é um espaço natural valioso, de Portugal e do conjunto da Península Ibérica, classificado na Rede Natura 2000. Possui uma área declarada como zona de especial de protecção das aves Zepa.

O Sabor possui um valor ecológico único e insubstituível. Nesta área existe uma vegetação de características ímpares, onde se destacam, as particulares comunidades associadas ao leito das cheias. No Vale do Sabor, surgem também os mais extensos e bem conservados azinhais e sobreirais de Trás-os-Montes, e a presença de substratos calcários e ultrabásicos permite a ocorrência de um elevado número de endemismos.

Pensei estar na página da Plataforma Sabor Livre, mas o meu espanto surgiu quando verifiquei que a página é da AMDS - Associação de Municípios do Douro Superior!
Esta visão do Rio não é a que tenho visto defender pelos autarca que integram esta Associação! Então em que ficamos?
"O Sabor possui um valor ecológico único e insubstituível", ou depende do preço?

Autarquias criam órgão para QREN

Os concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo e Vila Nova de Foz Côa, em parceria com os «ayuntamientos» espanhóis da área ribeirinha do Douro Internacional, criaram o Douro - Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT). Este organismo, sediado na vila espanhola de Travanca, visa a candidatura conjunta de projectos ao Quadro de Referencia de Estratégia Nacional (QREN).
«Numa altura em que a maioria das autarquias trabalha na concepção de projecto para apresentar ao QREN, deixou de ser viável que sejam apresentados por um município ou território individualmente, tornando-se mais eficaz apresentar projecto comuns», explicou Morais Machado da Associação de Municípios do Douro Superior, citado pelo ao Jornal de Notícias.
Morais Machado referiu que os projectos «entrosados», a apresentar em Junho, focam a saúde e serviços sociais, ambiente e desenvolvimento sustentável, turismo, agricultura, transportes e desenvolvimento económico, entre outros. «No AECT-Douro será possível apresentar projectos que absorvam o correspondente a 2.52% do valor global do QREN». acrescentou.
Contudo, o presidente do município de Miranda do Douro, Manuel Rodrigo, considera « que vai ser praticamente impossível as nossas Juntas de Freguesia apresentarem projectos, por não terem poder económico para fazer face aos 25% que são necessários para avançar como as iniciativas, já que nos projecto transfronteiriços tem de se andar com o dinheiro à frente, ou seja, são pagos contra recibo e não contra factura».

2008-02-14
Visto em: IGov

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Douro - Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT)

Os concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo e Vila Nova de Foz Côa, em parceria com os ajuntamentos espanhóis da área ribeirinha do Douro Internacional, criaram o Douro - Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT).

O novo organismo, com competência jurídica, fica sedeado na vila espanhola de Travanca, por ser o ponto central naquele território ibérico, separado geograficamente apenas pelo rio Douro, região onde há cada vez mais cooperação fronteiriça, à semelhança do que acontece já com a Galiza/Norte de Portugal.

"Numa altura em que a maioria das autarquias trabalha na concepção de projecto para apresentar ao Quadro de Referencia de Estratégia Nacional (QREN), deixou de ser viável que sejam apresentados por um município ou território individualmente, tornando-se mais eficaz apresentar projecto comuns ", diz Morais Machado, da Associação de Municípios do Douro Superior "Os projectos a apresentar têm de ter entrosamento entre as regiões", assinala. Entre os projectos legíveis ficam, a saúde e serviços sociais, ambiente e desenvolvimento sustentável, turismo, agricultura, transportes e desenvolvimento económico, entre outros. Os projectos deverão dar entrada já em Junho. "No AECT-Douro será possível apresentar projectos que absorvam o correspondente a 2.52% do valor global do QREN", diz Morais Machado.

Manuel Rodrigo, presidente do município de Miranda do Douro, mostra-se algo pessimista em relação ao futuros do agrupamento "já que vai ser praticamente impossível as nossas Juntas de Freguesia apresentarem projectos, por não terem poder económico para fazer face aos 25% que são necessários para avançar como as iniciativas, já que nos projecto transfronteiriços tem de se andar com o dinheiro à frente, ou seja, são pagos contra recibo e não contra factura".

Francisco Pinto in JN, 2008-02-12
Visto em: Diário de Trás-dos-Montes

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Confraria defende Butelo com cascas

«O Butelo com Cascas»

Nada melhor do que um picante butelo com cascas fumegantes para reconfortar o estômago nos dias gélidos do Entrudo transmontano. «O Butelo com Cascas» - um enchido de carne com ossinhos que, habitualmente, se come com feijão seco na própria vagem -, é o prato mais típico do Carnaval e dos dias que o antecedem.

Os sabores são fortes, marcados pelo vinho, pelo pimentão, alho e louro, mas poucos resistem a aromas tão possantes.

Em certos locais, como no concelho de Torre de Moncorvo, este enchido é conhecido por "palaio" e confecciona-se um só exemplar, para servir de repasto no Entrudo. Já em Miranda do Douro e Vinhais, são feitos vários para comer ao longo do ano.

Por todo o distrito de Bragança o "butelo" é o rei do "Cozido à Transmontana". As cascas, ou casulos, são secas no Verão para comer no Inverno. Visando salvaguardar a tradição deste enchido típico do Nordeste Transmontano, foi criada a Confraria Gastronómica das "Cascas e do Butelo", entronizada em Pinelo (Vimioso).

A ideia foi do Centro Cultural e Recreativo de Pinelo, que quer manter o costume. No dia de Carnaval, era uso roubar os butelos, enquanto eram cozinhados no pote de ferro. Naquele dia realizava-se o conselho, onde se juntavam os homens da aldeia visando fazer trabalho comunitário.

As mulheres ficavam em casa a cozinhar o butelo, mas as mais distraídas ou crédulas acabavam quase sempre roubadas.

Glória Lopes in JN, 2008-02-06
Visto em: Diário de Trás-os-Montes

"HelpPhone" para idosos de Mogadouro

A câmara de Mogadouro vai disponibilizar aos idosos carenciados e mais isolados do concelho um sistema de alerta denominado por “HelpPhone”. Trata-se de uma pulseira que permite aos idosos accionarem uma central que pode desencadeia uma ajuda, em caso de necessidade.

A autarquia está a fazer um levantamento dos idosos a quem vai ser entregue no imediato este equipamento. O “HelpPhone” pode ser uma grande ajuda num concelho envelhecido e com forte dispersão na área rural. A RBA sabe que para além de Mogadouro há outros municípios do distrito de Bragança que estão interessados em aderir a este sistema.

Visto em: RBA

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Agrupamento une municípios transmontanos e espanhóis

Mogadouro, Miranda do Douro, Freixo de Espada à Cinta, Moncorvo e Foz Côa associaram-se a alguns municípios da área de Salamanca, em Espanha e criaram o Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial.

Um organismos que vai tentar aproveitar os fundos do Quadro de Referencia Estratégica Nacional (QREN) para captar investimentos em áreas como o turismo ou as acessibilidades. Nesta parceria, que vai poder aceder a verbas significativas do QREN, também vão poder aceder projectos dinamizados por juntas de freguesia.

Visto em: RBA

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Tractor agrícola mata jovem

Um jovem de 26 anos de idade morreu, ao início da tarde de quarta-feira, em Castro Vicente, Mogadouro, quando o tractor agrícola que operava tombou por um ribanceira com cerca de dois metros de altura. Vítor Pinto encontrava-se a fazer uma manobra em marcha a traz “ e por distracção deixou que uma das rodas do tractor entrasse na berma da ribanceira, esta acabou por ceder, provocando o capotamento da máquina agrícola.

O operador ficou com a cabeça debaixo de um dos para lamas do tractor. Teve morte imediata ” disse à RBA, António Salgado, comandante dos Bombeiros Voluntários de Mogadouro. No local do acidente a consternação era geral, já que a exploração agrícola onde se deu o acidente era muito próxima da aldeia. Ao local ocorreu para além dos bombeiros de Mogadouro, a Viatura de Emergência Medica e Reanimação, (VMER) cujo médico da equipa de socorro se limitou a confirmar o óbito. O corpo seguiu para o Gabinete de Medicina Legal afim de ser autopsiado. A GNR tomou conta da ocorrência.

Visto em: RBA

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Vale da Madre


Um pastor (e um caçador) em Vale da Madre, Mogadouro.
23-12-2007

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Urgência Básica de Mogadouro em obras

Começaram ontem as obras para a instalação do Serviço de Urgência Básica no Centro de Saúde de Mogadouro. A valência deverá abrir as portas em Março. Esta unidade surge associada à reorganização dos serviços de urgência no distrito. A unidade de Mogadouro vai servir Freixo de Espada à Cinta, Vimioso e Miranda do Douro.

As obras de adaptação do antigo Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Centro de Saúde de Mogadouro para Serviço de Urgência Básico (SUB) arrancaram ontem. A empreitada deverá estar concluída daqui a mês e meio, prevendo-se que o SUB de Mogadouro comece a funcionar em Março, servindo, além do concelho de Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta, Vimioso e Miranda do Douro. O novo serviço terá de ter dois consultórios, porque estão previstos dois médicos e dois enfermeiros em cada equipa, triagem de Manchester e outros requisitos exigidos para o funcionamento do SUB, como sejam mais espaços de observação de doentes e para equipamentos auxiliares ao diagnóstico. "Não será preciso uma intervenção alargada por ser um edifício recente", observou Berta Nunes, coordenadora da Sub-região de Saúde de Bragança. No entanto, vão ser contratados mais médicos, ou será feito o recurso a profissionais de centros de saúde maiores, para assegurar o serviço em permanência no SUB. Mas, pelo menos das 9 às 16 horas de todos os sdias, estão já garantidas duas equipas clínicas, explicou a coordenadora da Sub-região de Saúde Bragança. "A orientação para o SUB será feita pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) que decidirá para onde enviar os doentes conforme a sua situação clínica. No entanto, se o doente preferir por sua iniciativa deslocar-se ao SUB de Mogadouro, poderá fazê-lo, mas há situações que só o CODU pode decidir," disse Berta Nunes. Caso haja falta de médicos para assegurar o bom funcionamento do SUB, o município de Mogadouro já se mostrou disponível para dialogar com a tutela para ajudar a criar condições para a fixação de médicos.

Visteo em: RBA

Serra de Figueira


Do alto da Serra de Figueira é possível ver muitos quilómetros em redor. Neste dia o nevoeiro espalhava-se em vários locais e este era o aspecto olhando em direcção a Bruçó.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Meteo: Três distritos em alerta Amarelo devido ao nevoeiro - IM

Lisboa, 21 Jan (Lusa) - O Instituto de Meteorologia colocou hoje sob aviso Amarelo três dos 18 distritos de Portugal continental devido ao nevoeiro intenso.

O Instituto de Meteorologia (IM) colocou sob aviso Amarelo, o segundo uma escala que vai até quatro, os distritos de Vila Real, Bragança e Guarda.

Também sob aviso Amarelo está a Madeira mas devido aos fortes ventos.

O IM prevê para hoje céu pouco nublado ou limpo, apresentando-se temporariamente muito nublado a partir do fim da tarde nas regiões do litoral a norte do Cabo Raso, e vento fraco, soprando temporariamente moderado de norte a partir da tarde nas regiões do litoral a sul do Cabo Mondego.

Está ainda prevista neblina ou nevoeiro matinal, em especial no nordeste transmontano, e uma pequena descida da temperatura máxima na faixa costeira ocidental.

© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
2008-01-21 07:25:01

Visto em: RTP

Mãe de jovem desaparecido critica autoridades

A mãe de um jovem desaparecido em Mogadouro acusa as autoridades policiais de não estarem a fazer nada para encontrar o filho. A senhora fala ainda em falta de informações e relaciona o desaparecimento com possiveis maus-tratos. O rapaz de 26 anos desapareceu em Outubro e desde essa altura que não dá notícias. A Policia Judicíária confessa que não há resultados práticos das investigações feitas.

A Policia Judiciária (PJ) continua a investigar o “ misterioso” desaparecimento de um Jovem de 26 anos residente em Mogadouro, apesar de “haver já linhas de investigação ainda não há nada em concreto” que possa ajudar a encontrar o paradeiro do rapaz. No entanto a tese de sequestro é uma hipótese que não foi descartada pela PJ, como a RBA havia avançado. De recordar que Mário Rui Sousa Lemos saiu de casa no passado dia 10 de Outubro ao volante de um Renault 5 de cor vermelha com destino ao que tudo indica, a vizinha vila de Torre de Moncorvo (lugar onde terá sido visto pela ultima vez) com intenção de fazer negócio para a aquisição de uma viatura comercial usada, como garantem os seus familiares. Uma das linhas de investigação passa pelo contacto das autoridades com o suposto indivíduo com quem Mário Rui iria fazer o referido negócio. Ao que a RBA apurou junto de fonte ligada à investigação, “ o individuo com quem o rapaz supostamente iria fazer negócio ainda não foi identificado ou localizado pelos autoridades que têm em mãos as investigações relacionadas com o caso.” “ Eu bem queria ter notícias do paradeiro do meu filho, tenho visto a investigação muito parada, parece que não vejo ninguém mexer-se,” disse com ar consternado Maria Lemos, mãe de Mário Rui. A progenitora é da opinião que “já passou muito tempo e não há notícias, parece que de dia para dia as coisas tornam-se muito complicadas e tenho receio que algo de grave tenha acontecido.”“ Agora nem a conta bancária posso consultar a não ser por vias legais, até perece que sou uma pessoa estranha no meio desta situação,” desabafa Maria Lemos. Maria Lemos diz que não era a primeira vez que o seu filho se deslocava para trabalhar fora do país mas mantinha-se em contacto, as pessoas com quem ele se fazia acompanhar eram de confiança, dava noticias e trazia o dinheiro para casa. Face à situação, os familiares de Mário Rui argumentam “ somos pessoas de fracas posses financeiras, senão já tínhamos iniciado um investigação por conta própria.”

Visto em: RBA

domingo, 20 de janeiro de 2008

Ponte que liga Algoso a Valcerto

Ponte que liga Algoso a Valcerto
Mini-hídrica tem parecer negativo do Património


O presidente da Câmara de Vimioso, José Rodrigues, mostra-se «insatisfeito» com o parecer negativo do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) ao projecto de construção de uma mini-hídrica a jusante da zona de confluência do rio Angueira e da ribeira da Ponte de Pau nas proximidades da ponte que liga Algoso a Valcerto.

A construção do empreendimento está orçada em seis milhões de euros e resulta de uma parceria entre os municípios de Vimioso e Mogadouro e a Hidroerg, empresa privada ligada ao sector das energias renováveis. "Temos três rios que atravessam o concelho, e deles nada tiramos, a não ser a água para o abastecimento público. Num concelho com poucos rendimentos temos de apostar em fontes de receita e surgiu a oportunidade de construção da barragem" disse José Rodrigues.

O IGESPAR garantiu ao JN, que o paredão da mini hídrica vai recuar "apenas 90 metros" do sítio inicialmente previsto de forma a não ser visível do local onde está instalada uma ponte do século XVII, que se encontra em vias de classificação". No entanto, o atraso verificado no projecto é apenas de cinco meses, tempo que pode ser recuperado durante a construção da barragem", avançou fonte do IGESPAR.

Francisco Pinto in JN, 2008-01-20
Visto em: Diário de Trás-os-montes

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Cruzamento de Lagoaça - Acidente provoca vítima mortal

Um violento despiste, seguido de capotamento, cerca das 19 horas de anteontem, na Estrada Nacional (EN- 221), provocou um morto. O acidente ocorreu numa zona de recta, junto ao cruzamento da EN-221 com a EN-220, de Lagoaça para Freixo de Espada à Cinta.

A vítima mortal é José Zedório, um electricista de 46 anos de idade, casado que deixa órfãos dois filho, um deles menor. No local do acidente era possível verificar que o condutor ainda tentou evitar o acidente, como mostram as marcas da travagem com cerdca de 50 metros de extensão.

Segundo fonte dos bombeiros, na parte final da travagem o automóvel "fugiu" para a faixa contraria da via, acabando por capotar e provocar ferimentos graves da cabeça do único ocupaste da viatura. O homem acabou por ficar sob o carro, presume-se, devido ao facto de ter sido "cuspido".

A vítima ainda foi transportada com vida para o Centro de Saúde de Freixo de Espada à Cinta, acabando por morrer pouco tempo após do acidente por não resistir aos ferimentos. O corpo do homem foi depois transportado para o gabinete de Medicina Legal em Bragança, afim de ser autopsiado.

Nas operações de socorro estiveram envolvidos oito bombeiros apoiados por duas viaturas. A Brigada de Trânsito da GNR está a investigar as circunstâncias do acidente.

Francisco Pinto in JN, 2008-01-13
Visto em: Diário de Trás-os-Montes

Lagares que dão luz?

A Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro defende uma nova geração de lagares de azeite. Para além de produzirem o ouro das oliveiras uma vez por ano, defende que, durante o resto dos meses, produzam energia. Por exemplo na área da biomassa.

Segundo António Branco, presidente da Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro, esta poderia ser uma forma de rentabilizar os lagares de azeite. Este responsável lembra mesmo que no Quadro de Referência Estratégica Nacional há fundos disponíveis nesse sentido.

Visto em: RBA

Fraude no negócio do azeite

Fraude no sector do azeite. A Associação de Olivicultores de Tràs-os-Montes e Alto Douro denuncia que há grandes empresas que colocam azeite contrafeito no mercado nacional. António Branco, o presidente daquele organismo, diz que algumas garrafas extra-virgem na realidade não têm mais do que uma mistura sem a qualidade necessária.

Este responsável entende que um dos problemas está relacionado com a falta de painéis de provadores oficiais, acrescentando que não há grande controlo do que “é posto nas garrafas de azeite”. António Branco pede mais fiscalização. O ministro da Agricultura, posto a par da situação, admite que se trata de uma caso em que a ASAE deve intervir.

Visto em: RBA

domingo, 13 de janeiro de 2008

O melhor de Trás-os-Montes

O melhor de Trás-os-Montes
Fumeiro é a principal imagem de marca da região

A raça autóctone do porco bísaro e a maneira de o criar são características importantes. Os temperos das carnes, a confecção e a cura com o frio distinguem este fumeiro comercializado em restaurantes, feiras e lojas gourmet.
É logo nas pocilgas que se inicia a produção do fumeiro transmontano. O porco bísaro é uma raça autóctone da região responsável pela qualidade da matéria-prima, alimentada à base de produtos naturais.
“Alimentamos os porcos com os produtos que colhemos na quinta, beterraba, abóbora, nabo, cereais e erva”, refere António Afonso, que está no princípio da linha de uma pequena unidade familiar que, à imagem do que ainda sucede nas aldeias transmontanas, se dedica à produção de fumeiro, mas neste caso para venda.
A mulher Natividade e uma funcionária são responsáveis pela confecção do produto. São as receitas praticadas ao longo de várias gerações que garantem o sabor genuíno.
Além da alheira também se fabrica a morcela, o salpicão e até chouriços doces feitos com as carnes mais ensanguentadas do porco, pão, mel e amêndoa.
Mas os enchidos mais característicos são os butelos, vulgarmente conhecidos por chouriços de ossos.
Depois de enchido o fumeiro passa à fase de secagem com fumo produzido por lenha de carvalho, e o frio permite uma cura da carne absolutamente singular.
“Quanto mais frio melhor. As carnes unem melhor e conservam-se mais”, garante Natividade Afonso.
No fim da linha da pequena unidade de produção encontra-se Nelson. A cargo do filho do casal está a comercialização do produto certificado.
“Além de vendermos na nossa loja no centro histórico de Bragança, também enviamos para várias lojas gourmet no país e temos também muitos clientes que se deslocam de propósito do Porto para virem buscar fumeiro”, refere Nelson Afonso.
Na região o produto é servido também à mesa dos restaurantes e comercializado em feiras de produtos da Terra. Toda esta actividade tem contribuído para dinamizar economicamente Trás-os-Montes que encontrou no fumeiro a sua principal imagem de marca.

João Faiões, Jornalista
Visto em: SIC online

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Bruçó vive a Festa dos Velhos

População sai à rua no dia de Natal para cumprir a tradição que passa de geração em geração

Logo pela manhã, saem à rua dois casais singulares. De um lado está o Soldado e a Sécia e do outro um par de Velhos, todos mascarados e vestidos a preceito. Esta é a tradição que marca o dia de Natal na freguesia de Bruçó, no concelho de Mogadouro.

Com estas figuras pagãs, cuja origem se perde nos tempos, começa a função cénica.
O povo interage para dar vida ao cortejo com um objectivo único: a diversão. Além disso, também ajuda na colecta que reverte a favor do altar de Nossa Senhora, que, no fundo, é o pretexto para este ritual de origem pagã, mas, ao mesmo tempo, burlesco e teatral.

É de manhã bem cedo que as pessoas encarnam as figuras do ritual. Primeiro reúnem-se em casa da mordoma-mor para assumirem os respectivos papéis. É uma manhã de verdadeiro corrupio, que se torna desgastante.

Para vestir os trajes são escolhidos os rapazes mais atléticos de cada geração. A escolha dos personagens é feita de forma sigilosa, já que o secretismo é uma das condições para animar a festa, uma tradição que dá azo à imaginação e, até, a algumas apostas.
Já na rua, as personagens ganham vida própria e os actores começam a sua tarefa. A Sécia, sempre protegida pelo Soldado, é uma mulher “mundana e de vida fácil”, que leva ao colo uma boneca para simular um bebé.

Festas do Solstício de Inverno ameaçadas pela falta de jovens para encarnarem as personagens

Ao longo do jogo, a Sécia vai sendo assediada pelos rapazes com mais coragem, já que o valente Soldado, para proteger a sua dama, vai atirando valentes “cinturadas” com um cinto de cabedal grosso. Pelo meio há palavras obscenas e provocatórias: “Maria vais com todos sua galdéria ”. A isto o soldado reage com pancada para limpar a honra, já que a intenção da rapaziada é “roubar a Sécia ao marido”.

O par de velhos procura manter a ordem pública durante o cortejo. De cajado na mão, vão perseguindo os provocadores e limpando a rua das bexigas de porco cheias de ar, que servem para os atazanar.

Apesar do esforço em manter a tradição, os mais antigos dizem que a festa “já não é o que era, visto que foram introduzidos novos elementos e as vestes e máscaras já não são tão genuínas”.
No entanto, o principal inimigo das festas do Solstício de Inverno é a falta de jovens para darem vida às personagens.

Francisco Pinto, Jornal Nordeste, 2008-01-08
Visto em: Diário de Trás-os-Montes

Mini-hídrica problemática no Angueira

Câmara de Vimioso e o Instituto Português do Património Arquitetónico mantêm um braço-de-ferro por causa da construção de uma mini-hídrica no rio Angueira. A barragem, cujo projecto está a ser trabalhado há vários anos, teve um contratempo. Por causa do impacto visual provocado pela proximidade do castelo de Algoso, a mini-hídrica tem que ser feita a cem metros de distância do local inicialmente previsto.

A autarquia espera que desta seja de vez, até porque aquela pode ser uma boa fonte de receitas.

Visto em: RBA - Rádio Bragança

Produtos certificados querem promoção integrada

Seis associações de produtores da região querem que o Ministro da Agricultura aprove uma candidatura para promoção integrada de produtos com denominação de origem protegida (DOP) e indicação geográfica protegida (IGP). Querem aproveitar a vinda de Jaime Silva à região, a partir de quarta-feira, para lhe solicitar esse apoio.

Associações e agrupamentos ligado a produtos como; o azeite de Trás-os-Montes, fumeiro de Vinhais, carne de porco bísaro, queijo terrincho, alheiras de Mirandela e o queijo de cabra transmontano, apresentaram uma candidatura ao projecto “Promoção de produtos em mercados internos”, desenvolvido pelo Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas. Esta acção, no âmbito do PRODER – Programa de Desenvolvimento Rural – prevê financiamentos até 500 mil euros para a promoção integrada de produtos de qualidade reconhecida. A ideia passa por criar uma marca conjunta com estes produtos DOP e IGP. António Branco, líder da Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro, um dos organismos envolvidos, adianta que a candidatura pode permitir a conquista de novos mercados, nomeadamente no norte da Europa e ainda a divulgação em Portugal da vantagem de consumir produtos protegidos, o que ainda não acontece. O assunto vai ser dado a conhecer ao Ministro da Agricultura, que esta quarta-feira vai estar em Mirandela para reunir com funcionários do Direcção Regional de Agricultura do Norte, bem como com os autarcas da região. Na quinta-feira, Jaime Silva, vai fazer o mesmo em Freixo-de-Espada à Cinta e Torre de Moncorvo.

Visto em: RBA - Rádio Bragança

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Localidades do Nordeste Transmontano continuam a viver os rituais pagãos do solstício de Inverno

A magia do Inverno - Localidades do Nordeste Transmontano continuam a viver os rituais pagãos do solstício de Inverno

Ao longo dos séculos, as figuras pagãs dos rituais de solstício de Inverno têm sido vividas com bastante intensidade no Nordeste trasmontano. Os concelhos de Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mogadouro e Vinhais são alguns destinos mais procurados por quem pretende partir à descoberta destes ritos de iniciação e fertilidade, numa espécie de turismo cultural e mitológico.

Estes rituais e mistérios pagãos conseguiram, mesmo, sobreviver, graças à vontade popular, às leis da Igreja que os chegou a proibir.

Estes eventos são, no fundo, festividades agrárias essenciais para a manutenção das comunidades rurais devido à superstição das gentes do campo.
Nas décadas de 50 e 60 do século passado, os Carochos, Belhas, Farandulos, Sécia e Moços estiveram à beira da extinção, dada a falta de pessoas devido à emigração que assolou a região, mas foram “salvos” pela vontade popular.

A aldeia de Constantim, no concelho de Miranda do Douro, é uma das localidades do distrito de Bragança onde este “Inverno Mágico” se vive com pureza e tradição.

A festa das Morcelas ou da Mocidade, dedicada a São João Evangelista, é um dos exemplos mais emblemáticos destes rituais que se prolongam até ao Dia de Reis.
Ainda o sol de uma manhã fria de Inverno não tinha nascido e já se ouvia o primeiro foguete a anunciar a alvorada e o início da festa.

Pauliteiros dançam como forma de agradecimento

Os actores principais, o Carocho e Sécia, saem à rua, acompanhados do toque de gaita-de-foles, caixa e bombo e dos pauliteiros, em busca de esmola para o jovem Santo.

“A simbologia das figuras assenta na família tradicional, onde o pai e a mãe são encarnados pelas figuras do Charolo e da Sécia que procuram esmola para a subsistência familiar num Inverno rigoroso que se aproxima”, explicou Aureliano Ribeiro, um dos zeladores da tradição.

O Charolo anda, assim, de casa em casa com uma espécie de pinça gigante nas mãos à procura de peças de fumeiro. Quando as coisas não lhe correm de feição avança com uma das suas investidas no intuito de amedrontar os menos atentos. “Às pessoas que colaboram, os pauliteiros retribuem com uma dança em sinal de agradecimento pela esmola”, adiantou o responsável.

As peças de fumeiros e outros produtos agrícolas recolhidos são os ingredientes para uma ceia comunitária que se serve à noite e que reúne os comensais que foram sendo convidados ao longo da ronda.

Francisco Pinto, Jornal Nordeste, 2008-01-07

Visto em: Diário de Trás-os-Montes

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Penas Roias - Castelo


O castelo de Penas Roias tem duas fases distintas de ocupação. A primeira é da Pré-História recente, provavelmente Calcolítico e/ou Idade do Bronze. A segunda fase é a do castelo medieval, fundado em 1166 pelos templários. O local é um cabeço rochoso, que faz o término de uma crista quartzítica, tendo uma excelente posição estratégica e boas condições de defesa natural. É um cabeço destacado na paisagem, com falésias por todos os lados, sendo os lados Norte e Oeste quase inacessíveis. O acesso natural faz-se pelo lado Sudeste, virado para a aldeia. Na vertente do lado Sudoeste fica o abrigo com pinturas da Fraga da Letra, sobranceiro ao habitat do Valado, o qual deverá ser a continuação da ocupação pré-histórica no topo do morro do Castelo. O topo do cabeço é uma grande plataforma aplanada, subdividida em diversas outras plataformas entre rochedos. O ponto mais elevado localiza-se sobre o acesso a Leste, e é um grande rochedo, em cima do qual se ergueu a torre de menagem do castelo. Esta é quadrada, com 3 andares, com janelas de frestas, e a porta no 1º andar, virada a Norte, hoje em dia não acessível. À semelhança das restantes estruturas do castelo, a torre de menagem está em mau estado de conservação, sem telhado e com o topo a ruír. Da muralha do castelo quase nada resta. Algum alicerces e talude pelos lados Norte, Oeste e Sul. Apenas a Sudeste, sobre o acesso, resta ainda um pano visível da muralha, quase arruinado, entre dois torreões, um deles quadrado só com uma parede, a ameaçar ruína eminente, e o outro circular, de base troncocónica, também a caminhar para a ruína. No desenho de Duarte d'Armas é bem visível uma segunda linha de muralha abaixo da primeira, de que não restam vestígios. Os materiais de época medieval e moderna são abundantes, sobretudo telhas de meia cana, com as cerâmicas comuns a serem bastante mais raras. Os materiais pré-históricos aparecem um pouco por toda a área, mas são particularmente abundantes nas zonas de escorrimento de águas no acesso do lado Leste, junto à torre de menagem. Muitas das plataformas ao longo do topo do cabeço parecem ter boa potência estratigráfica, e é possível que os níveis de ocupação pré-histórica se mantenham ainda bem conservados, provavelmente melhor que os vestígios de época medieval. Pelas características do cabeço, é plausível que na Pré-História fosse um povoado fortificado, ainda que disso não sejam visíveis quaisquer indícios, tendo sequência de ocupação no sopé Sudoeste, na zona do Valado, estando ainda por se determinar qual a relação entre o povoado e o abrigo com pinturas da Fraga da Letra.
Fonte: IPA

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Misericórdia tem nova Provedoria

João Henriques eleito -Misericórdia tem nova Provedoria
A construção de uma creche no antigo Centro de Saúde de Mogadouro, a entrada em funcionamento da Unidade de Cuidados Continuados (UCC) e a reestruturação do lar da terceira idade são três desafios para a nova Mesa administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro (SCMM), que ontem tomou posse, sendo encabeçada pelo recém-eleito provedor, João Henriques.
A nova creche tem capacidade para 46 crianças (equipamento já aprovado pelo programa PARES), a UCC já está concluída mas tem de ser posta em funcionamento ( já que está a gerar despesas à Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro por falta de autorizações do Governo para a abertura) - e tem capacidade para cerca de 40 doentes que necessitam de internamento prolongado. Outro projecto do nova provedoria passa pela melhoria das condições de vida aos mais desfavorecidos e à população sénior que está dependente da instituição. A melhoria da qualidade do atendimento é um factor a ter em conta. " À medida que o número de idosos vai aumentando no concelho, também se requer uma resposta mais eficaz de instituições como a Santa Casa," disse, ao JN, o novo provedor.

Sublinhe-se que da Misericórdia do Mogadouro dependem cerca de 400 utentes e uma centena de funcionários, situação que faz com que a instituição seja uma das mais importantes, do ponto de vista social, na região.

" Mais que uma revolução que tem de se fazer no seio da SCMM, é preciso fazer uma evolução. Com um trabalho sereno, poderemos evoluir para novos desafios que vão sendo colocados," frisou João Henriques. No entanto, o novo provedor garante que a instituição terá de ser gerida com "espírito empresarial", de forma a haver capacidade financeira para a sua gestão.

Francisco Pinto in JN, 2008-01-03
Visto em: Diário de Trás-os-Montes

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Pelourinho de Mogadouro


O pelourinho de Mogadouro é um marco jurisdicional quinhentista, de base quadrangular, muito rústica, assente sobre um soco também quadrangular de três degraus. O fuste é oitavado e formado por quatro blocos desiguais. A meio tem sinais de ter possuído uma argola. O capitel é constituído por um disco achatado de onde irradia uma cruz grega. O remate é piramidal de formato cónico.
Acesso: Nas imediações do castelo de Mogadouro.
Protecção: Imóvel de Interesse Público, Dec. nº 23 122, DG 231 de 11 Outubro 1933, ZEP, DG 29 de 4 Fevereiro 1966.
Pelourinho assente em plinto quadrangular em degraus, sobre o qual se ergue um fuste oitavo com anel de ferro e uma argola pendente. O monumento ergue-se na rua que corre na base sul da estrutura Castelar, em frente à antiga casa dos Távoras.

Fonte: Bragancanet.pt e IPA
Fotografia: Aníbal Gonçalves