segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Viduedo

Quando optei por colocar esta fotografia na Internet, procurei alguma informação sobre Viduedo. Pouco mais consegui saber do que se trata de um lugar pertencente à freguesia do Azinhoso, no concelho de Mogadouro. Na manhã em que visitei Viduedo estava frio, muito frio. Fica prometido um regresso, para que esta pequena localidade conquiste também um lugar honrado no espaço virtual.

Região encena tradições pagãs para obter fortuna nas colheitas

Turismo cultural e mitológico
Região encena tradições pagãs para obter fortuna nas colheitas

Ao longo dos séculos, as figuras pagãs dos rituais de solstício de Inverno continuam a ser vividas com bastante intensidade no nordeste transmontano. Os concelhos de Vinhais, Bragança, Mogadouro, Macedo de Cavaleiros e Miranda do Douro são alguns dos locais mais procurados por pessoas que se deslocam de todos os locais, à descoberta destes ritos de iniciação e fertilidade, numa espécie de turismo cultural e mitológico.

Estes rituais e mistérios pagãos conseguiram mesmo, ao longo dos tempos, sobreviver às leis da Igreja que os chegou mesmo a proibir, mas a vontade popular era tanta que o paganismo conseguiu sobrevir às leis do cristianismo.

No fundo todos estes rituais são festividades agrárias essenciais para a manutenção das comunidades rurais dada a superstição das gentes do campo.

Na década de 50 e 60 do séculos passado, os Carochos, Belhas, Farandulos, Sécias e Moços, estiveram mesmo à beira da extinção, dada a falta de pessoas, devido à forte emigração que assolou a região.

A aldeia de Constantim, concelho de Miranda do Douro, é uma das localidades nordestinas onde este "Inverno Mágico" se vive com pureza e tradição. A festa das Morcelas ou da Mocidade, dedicada a São João Evangelista é um dos exemplos mais emblemáticos destes rituais que se prolongam até ao dia de Reis.

Ainda o sol não tinha nascido, numa manhã fria de Inverno como a de ontem, onde a forte geada cobria a paisagem, já se ouvia o primeiro foguete a anunciar a alvorada, sinal do início da festa.

Os actores principais, Carocho e Sécia, saem à rua, à procura de esmola para o jovem Santo, sempre acompanhados do toque de gaita-de-foles caixa e bombo. Os pauliteiros são outros dos intervenientes.

"A simbologia das figuras assenta na família tradicional, onde o pai e mãe são incarnados nas figuras do Charolo e da Sécia que procuram esmola para a subsistência familiar já que se aproxima um Inverno rigoroso. O Charolo anda de casa em casa com uma espécie de pinça gigante nas mãos à procura de peças de fumeiro quando as coisas não lhe correm de feição lá vai uma das suas investidas no intuito de amedrontar os menos atentos. As pessoas que colaboram e os pauliteiros retribuem com uma dança em sinal de agradecimento pela esmola", explicou Aureliano Ribeiro, um dos zeladores da tradição. Este ritual repete-se por toda aldeia.

As peças de fumeiros e outros produtos agrícolas recolhidos, são depois ingredientes para uma ceia comunitária que se serve hoje à noite e para a qual ao longo da ronda foram sendo convidados os comensais.

A tradição começa em Bruçó, Mogadouro, logo pela manhã do dia de Natal. Dois casais saem à rua. Por um lado o Soldado e a Sécia, por outro, um par de Velhos, todos eles mascarados e vestidos a preceito.

Seja qual for a origem, é de manhã cedo que as pessoas que vão incarnar as figuras do ritual se reúnem em casa da mordoma-mor para assumir os respectivos papéis que desempenharam ao longo de toda a manhã num verdadeiro corrupio desgastaste, já que para vestir os trajes são escolhidos os rapazes mais atléticos de cada geração.

Já na rua as personagens ganham vida própria e os actores começam a função, a Sécia, sempre protegida pelo Soldado é uma mulher "mundana e de vida fácil" e que leva ao colo uma boneca que simula um bebé.

Ao longo de todo o jogo vai sendo assediada pelos rapazes com mais coragem, já que o valente Soldado para proteger a sua dama atira umas valentes "cinturadas" com um cinturão de cabedal grosso no corpo de quem provoca a sua amada.

Francisco Pinto in JN, 2007-12-30
Visto em: Diário de Trás-os-Montes

Preço da azeitona aumentou registando-se uma razoável redução da produção


Campanha Olivícola 2007/08
Preço da azeitona aumentou registando-se uma razoável redução da produção

A Campanha Olivícola encontra-se em plena produção e a colheita decorre com normalidade, registando-se apenas uma razoável redução da produção, na ordem dos 30% em relação ao ano anterior, tal como tem vindo a ser afirmado nas últimas semanas.

Estima-se que a produção regional ultrapassou já os 16.169.468 Kg de azeitona laborada o que corresponde a mais de 2.601.776 litros de azeite produzido o que corresponde a um rendimento médio de 16,09%.
Os dados que fornecemos referem-se a informações obtidas junto dos transformadores/lagares da região, de análises independentes e resultam de médias apuradas com base em diversas unidades de transformação, não representando nenhuma unidade em específico.

Vimioso - Rendimento 17% (litro) - Acidez <0,7;>16% (e m litro) - Qualidade Virgem Extra;
Vilariça - Rendimento 16% (litro) - Acidez um pouco elevada;
Valpaços - Rendimento 16% (litro) - Qualidade Virgem Extra;
Sabrosa - Rendimento 17% (litro) - Acidez <0,7;
Murça - Rendimento 16% (litro) - Qualidade Virgem Extra;
Macedo de Cavaleiros - Rendimento 17% (litro) - Qualidade Virgem Extra;
Vila Nova de Foz Coa - Rendimento 15% (litro) - Qualidade Virgem Extra;
Mogadouro - Rendimento 15% (litro) - Acidez <0,4;

O rendimento médio e os valores de produção situam-se em valores inferiores aos obtidos em anos anteriores e a qualidade do azeite vai ter tendência a diminuir com o decorrer da campanha.

Existem zonas como Moranda do Douro onde a campanha já terminou e outras zonas como Vila Real onde a campanha apenas se iniciou neste últimos dias.

A AOTAD continua a prestar apoio à implementação do HACCP em mais de 70 lagares da região, contribuindo de forma clara para a garantia da qualidade e segurança alimentar nas unidades transformadoras.

Este ano foram realizados investimentos em aplicações informáticas para apoiar as tarefas de implementação mas também de rastreabilidade.

Tem sido ainda facilitado aos aderentes o acesso a empresas prestadoras de serviço que garantem a realização das diversas tarefas de auto-controlo ambiental.

No Domingo, dia 30 em Valdigem (Régua) será realizada uma acção de formação para lagares aderentes, no dia 6 de Janeiro será realizada em S. João da Pesqueira e na semana seguinte em Mirandela.

Estas acções de formação destinam-se a garantir a qualificação contínua em segurança alimentar de operadores e proprietários de lagares.

Durante o mês de Janeiro será realizada mais uma sessão de treino do Painel de Provadores de Azeite de Trás-os-Montes que está actualmente em constituição e formação, sendo esta sessão dedicada à avaliação da qualidade organoléptica dos azeites da presente campanha.

O preço da azeitona aumentou ligeiramente para os 45 cêntimos em média por quilo, enquanto que a prestação de serviços de transformação aumentou também ligeiramente para 17 a 18 cêntimos por quilo de azeitona, tendo em conta alguma dificuldade de resposta de algumas unidades.

Reafirma-se que o azeite regional está a ser negociado abaixo do seu real valor, essencialmente comercializado a granel sem considerar a sua qualidade e a escassez de produção.

2007-12-30
Visto em: Diário de Trás-os-Montes

domingo, 30 de dezembro de 2007

Igreja de Santa Maria de Azinhoso


Igreja românica composta por nave e capela-mor. Esta estrutura arquitectónica está classificada como Imóvel de Interesse Público. Os elementos que merecem maior destaque são a sua fachada frontal com um portal constituído por arquivoltas ligeiramente quebradas, e as portas laterais orientadas no sentido norte e sul. Os elementos decorativos adquirem maior riqueza na porta sul, composta por um conjunto de três arquivoltas ornadas por uma plástica marcadamente românica. De salientar a cachorrada da nave do edifício, onde desfila um conjunto de representações com grande variedade temática. Junto à igreja ainda se detectam alguns elementos que integravam as ruínas da alegada residência do arcebispo de Braga. Em articulação com este templo estão algumas sepulturas rupestres, actualmente soterradas, mas que integram uma necrópole detectada aquando de obras e terraplanagens efectuadas no largo confinante com o canto noroeste do templo (Lemos: 1993: IIa, p. 273, nº 351).
Fonte: IPA

sábado, 29 de dezembro de 2007

Produção de azeite diminui

Campanha Olivícola com menos azeitona, mas a qualidade do azeite mantém-se

Este ano, a produção de azeite em Trás-os-Montes regista uma diminuição significativa, mas mantém a qualidade que lhe é característica.

Segundo a Associação dos Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro (AOTAD), o ataque de algumas pragas e a fraca adesão dos agricultores à antecipação da campanha estiveram na origem da quebra.
A Cooperativa de Olivicultores de Valpaços e alguns lagares da região ainda ofereceram prémios de produção para quem apanhasse o fruto mais cedo, mas a maioria dos homens da lavoura optou por começar a campanha mais tarde e há muita azeitona que já se encontra no chão.
A par da diminuição da produção, o preço também sofreu um decréscimo, dado que, este ano, o quilo da azeitona é pago a 0,40 euros, um valor que terá influência na comercialização do azeite regional.
No início da campanha, a AOTAD avança que o rendimento da azeitona oscila entre os 14 e os 19 por cento, enquanto a acidez média varia entre os 0,3 e os 0,5 por cento.
O processo de transformação do fruto é, igualmente, uma preocupação da associação, que tem levado a cabo acções de sensibilização para realçar a importância da adopção de procedimentos de segurança alimentar, nomeadamente da implementação do HACCP.

Agricultores sensibilizados para deixarem de usar sacos reutilizáveis na apanha da azeitona

No passado dia 27 de Novembro, a AOTAD reuniu mais de 100 lagareiros na Cooperativa dos Olivicultores de Valpaços, onde representantes da Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN) elucidaram os industriais sobre as práticas legais.
Para melhorar o processo de transformação, 129 unidades modernizaram o espaço e a maquinaria, para conseguirem o licenciamento. Além disso, a AOTAD está a implementar o HACCP em 66 lagares, através de apoio técnico e formação.
Os olivicultores, contudo, também podem contribuir para a melhoria da qualidade do azeite, deixando de utilizar sacos na recolha da azeitona e passando a utilizar embalagens adequadas ao armazenamento de produtos alimentares.

AOTAD analisa reforma rural

O Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) prevê algumas alterações para o sector do azeite, nomeadamente ao nível ambiental.
O documento prevê o financiamento do transporte e armazenagem de afluentes, o que leva a AOTAD a supor que o tratamento será realizado pelas Águas de Trás-os-Montes ou, eventualmente, pelas Águas do Norte.
Perante esta situação, a associação alerta para o facto de concelhos como Valpaços, Murça, Alijó, Carrazeda de Ansiães ou Freixo de Espada à Cinta ficarem excluídos deste apoio, uma vez que não são consideradas zonas prioritárias na Estratégia Nacional para os Afluentes Agro-Pecuários e Agro-Industriais.
No que toca ao apoio a projectos estratégicos de valorização da fileira do azeite, a AOTAD garante que está a fazer uma avaliação criteriosa do PDR para defender o financiamento deste sector agrícola.

Teresa Batista, Jornal Nordeste, 2007-12-28

Visto em: Diário de Trás-os-Montes

É manhã, no Planalto


Quando os primeiros raios de sol tocam as gotas de orvalho ou os cristais da geada, milhares de reflexos espalham uma luz mágica. Ao longe, na linha do horizonte, está Mogadouro.

Mogadouro - Arrancou a recuperação do castelo medieval da vila


Arrancaram as obras de recuperação do castelo medieval da vila de Mogadouro. A iniciativa cabe ao Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico/Direcção Regional de Cultura do Norte (IGESPAR/DRCN) e visa a consolidação das estruturas defensivas e inclui a reabilitação da torre de menagem, criação de infra-estruturas eléctricas (iluminação do monumento), regularização de traçados e uniformização do coberto vegetal.

Numa fase da empreitada proceder-se-á a um arranjo dos espaços exteriores, acompanhada por escavações arqueológicas. Ao que foi possível apurar junto do IGESPAR/DRCN, o que resta do pano de muralhas da antiga fortaleza está em fase de estudo para uma regularização de cotas que permitirá clarificar a sua leitura. Na torre de menagem, as obras passam pelo tratamento da cobertura, panos exteriores de paredes, e uma intervenção ao nível das escadarias, janelas e caixilhos em madeira.

Este projecto de recuperação contempla ainda a instalação de sinalética que permita uma leitura facilitada dos diversos espaços e das suas relações. Esta intervenção pretende contribuir para a uma melhoria das condições de fruição do castelo e zona envolvente, quer enquanto espaço de bem-estar, quer como repositório de memórias. O valor previsto das obras rondará os 150 mil euros.

A zona histórica da vila de Mogadouro "é uma prioridade", com esta beneficiação pode traduzir-se na reconstrução da memória colectiva de um povo, explorando um pouco da história do país desde os alvores da nacionalidade.

O castelo templário de Penas Roías, situado na aldeia com o mesmo nome, vai igualmente sofrer uma intervenção que vai permitir a construção de acessos à velha fortaleza, para assim permitir a passagem dos turistas e estudiosos que visitam o monumento.

Francisco Pinto in JN, 2007-12-28
Visto em: Diário de Trás-os-montes
Fotografias: Aníbal Gonçalves

Património arqueológico ameaçado

Caçadores de tesouros andam a destruir o património arqueológico de Trás-os-Montes, denuncia o responsável pelo Instituto do Património Arquitectónico e Arqueológico da região.
Luís Pereira admite que os “Indiana Jones” à portuguesa invadem ilegalmente locais de importância histórica.
“Fazem-se acompanhar de um detector de metais e onde o aparelho dá sinal eles abrem um buraco, o que é uma acção altamente destrutiva para um sítio arqueológico”, acusa o responsável.

Visto em: Rádio Renascença

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Alojamentos turísticos em Bemposta

Peredo de Bemposta - Mogadouro

Dois antigos edifícios públicos situados na freguesia de Peredo de Bemposta, Mogadouro, estão a sofrer uma intervenção de fundo que os vai transformar em alojamentos turísticos de qualidade, dentro de um ano.

O edifício da antiga Escola Primária e do antigo quartel da Guarda Fiscal estão a ser aproveitados para a construção três apartamentos do tipo T2. O investimento ronda os 160 mil euros, sendo co-financiados por fundos europeus.

O projecto contempla, ainda, a construção de uma piscina ao ar livre, existindo já, no local, um polidesportivo sintético com medidas para a prática de várias modalidades desportivas, além de um amplo espaço de jardinagem.

"Peredo de Bemposta é uma localidade muito procurada por pessoas que se dedicam à caça e pesca e está inserida em pleno Parque Natural do Douro Internacional, um destino turismo de excelência no concelho de Mogadouro,"explicou o autarca.

A aldeia está separada do rio Douro por cerca de quatro quilómetros, estando já dotada de cais de embarque que permite a atracagem de embarcações de recreio.

" Há já dois empresários oriundos das localidades espanholas vizinhas de Peredo de Bemposta interessados em criar no local uma empresa de dinamização turística com colocação de uma embarcação de transporte de turistas," afiançou António Pimentel.

Francisco Pinto in JN, 2007-12-20

Visto em: Diário de Trás-os-montes

Caçadores de tesouros invadem a região

Caçadores de tesouros andam a destruir património arqueológico da região. Indivíduos munidos de um detectores de metais e pás andam a fazer escavações em sítios arqueológicos de grande relevância, como é o caso da gruta de Dine, no concelho de Vinhais. A denúncia é feita por Luis Pereira, do IGESPAR – Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico. Este responsável adianta que os “Indiana Jones” à portuguesa andam à procura de moedas e outros metais.

Luis Pereira adianta que por norma este tipo de crime é cometido pela calada da noite, por três ou quatro indivíduos, com idades compreendidas entre os 30 e os 40 anos. Foi esse o relato que lhe chegou no caso da gruta de Dine. Este tipo de actividade é considerada crime e é punida com pena de prisão. As escavações ilegais têm ocorrido nos últimos anos e têm vindo a intensificar-se. Por norma, estes locais estão em zonas isoladas, o que torna mais difícil a deteção dos caçadores de tesouros.

Visto em: RBA

IPB quer UTAD em Miranda do Douro

O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) quer que a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) se mantenha no Pólo de Miranda, numa parceria entre as duas instituições de ensino superior para ministrarem Cursos de Esppecialização Tecnológica. O presidente do IPB diz que esse seria o cenário ideal para a dinamização daquela estrutura.

Este ano a UTAD já não abriu vagas para os cursos em Miranda. Perante a posssibilidade de extinção do Pólo, a autarquia local contactou o Instituto Politécnico de Bragança no sentido de serem realizados cursos de Especialização Tecnológica. Sobrinho Teixeira aceita o convite, mas adianta que também contactou o Reitor da UTAD para que participem nesse processo. O presidente do IPB está à espera de uma resposta. Sobrinho Teixeira mostra mesmo vontade de alargar este tipo de cursos de Especialização Tecnológica a mais locais da região. Nesta altura estão a ser ministrados 13, um deles em Torre de Moncorvo. O presidente do Politécnico de Bragança adianta no entanto que, apesar de terem vontade de chegar a mais sedes de concelho, não têm condições infa-estruturais e meios humanos para o fazer.

Visto em: RBA

Restaurantes servem borracho

Falta um empresário que aposte na produção de pombos, para depois comercializa-los para a restauração. É a peça em falta no projecto de Valorização e Recuperação dos Pombais da Terra Fria, uma iniciativa da CORANE. A Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina tem vindo a dinamizar este programa nos últimos anos e culmina agora com a organização das 3ªs Jornadas Gastronóminas do Borracho.

Com o projecto foram recuperados e repovoados cerca de 60 pombais da Terra Fria e lançadas diversas iniciativas ligadas ao sector. Esta quarta-feira e durante uma semana, decorrem em duas dezenas de restaurantes da área de influência da CORANE, as 3ªs Jornadas Gastronómicas do Borracho. Estão a ser confeccionados pratos, que se acredita possam ser capazes de atrair turístas à região. Com o projecto, a criação de pombos foi incrementada, mas para que o circuito fique completo ainda falta o intermediário que forneça a restauração. Há até incentivos financeiros nesse sentido.


Visto em: RBA

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

João Henriques eleito Provedor em Mogadouro

João Henriques é o novo Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro. No acto eleitoral mais concorrido de sempre, curiosamente, ele que é vereador na câmara, ganhou a António Pimentel, também vereador do município. Havia uma terceira lista a sufrágio, mas foi retirada por conter algumas irregularidades.

Depois de eleito, João Henriques prometeu que a dinamização de Creche e da Unidade de Unidados Continuados são os projectos imediatos para a nova provedoria.

Visto em: RBA

Brunhoso

Muito próximo do nascer do sol, a caminho do Rio Sabor, na freguesia de Brunhoso, a visão era magnífica. Fotografia tirada no dia 21 de Dezmbro de 2007.

Droga: Falta de pessoal afecta aplicação da lei em seis distritos

Por falta de pessoal, seis distritos não estão a aplicar a lei de consumo de pequenas quantidades de droga. Segundo o jornal Público falta pessoal nas comissões de dissuasão da toxicodependência, nos distritos de Lisboa, Bragança, Guarda, Viseu, Coimbra e Faro.

As comissões de dissuasão da toxicodependência foram criadas no âmbito da lei aprovada em 2001 que descriminalizou a posse, compra e consumo de droga em pequenas quantidades.

No âmbito da nova lei, estas comissões teriam poder para aplicar coimas ou enviar para tratamento adequado quem fosse apanhado a fumar um charro ou a inalar cocaína em pequenas quantidades, uma decisão que teria de ser tomada pelo menos, por dois dos três técnicos que constituem as comissões.

De acordo com o jornal Público, o problema reside no facto de, em seis distritos - Lisboa, Bragança, Guarda, Viseu, Coimbra e Faro -, as comissões estarem com falta de pessoal e não terem quórum para decidir.

Na prática, os tribunais estão a enviar processo para estas comissões que, pela falta de quórum, não podem aplicar qualquer coima ou decidir qualquer tratamento, ou seja, nada acontece ao infractor.

O presidente do Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT) reconhece que é preciso mudar a lei para tornar mais eficaz o funcionamento destas comissões. João Goulão considera que a rede de comissões - 18 em todo o país - é onerosa e pesada e precisa de ser agilizada.

O presidente do IDT garante que nos primeiros dias de Janeiro será apresentada uma proposta para que cada comissão passe a ter apenas um decisor em vez de três, excepto nos distritos em que o elevado número de processos exija mais técnicos, uma alteração que deverá permitir que a lei vigore em pleno.

( 11:17 / 26 de Dezembro 07 )
Visto em: TSF Online

Estrada mata no Natal

Um morto e dois feridos, um em estado grave, é o resultando de um violento despiste que ocorreu, ontem, cerca das oito horas na Estrada Municipal que liga o cruzamento das Cruz das Antas à localidade de Águas Vivas, concelho de Miranda do Douro. Na viatura ligeira circulavam três jovens com idades compreendidas entre os 18 e 23 anos idade todos residentes na aldeia vizinha de Duas Igrejas. A vítima mortal é um jovem com 21 anos que acabou por não resistir aos ferimentos.

Uma das vítimas, um jovem com 23 anos, os feridos foram transportados para o SAP do Centro de Saúde de Miranda do Douro, tendo um seguido por via área num helicóptero do INEM para o Centro Hospitalar de Vila Real, outro por via terrestre para o Centro Hospitalar do Nordeste. O alerta foi dado por um dos ocupantes do veículo que acabou por pedir socorro a populares. Segundo José Campos, comandante dos Bombeiros Voluntários de Sendim, o despiste foi muito violento tendo a viatura embatido num portal acabando o por derrubar os pilares de cimento e um poste telefónico.No local estiveram nove homens do corpo de Bombeiros de Sendim apoiados por quatro viaturas. A BT da GNR está a investigar as causas deste grave acidente, que deixou consternadas as aldeias vizinhas da localidade mirandesa de Duas Igrejas.

Visto em: RBA

Bolo-Rei de castanha

Criação de uma confeitaria de Bragança aposta num produto transmontano
Uma confeitaria de Bragança adaptou o tradicional Bolo-Rei, de frutas secas e cristalizadas, a diferentes versões. Folhado, chila, chocolate… mas a mais recente criação aposta num produto transmontano… o bolo-rei de castanha

A base da massa é igual à do bolo-rei tradicional, a inovação está em adicionar castanha em vez de fruta seca ou cristalizada.

A castanha é semi-cozida para, depois de envolvida na massa, não se desfazer por completo. A massa é ainda recheada com compota de castanha.

«Sendo a castanha um produto da nossa terra, este bolo-rei passa a ser também transmontano», afirma Rui Costa, pasteleiro responsável pela criação.

A completar a decoração, pincela-se com calda de açúcar para dar brilho e enfeita-se com castanhas caramelizadas ou márron glacé.

A esta mais recente criação da Confeitaria Grão a Grão de Bragança, juntam-se outras versões de bolo-rei criadas em anos anteriores… Folhado, de chila e até de chocolate. Qualquer um deles vendido a 10 euros o quilo.

João Faiões
Jornalista

Visto em: SIC

Passagem de Ano à moda antiga

Constantim (Miranda do Douro)
Passagem de Ano à moda antiga
O "Dia dos Cepos" e a "Festa dos Moços", celebrados na aldeia de Constantim, no concelho de Miranda do Douro, são as sugestões da Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino (AEPGA) para a Passagem de Ano.

De 27 de Dezembro a 1 de Janeiro, quem quiser visitar o Nordeste Transmontano pode desfrutar de um final de ano recheado de tradições e admirar a beleza das paisagens desta região.

No primeiro dia, a AEPGA sugere o "Dia dos Cepos", em Constantim. As festividades têm início com o atear de uma grande fogueira pelos rapazes da aldeia, que prometem muita animação.

No dia seguinte, realiza-se a "Festa dos Moços". Logo pela manhã, o "Carocho e a Velha", acompanhados pelo grupo de pauliteiros e de tocadores de flauta pastoril, tamboril, gaita-de-foles, caixa e bombo, desfilam pelas ruas da povoação. O cortejo pára em todas as casas, onde os pauliteiros dançam um "lhaço" e o carocho faz inúmeras tropelias, espantando quem passa.

Para os dias 30 e 31 está marcado um passeio pelo Vale do rio Sabor, entre Vimioso e Mogadouro, a visita ao Centro de Recria e Acolhimento do Burro de Miranda, "o Palheirico", na aldeia de Atenor (Miranda do Douro), e um passeio de burro pelos caminhos rurais da aldeia, de onde se avistam inúmeros pombais tradicionais.

O primeiro dia de 2008 será comemorado com um almoço campestre no miradouro de S. João das Arribas.

Durante o próximo ano, a AEPGA vai desenvolver diversas actividades alusivas aos cogumelos, à educação e maneio da raça asinina e ao Carnaval tradicional de Trás-os-Montes.

Além disso, um dos sócios mais jovens também colocou a associação no HI5, para divulgar e dar a conhecer estes animais junto da população mais nova.

Teresa Batista/Jornal Nordeste Sexta-feira, 21 de Dez de 2007
Visto em: Jornal Expresso

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Sons históricos imortalizados em CD


A língua mirandesa predomina nas melodias que saem da gaita-de-foles

O «Tio Joaquim» é apenas um dos gaiteiros que dá corpo à compilação «bi benir l Gaita», um CD que imortaliza os sons tipicamente rurais que vão caindo no esquecimento por terras de Miranda e Vimioso.

A beleza do instrumento perdura no tempo, mas os rostos de quem transborda alegria quando entoa as músicas tradicionais estão, cada vez mais, vincados pelos sinais do tempo que vai passando ano após ano.
Esta compilação musical, concebida após horas a fio de trabalho de investigação, recolha e edição, guarda sons que foram entoados há mais de três décadas, em momentos e contextos distintos.

A antiguidade de alguns fonogramas levam Jorge Lira, o mentor deste trabalho, a ter algumas dúvidas quanto à autoria e época das gravações, mas a investigação aponta para que os sons mais antigos tenham sido recolhidos em Duas Igrejas (Miranda do Douro), entre 1960 e 1970.

Entre as faixas do CD encontram-se melodias mais antigas, como as do Tio Monteiro, em Cércio, do Tio Pascoal, de Agostinho Baldaia e José João Almeida. Já as gravações feitas ao «Ti Joaquim», no Natal de 1988, em S. Joanico (Vimioso), são registos únicos deste «Homem Gaiteiro».

A edição foi feita com todo o cuidado, para que fosse possível retirar os ruídos de fundo sem distorcer, adulterar ou modificar a realidade e a autenticidade das gravações.
Para que estes sons se mantenham na memória, o CD foi deliberadamente produzido para ser distribuído pela Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino (AEPGA).

Teresa Batista, Jornal Nordeste, 2007-12-17
Visto em: Diário de Trás-os-Montes

Neve leva ao corte de estradas


A neve que começou a cair ao início da manhã de ontem levou ao corte de algumas estradas em Trás-os-Montes. O IP4, entre Vila real e o Alto de Espinho, e a A24, entre Vila real e Vila Pouca de Aguiar foram duas das vias encerradas cerca das 17h00.

O Itinerário Principal 4 (IP4), entre Vila Real e o Alto de Espinho, e a auto-estrada 24 (A24), entre Vila Real e Vila Pouca de Aguiar, estavam ontem cortados ao trânsito devido à queda de neve, disse fonte da Brigada de Trânsito.
A fonte referiu que a situação nestas estradas se complicou a partir das 17h00 devido à queda de neve com bastante intensidade e à visibilidade reduzida por causa do nevoeiro.
Como estrada alternativa ao IP4 a BT aconselha a Estrada Nacional (EN) 101, por Mesão Frio até Amarante, e à A24 a EN2. A direcção de estradas referiu que um camião começou na segunda-feira à noite a espalhar sal no IP4 como medida de precaução. No Verão passado foi colocado um depósito de cerca de 50 toneladas de sal na zona de descanso de Arrabães para mais rapidamente poder ser espalhado naquela via rápida que liga os distritos do Porto, Vila Real e Bragança. A circulação na EN 103, entre Montalegre e Chaves, também se fazia com alguma dificuldade. Agentes da BT e elementos do Comando Distrital de Operações de Socorro e das Estradas de Portugal encontram-se espalhados pelas estradas do distrito para apoiar os automobilistas.

Bragança coberta por um manto de neve
A cidade de Bragança estava ontem coberta por um manto branco de neve, que surpreendeu os habitantes locais nas primeiras horas da manhã. Segundo a Lusa pôde observar localmente, nos talhados, nos automóveis e em algumas ruas já se acumulava por volta das 11h00 uma leve camada de neve. Este cenário é tradicional nos últimos dias do ano ou nos primeiros dias de Janeiro nesta região.
De acordo com informações do Centro Distrital de Operações e Socorro, a temperatura na cidade era, às 11h00, de um grau negativo. Os termómetros desceram aos seis graus negativos durante a noite. As baixas temperaturas continuam ainda longe
dos recordes históricos de doze graus registados há 60 anos na cidade, de acordo com dados oficiais.
A neve é encarada pelas populações e pelas entidades locais como um cenário ainda mais benéfico do que a chuva para a seca que está a provocar problemas nas reservas de água de Bragança.
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Acidentes
Automobilistas retidos
Dezenas de automobilistas estavam ontem retidos em estradas do distrito de Vila Real, como o IP4 e as auto-estradas A7 e A24, que desde o final da tarde se encontravam intransitáveis devido à queda de neve. Almor Salvador, do Comando Distrital de Operações de Socorro de Vila Real, esperava que a chuva substituisse a queda de neve, de forma a melhorar as condições de circulação. O responsável referiu que foram registados alguns acidentes nestas vias, mas sem consequências graves.

Visto em: O Primeiro de Janeiro

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

PSD promete medidas para o interior


No fim do primeiro trimestre de 2008, a direcção do PSD compromete-se a apresentar um Programa para o Desenvolvimento do Interior do País. Uma das medidas aprovadas no Conselho Nacional do partido, que este fim-de-semana se realizou em Bragança. Ribau Esteves, secretário-geral do PSD diz que o documento vai ser elaborado com a ajuda de diversos agentes e vai ter medidas-choque ao nível da fiscalidade e reestruturação de financiamentos do QREN.

O PSD diz que as medidas que vão propor não são meros paliativos como os que o actual governo aplica à região. O plano vai ser usado como documento reivindicativo enquanto o PSD estiver na oposoição e no programa governamental, se Luis Filipe Meneses chegar a ser primeiro-ministro.

Visto em: RBA

Noite fria em Bragança com sete graus negativos

A cidade de Bragança chegou esta madrugada aos sete graus negativos, a temperatura mais baixa em toda a rede do Instituto de Meteorologia. Já esta manhã foi abandonada a situação de alerta amarelo devido ao frio existente em dez distritos.

Segundo o Instituto de Meteorologia, Portugal continental tem vindo a ser afectado por uma massa de ar seco e frio que origina a ocorrência de temperaturas mínimas do ar inferiores aos valores médios para o mês de Dezembro, em especial nas regiões do litoral.

Estas condições meteorológicas deverão manter-se apenas para o dia de hoje, prevendo-se que a partir de amanhã o Continente fique sob a influência de uma depressão centrada entre os Açores e a Península Ibérica, com ocorrência de precipitação e subida gradual da temperatura.

Devido a esta vaga de frio o Instituto de Meteorologia colocou ontem em alerta amarelo dez distritos, sendo que algumas zonas atingiram esta madrugada temperaturas mínimas entre um a sete graus negativos.

Já esta manhã o Instituto de Meteorologia retirou a situação de alerta amarelo para estes dez distritos deixando apenas em alerta laranja a região do Algarve devido a agitação marítima.

Lisboa e Porto vão atingir no dia de hoje a temperatura máxima de 12 graus.

O Instituto de Meteorologia colocou igualmente em alerta amarelo o arquipélago dos Açores, mas neste caso devido a ventos fortes, agitação marítima e trovoadas.

Para a Madeira, as previsões apontam para céu com períodos de muito nublado, com as temperaturas a variar entre os 17 e os 21 graus.
2007-12-17 08:28:16
Visto em: RTP

domingo, 16 de dezembro de 2007

Ventos de Espanha põem Portugal a tremer de frio

Frio de bater o dente está a atingir Portugal de Norte a Sul, estando prevista para hoje uma nova descida nos termómetros, com o Interior a registar temperaturas negativas durante a madrugada. O Instituto de Meteorologia colocou ontem em alerta amarelo 12 dos 18 distritos continentais. Bragança é a cidade mais fria, com mínimas a descerem aos 7,5 negativos. Valores de zero ou menos graus estão ainda previstos em Braga, Castelo Branco, Évora, Guarda, Viana do Castelo e Vila Real. Em Lisboa os termómetros irão descer até aos cinco graus e no Porto aos quatro. Faro será a capital de distrito menos fria, com uma mínima de sete graus.

A descida da temperatura para valores abaixo da média nesta época do ano resulta de uma massa de ar frio estacionada no centro da Península Ibérica e que é arrastada até ao litoral português por ventos provenientes de Leste.

Apesar do frio, o sol brilha em todo o Continente. Esta é, contudo, uma situação que deverá sofrer alterações no final da tarde de terça-feira, prevendo-se chuva para o Centro e Sul do País. Na quarta-feira a precipitação estender-se-á ao Norte, havendo alguma probabilidade de queda de neve nas terras altas. É provável que a chegada da chuva leve a uma subida das temperaturas mínimas.

No que toca a temperaturas máximas, a meio da tarde de hoje devem ser observados 15 graus em Faro, 13 no Porto e 12 em Lisboa.

A presença de uma massa de ar frio e seco agrava a seca existente, com maior gravidade no Nordeste Transmontano.

Diferentes são as previsões para os arquipélagos da Madeira e dos Açores, com números bem mais agradáveis. Apesar de o céu estar nublado, na Madeira espera-se uma variação entre os 16 e os 22 graus e nos Açores as temperaturas deverão oscilar entre 13 e 18 graus.

A Autoridade Nacional de Protecção Civil recomenda a população a tomar as medidas preventivas para minimizar situações que possam colocar em risco a sua saúde. No vestuário é recomendado o uso de várias camadas de roupa em vez de uma única peça de tecido grosso. Evite as roupas muito justas ou as que façam transpirar. “Cuidado com as lareiras, braseiras e aquecedores a gás devido ao risco de acidentes domésticos”, é outra das recomendações da Protecção Civil.

Visto em: Correio da Manhã

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Novas regiões de turismo dividem - 5 regiões já aprovadas. E agora?

A redução das actuais 19 regiões de turismo para apenas cinco foi, ontem, aprovada pelo Conselho de Ministros, sob críticas do sector. Miguel Sousinha, presidente da Associação Nacional das Regiões de Turismo e responsável pela de Leiria/Fátima, fala de «um desastre».

No outro extremo, Francisco Sampaio, presidente da Região de Turismo do Alto Minho, disse, ao JN, que a criação de um só organismo para o Norte irá "favorecer" a região no seu todo .

As estruturas agora aprovadas, que coincidem com as regiões administrativas, são as do Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve, havendo ainda uma aposta prioritária nas zonas do Alqueva, Litoral Alentejano, Região Oeste e Douro. O novo figurino foi apresentado como "um esforço de racionalização". E uma das inovações avançadas pelo secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, é a de que as cinco regiões vão poder recorrer ao autofinanciamento "através de acordos com a iniciativa privada".

Bernardo Trindade sublinhou, ainda, que a medida permite criar instituições credíveis, com massa crítica para serem parceiros na concretização da política nacional para o sector. E "todo o território fica abrangido, o que não acontecia até aqui".

Outra opinião tem Miguel Sousinha. "Estranho o que está no comunicado do Conselho de Ministros" porque vem "basear o turismo na ligação às NUT (Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos)", disse à Lusa. O dirigente mostrou-se desiludido com a decisão do Governo, já que muitas regiões de turismo estavam a negociar fusões para responder à necessidade de escala para o sector imposta pelo Executivo. "Isto será uma redução sem estratégia turística e sem ligação às marcas territoriais", considerou o dirigente, que criticou as funções previstas para as novas entidades . A concretizar-se o que foi proposto, será o "desastre das regiões turísticas porque passarão a ser órgãos sem qualquer competência e sem capacidade funcional", concluiu.

Pronunciando-se apenas sobre o Norte, Francisco Sampaio elogiou a alteração. Todas juntas, as regiões nortenhas "têm mais força". E é possível "conciliar interesses", destacou, elogiando, particularmente, a capacidade de autofinanciamento. "Podemos dar as mãos e voltar a ter uma região Norte pujante", defendeu, notando que o Porto deve ser "a grande placa giratória" que levará o turismo aos outros destinos.

JN, 2007-12-13
Visto em: Diário de Trás-os-Montes

Alerta para tempo frio em Portugal continental

Portugal continental está hoje sob aviso Amarelo devido à previsão de tempo frio. O Instituto de Meteorologia anunciou que este aviso se deve manter até domingo com as temperaturas a chegarem aos seis graus negativos.

O aviso Amarelo é o segundo de uma escala que vai até quatro e o Instituto de Meteorologoa colocou no dia de hoje sob alerta os distritos de Braga, Vila Real, Bragança, Aveiro, Santarém, Leiria, Castelo Branco, Lisboa, Setúbal, Évora e Beja.

Para Bragança estão previstas as temperaturas mais baixas com os termómetros a chegarem aos seis graus negativos.

Já no Algarve, o distrito de Faro também foi colocado em alerta Amarelo. Neste caso não será devido ao frio, mas sim à ondulação bastante forte que se fará sentir naquela costa.

De acordo com as previsões do Instituto de Meteorologia para Portugal continental as temperaturas deverão continuar a descer até à próxima segunda-feira, sendo que no domingo grande parte do continente estará com temperaturas mínimas negativas ou iguais a zero.

Face a esta situação será conveniente que a população tome algumas precauções e desta forma será de interesse a consulta da página na Internet da Autoridade Nacional de Protecção Civil que apresenta alguns conselhos relacionados com o tempo frio e a forma de prevenir qualquer incidente.

Entre outros, a Autoridade Nacional de Protecção Civil aconselha as pessoas a vestirem várias camadas de roupa, evitarem o consumo excessivo de electricidade, para não sobrecarregar a rede, e a terem cuidado com lareiras, braseiras e aquecedores de gás devido ao risco de acidentes domésticos.

Visto em: RTP
2007-12-14 08:28:42

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Dois distritos em alerta amarelo

Braga e Bragança esperam temperaturas mínimas de um grau positivo e três graus negativos.

O tempo frio fez com que o Instituto de Meteorologia (IM) colocasse, esta quarta-feira, dois distritos sob aviso amarelo, o segundo de uma escala que vai até quatro. Os distritos em causa são Braga e Bragança, para onde se esperam temperaturas mínimas de um grau positivo e três negativos, respectivamente. É a primeira vez este Outono que o IM utiliza o alerta amarelo por causa do frio.

O distrito de Faro está também sob aviso Amarelo, mas por causa da agitação marítima, com ondas que podem ir até aos dois metros.

O grupo ocidental dos Açores mantém o alerta de terça-feira, atendendo à possibilidade de chuva forte.

As autoridades aconselham as pessoas a vestirem várias camadas de roupa, evitarem o consumo excessivo de electricidade, para não sobrecarregar a rede, e a terem cuidado com lareiras, braseiras e aquecedores de gás, devido ao risco de acidentes domésticos.

Visto em: TVI

Braga e Bragança esperam temperaturas mínimas de 1 grau e 3 negativos


O tempo frio fez com que o Instituto de Meteorologia colocasse hoje, pela primeira vez este Outono, dois distritos sob aviso Amarelo, o segundo de uma escala que vai até quatro, escreve a agência Lusa.

Os distritos em causa são Braga e Bragança, para onde se esperam temperaturas mínimas de 1 grau positivo e 3 negativos.

O distrito de Faro está igualmente sob aviso Amarelo, mas devido à agitação marítima, com ondas que poderão ir até aos dois metros.

O grupo ocidental dos Açores mantém o alerta de terça-feira, atendendo à possibilidade de chuva forte.

Para hoje, o Instituto de Meteorologia aponta para céu limpo ou pouco nublado e um acentuado arrefecimento nocturno.

A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) apresenta na sua página na Internet alguns conselhos relacionados com o tempo frio, que agora começou a atingir Portugal continental.

Assim, a ANPC aconselha as pessoas a vestirem várias camadas de roupa, evitarem o consumo excessivo de electricidade, para não sobrecarregar a rede, e a terem cuidado com lareiras, braseiras e aquecedores de gás, devido ao risco de acidentes domésticos.
Visto em: Portugal Diário

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Vimioso/natalidade: Incentivo autárquico "fez nascer" 150 bebés nos últimos seis anos

Vimioso, Bragança, 11 Dez (Lusa) - O concelho de Vimioso ganhou, nos últimos seis anos, perto de 150 bebés, motivo de satisfação para a câmara que distribuiu, no mesmo período, um valor global próximo dos 75 mil euros pelas famílias dos novos cidadãos.

Os dados foram revelados hoje à Lusa pelo presidente da Câmara de Vimioso, José Rodrigues, o primeiro autarca em Portugal a criar um incentivo financeiro ao nascimento de crianças para combater o despovoamento que assola este e outros concelhos do interior.

O valor do incentivo é de 500 euros por cada bebé e, na próxima segunda-feira, a autarquia vai distribuir 15 mil euros por 30 bebés que nasceram em 2007, uma das melhores taxas de natalidade dos últimos anos neste concelho do Nordeste Transmontano.

De acordo com o autarca, a autarquia tem "premiado", em média, por ano, cerca de 25 bebés, num total de 150 que eleva para 75 mil euros o montante global do incentivo distribuído.

José Rodrigues admite que "não está em condições de avaliar qual o contributo do incentivo para esta taxa de natalidade", mas mostra-se "satisfeito" e acredita que o número de nascimentos significa que "poderá eventualmente estar a haver mais gente jovem no concelho".

Motivo de maior satisfação para o autarca é obter estes resultados num concelho com pouco mais de cinco mil habitantes e uma população envelhecida.

O autarca espera, em próximos anos, poder aumentar o valor pecuniário do incentivo e que para isso contribua a riqueza criada por novas empresas que estão a instalar-se na zona industrial da vila sede de concelho.

Há vários anos que o município disponibiliza terrenos, a um valor simbólico de um cêntimo, pelo que José Rodrigues garante estar agora a colher frutos desta sua persistência em atrair gente e investimento.

Segundo disse à Lusa, estão a instalar-se na zona industrial oito empresas e igual número já apresentou projectos com o mesmo fim.

O presidente da autarquia admite ainda poder vir a disponibilizar terrenos para construção de habitação a quem quiser fixar-se no concelho.

Esta ideia ainda não ganhou forma, mas tem já em curso outro incentivo com a disponibilização gratuita de terreno ao primeiro empresário que quiser construir uma unidade hoteleira com mais de 60 quartos.

Para José Rodrigues "é mais um acto simbólico" para preencher uma lacuna num concelho que está já servido em termos de oferta de refeições, mas sem capacidade de resposta para dormidas.

O autarca faz questão de sublinhar que tudo isto tem como contra "o esquecimento do poder central", nomeadamente no que se refere às dificuldades de ligação às principais vias rodoviárias da região.

O exemplo mais emblemático nesta matéria é, segundo frisou, o famoso rato de Cabrera, uma espécie protegida pela União Europeia, cuja preservação está alegadamente a levantar obstáculos à construção da estrada entre Outeiro e Vimioso, que vai encurtar distâncias, nomeadamente a Bragança.

Esta ligação é reclamada há vários anos.

O autarca chegou já a apresentar o caso ao presidente da República, durante uma deslocação de Cavaco Silva ao concelho, mas até hoje diz que nada mais soube.

"Nem do rato, nem da estrada", acrescentou.

HFI.

Lusa/fim
Visto em: Visão

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

do alto da Serra de Nogueira

Esta era a paisagem que se podia admirar quase do alto da Serra de Nogueira, a mais de 900 metros de altitude, num dia frio de Inverno.

I Fórum do Património do Douro - Valorizar património imaterial

O director do Museu Nacional de Etnologia defende, durante o I Fórum do Património do Douro, a valorização daqueles que dão a conhecer o património imaterial das diversas regiões. O responsável falou ainda sobre a importância de valorizar e preservar o património imaterial.

O director do Museu Nacional de Etnologia, Pais de Brito, defendeu a valorização daqueles que dão a conhecer o património imaterial das regiões, encontrando formas que vão além de colocar as suas informações num arquivo ou num museu.

Ao intervir sexta-feira, em Tabuaço, no I Fórum do Património Imaterial do Douro, Pais de Brito afirmou que este património não é “algo de absolutamente configurado, que preexista, expectante”, aguardando que o vão lá buscar. “Será um erro repetir hoje modos de recolha que passavam muito por este pressuposto, de o colector ser apenas o veículo que transportava para o caderno, o arquivo ou o museu coisas materiais ou imateriais que em qualquer lugar se encontravam”, considerou.

Segundo o investigador, “hoje a sua procura tem de transportar consigo um processo de partilha onde se redescobrem e se encontram novos sentidos para aquilo que se recolhe”.

Neste âmbito, defende a necessidade de a relação que, por exemplo, um etnógrafo estabelece com o seu informante ser “transposta para o acto do presente em que ela se processa, também enquanto criação social”, para que estes não fiquem “acorrentados” ao passado.

Em declarações à Agência Lusa, Pais de Brito afirmou que, actualmente, os etnógrafos podem “ir mais longe” do que os seus colegas dos séculos XIX e XX, valorando de forma dinâmica “os protagonistas do património imaterial”. Deu o exemplo de um homem de uma aldeia que sabe fazer instrumentos de música e é um grande tocador. “Ao recolher o seu saber, as indicações de construção ou as suas músicas, provavelmente pode ir-se mais longe e ele vir a ser um professor no Conservatório ou numa escola secundária e montar uma oficina onde ensine outras pessoas”, explicou.

Património oral

Também no património imaterial oral pode acontecer o mesmo, sem que se dê atenção “exclusivamente ao objecto oral em si, como a narrativa, o romance, o conto ou o provérbio que depois vai para um arquivo e pode ser consultado e estudado”, acrescentou. Lembrou que a designação de património imaterial é recente e que, mesmo os museus, não trabalhavam muito com esta dimensão.

“É agora a altura de pensar nas metodologias, até no modo de constituição dos arquivos, porque há meios tecnológicos mais sofisticados”, frisou, propondo, por exemplo, a gravação em vídeo da pessoa que transmitiu o saber oral e que “pode ser surpreendida e encantada com a sua voz já no museu ou no arquivo”.

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Novos desafios...... para velhas memórias

O I Fórum do Património Imaterial do Douro, dedicado ao tema “Novos desafios para velhas memórias”, decorreu no âmbito de um projecto-piloto, lançado este ano pelo Museu do Douro, que pretende fazer o levantamento, a salvaguarda e o estudo deste tipo de património da região. “A intenção do Museu do Douro é tratar o património imaterial como um repositório do saber popular, transmitido de geração em geração, que nos permitirá ir à origem dos mitos, das lendas”, justificou o seu director, Fernando Maia Pinto.

PJ, 2007-12-10
Visto em: Diário de Trás-os-Montes

domingo, 9 de dezembro de 2007

em Figueira


A primeira vez que fui a Figueira, bem próxima de Mogadouro foi em 2007. Como habitualmente não esqueci a máquina fotográfica e fiz alguns registos rápidos. Procurava uma forma de subir ao alto da Serra de Figueira. Enganei-me no caminho, tive que voltar a Zava.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Jovens socialistas defendem Trás-os-Montes e Alto Douro

Os jovens socialistas transmontanos defenderam hoje a criação da Região de Trás-os-Montes e Alto Douro como a melhor solução para promover o desenvolvimento e responder às especificidades dos distritos de Vila Real e Bragança

Numa iniciativa que dizem ser inédita a nível nacional, os militantes dos distritos de Vila Real e Bragança, juntaram-se num congresso que decorreu em Vila Real, para criar a Confederação Regional dos Jovens Socialistas Transmontanos.

Fernando Morgado, presidente da Federação Distrital da JS de Vila Real, salientou que o «grande objectivo» desta confederação, que vai agregar cerca de três mil militantes daqueles dois distritos, «é bater-se pela instituição da regionalização».

Os participantes no congresso aprovaram ainda uma moção «por unanimidade e aclamação» em defesa da criação da Região de Trás-os-Montes e Alto Douro.

«Entendemos que é esse o modelo que melhor vai de encontro às nossas expectativas de desenvolvimento e às especificidades que vivemos nestes distritos e que são diferentes daquelas que se podem constatar nos outros distritos da Nut II Norte», afirmou Fernando Morgado.

Bruno Veloso, presidente da JS de Bragança e o primeiro a assumir a liderança da nova confederação, referiu que os jovens militantes socialistas querem «reacender o debate sobre a regionalização» e, ao mesmo, preparar argumentos que melhor fundamentem o modelo de organização administrativa escolhido.

O actual Governo assumiu o compromisso de avançar com a criação das regiões na próxima legislatura.

Relativamente à realização de um novo referendo sobre a regionalização, Bruno Veloso apenas referiu que este é um imperativo constitucional.

As conclusões e os documentos produzidos no congresso que decorreu hoje, e que contou com cerca de uma centena de participantes, serão redigidas em português e em mirandês, as duas línguas oficias de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Para além da regionalização, a JS quer ainda debater questões relacionadas com o Douro, as relações transfronteiriças, a educação, emprego, saúde e inovação, e cujas realidades, segundo Bruno Veloso, «são muito semelhantes nos dois distritos».

Visto em: Sol

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Feira de Vimioso junta tradição e inovação

Juntar a inovação e a tradição. É o que se propõe fazer a organização da Feira de Artes, Oficios e Sabores de Vimioso. O certame, que decorre até domingo na vila, vai na oitava edição e apresenta como novidade um espaço para inovação tecnológica.

Vão ser mostrados e vendidos novos materiais, nomeadamente ligados às energias renováveis. A feira quer apresentar o melhor que o concelho pode oferecer, desde o artesanato, à gastronomia, passando ainda pela cultura e etnografia.

Visto em: RBA

Rota promove património do Douro

Está a ser preparada uma “Rota do Património da Humanidade da Bacia do Douro”. Um projecto transfronteiriço abraçado pela Fundação Rei Afonso Henriques, que com ele pretende promover os recursos culturais ao nível turístico.

Está a ser elaborado um estudo sobre o potencial que existe para promoção. O trabalho vai ser apresentado no dia 14 de Dezembro, altura em que se assinalam seis anos de elevação do Douro à categoria de Património Mundial da Humanidade.
Visto em: RBA

VIII Feira de Artes, Ofícios e Sabores em Vimioso - Cartazes


quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Vereador socialista abandona PS de Mogadouro

Antero Neto bateu com a porta ao partido socialista. O vereador eleito pelo PS na Câmara de Mogadouro, afirma não ter condições para frequentar a sede socialista.

Um posição tomada depois de, segundo ele, na última reunião da comissão politica do PS ter sido atacado, por, alegadamente, ele fazer parte de uma lista aos órgãos sociais para a Misericórdia, que é encabeçada por um vereador do PSD. O presidente da comissão politica de Mogadouro reconhece que a situação foi discutida, mas garante que não estava à espera desta atitude.

Visto em: RBA

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Burros, só de nome

Quando, há 12 anos, Bárbara Fráguas chegou ao Alto Douro, para um trabalho de fim de curso, não tardou a apaixonar-se pela paisagem e pelas pessoas. Ela, que trocara um curso meio começado de engenharia pela biologia, acabou, também, por trocar a sua cidade natal, o Porto, pela aldeia de Atenor, perto de Sendim (Miranda do Douro). Aqui ajudou a criar diversas associações, uma das quais, a Aldeia, integra a plataforma que se opõe à construção da barragem do Baixo Sabor (ver Única de 1/12/07). Em paralelo, desenvolve outros projectos, um dos quais consiste em salvar da extinção o burro de Miranda. Estes animais resistentes, meigos e peludos "são tudo menos estúpidos". Utilizados em passeios turísticos pela região, tornaram-se num dos atractivos desta aldeia onde, em dois cercados, há para cima de meia centena de exemplares.

Os burros mirandeses, corpulentos e de cor castanha, têm a curiosidade de apresentar pelo muito comprido até cerca de um ano de idade. A sua docilidade e porte tornam-nos ideais para transportar crianças ou pessoas pouco habituadas a montar. "É esta vertente que exploramos, com a realização de passeios pelo planalto transmontano, uns programados, outros a pedido e que podem ter um ou mais dias", explica Bárbara.

Até há meia-dúzia de anos esta raça parecia condenada à extinção. E isto porque a agricultura tradicional ia desaparecendo, enquanto nas explorações modernas se recorria, fundamentalmente aos tractores e outras máquinas. A Associação de Estudo e Protecção do Gado Asinino foi fundada em Maio de 2001. Para além da criação de novos animais, tem assegurado a recolha e protecção dos burros mais velhos, quer quando estes já estão incapazes para o trabalho, quer quando os respectivos proprietários já não os conseguem manter.

Rui Cardoso
21:00 | Sexta-feira, 30 de Nov de 2007
Visto em: Jornal Expresso

Indianos,paquistaneses e chineses aprendem português e dizem que transmontanos são mais honestos

«Um grupo de 15 chineses, paquistaneses e indianos acaba de concluir, na vila de Mogadouro, um curso de formação de quase meio ano em que aprenderam a língua portuguesa e cidadania. «Os transmontanos são mais certos, não são mentirosos«, diz Harjinder.

Harjinder deixou a Índia aos 16 anos e já passou quase outro tanto tempo da sua vida a trabalhar na Europa. Viveu em França, na Alemanha, na capital portuguesa, mas foi na pequena vila de Mogadouro, no Nordeste Transmontano que viu pela primeira vez azeitonas e encontrou a oportunidade que procurava ao imigrar do seu país.

“Os transmontanos são mais certos, não são mentirosos”, garante o conterrâneo Hargans, exibindo um certificado de curso que marca mais uma etapa na vida de ambos e de outros imigrantes que vivem, há vários anos, na localidade transmontana.

Curso de formação em português e cidadania

Um grupo de 15 chineses, paquistaneses e indianos acaba de concluir um curso de formação de quase meio ano em que aprenderam a língua portuguesa e cidadania. Esforçaram-se todos o suficiente para serem agora capazes de manterem um diálogo em português e vencerem mais uma etapa na integração numa terra estranha que os acolheu “sem problemas”, garantem.
O gabinete municipal de apoio ao imigrante quis com este curso demonstrar o seu empenho na integração destes cidadãos de “terras tão longínquas”, segundo o vice-presidente da autarquia, João Henriques.
O autarca contou que, em 2005, contabilizaram mais de uma centena de imigrantes a residirem no concelho de 14 nacionalidades.

Curiosamente naturais de países diferentes do que é habitual e em que predominam os cidadãos de Leste.
Indianos, paquistaneses e chineses são as nacionalidades com maior visibilidade, que encontraram nesta vila estabilidade embora, alguns em empregos precários.

Fazer o trabalhos que os outros não querem
Comércio e construção civil são as áreas de trabalho destes imigrantes, que confessaram à Lusa que, apesar de “nem tudo ser bom”, foi em Mogadouro que encontraram “honestidade” depois de passarem por diversos patrões noutras localidades, que nem sempre cumpriam com os seus deveres.

O indiano Hargans pensa já em trazer a mulher e a pequena filha para Portugal, um processo que acredita será agora mais fácil por dominar melhor a língua portuguesa.

Todos reconhecem, no entanto, as dificuldades burocráticas e políticas, maiores com cidadãos destas nacionalidades.
Este curso de iniciação vai ter continuidade com mais formação para aprofundamento dos conhecimentos agora adquiridos e o paquistanês Mohamed Asraf está já a pensar continuar a estudar.

“É gente esforçada e trabalhadora” assegura a formadora Paula Sá que teve com este grupo a primeira experiência de formação a cidadãos estrangeiros.
A formadora elogia sobretudo o empenho destes formandos que “muitas vezes iam do trabalho para a formação e só jantavam depois das onze da noite”.
Apreenderam em horário pós-laboral, de segunda a sexta, entre as 20h e a s 23h.

Em Mogadouro fazem o trabalho que as gentes locais não querem, segundo o vice-presidente da autarquia, enquanto muitos dos naturais do concelho partem para outras paragens à procura de novas oportunidades de vida.

Estes imigrantes chegaram à vila transmontana através de familiares, amigos ou conhecidos que já tinham ouvido falar do “sossego” desta terra.
O curso de formação para a integração sócio-profissional de imigrantes foi apoiado pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) que já garantiu a continuidade desta aprendizagem.

Para o director regional do instituto, Fernando Calado, “se esta região não for capaz de receber cidadãos de todo o mundo, o Distrito de Bragança será dentro de pouco tempo uma realidade que assusta”.
Fernando Calado vê nestes cidadãos um contributo para inverter o processo de despovoamento de um distrito que tem apenas quatro mil crianças a frequentarem as escolas do primeiro ciclo.
Daí o agrado das entidade locais com o pequeno Tiago, um mogadourense de um ano e meio, filho de jovens comerciantes chineses, que frequentaram a formação e se radicaram nesta localidade.

Lusa/PJ, 2007-12-03
Visto em: Diário de Tás-os-montes

Imigrantes "habilitados" a falar e escrever português

Uma pequena comunidade de imigrantes asiáticos composta por cidadãos oriundos de países como a Índia, Paquistão e China a residir em Mogadouro recebeu um diploma que lhes confere aptidões reconhecidas para falar e escrever a língua de Camões.

Há cerca de meio ano foram 15 os cidadãos estrangeiros que começaram a sua formação na área da língua portuguesa e cidadania no âmbito do programa “ Portugal Acolhe”, agora os resultados são visíveis, os novos falantes do português consideram que “língua é a sua pátria, e Mogadouro pode ser o seu mundo”. Os cidadãos que integram o grupo já percorreram outros países europeus, no entanto garantem que é Portugal que querem ficar. A esta pequena comunidade na sua maioria trabalha na construção civil tendo desde cedo demonstrado vontade aprender uma nova língua, todos os dias úteis da semana no horário pós laboral sentavam-se de novo nos bancos da escola com uma vontade férrea de aprender. “ O dia a dia desta pessoas é uma coisa básica: Comer, trabalho, casa. Eles apenas querem ganhar dinheiro para enviar para a família. A situação destes emigrantes torna-se difícil já que muitos trabalham ao fim de semana para poder cumprir os seus compromissos, mas não desmotivaram,” argumentou Paula Sá, a formadora do curso. De recordar que em 2005 residiam em Mogadouro cerca de 107 emigrantes oriundos de 14 nacionalidades. “ No ano internacional da igualdade de oportunidades para todos, isto é um acção que a todos nos honra já que permitiu entregar a cidadão de outros países as mesmas armas para que possam ter as mesmas oportunidades que os cidadãos locais para assim obterem um integração total no seio da comunidade que os acolhe,” referiu João Henriques, vice -presidente do município de Mogadouro. O curso de formação para a interacção sócio – profissional de imigrantes foi apoiado pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, (IEFP) que já garantiu a sua continuidade por mais 150 horas. Para Fernando Calado, director regional do IEFP, se a região não for capaz de receber cidadãos de todo o mundo, o distrito de Bragança será uma “realidade que assusta dentro de pouco tempo. Aquele responsável vê nestes cidadãos do mundo “ um contributo para evitar o processo de desertificação de um distrito onde apenas quatro mil crianças frequentas a escolas do 1º ciclo”.

Visto em: RBA

domingo, 2 de dezembro de 2007

Antigas estações podem servir para hotéis ou restaurantes

A transformação de antigas estações ferroviários em hotéis ou restaurantes e a criação de percursos turísticos ao longo de mais de 200 quilómetros de linhas transmontanas desactivadas é o propósito de um projecto apresentado em Bragança a autarcas e privados.

A promotora é a Invesfer, uma empresa subsidiária da Refer, a proprietária do património e infra-estruturas das linhas de comboio do país. A maioria das linhas transmontanas foi desactivada há mais de 15 anos e a Invesfer pretende agora aliciar privados e autarquias a aproveitarem o património que se encontra ao abandono.

A primeira abordagem para este projecto foi feita em Julho e ontem a administração da Invesfer juntou em Bragança autarcas, empresários, bancos e outros agentes da restauração e do turismo para discutir a ideia. As linhas abrangidas em Trás-os- Montes são as do Douro, Sabor , Tua e Corgo e o objectivo é estudar a possibilidade de transformar os canais em ecopistas e aproveitar o património edificado envolvente, nomeadamente as estações e casas dos guardas de nível. “Estamos a procurar iniciativas, sejam culturais ou comerciais, para promovermos um projecto regional que envolve as várias linhas e que seja indutor da actividade económica da região, nomeadamente o turismo”, explicou o presidente da Invesfer, Vicente Pereira. O responsável garantiu que existe já interesse, nomeadamente de privados para este projecto, que deverá ser elaborado durante o próximo ano.

Segundo explicou, a ideia é apoiar eventuais iniciativas privadas e, em relação à parte pública, promover uma candidatura conjunta a fundos comunitários. Os autarcas locais consideram o projecto “uma boa ideia”, mas entendem que só “terá sucesso se houver investimento e interesse dos privados”.

Esta opinião foi resumida pelo presidente da Câmara de Mirandela, José Silvano, para quem “as autarquias, só por si, não têm vocação nem condições para este projecto”.

A Invesfer tem uma iniciativa idêntica em curso para as linhas desactivadas do Alentejo e vai promover no próximo ano um seminário internacional para lhe dar visibilidade, integrando-a na rede europeia de eco-pistas. De fora fica a pretensão assumida esta semana pelos autarcas de Figueira de Castelo de Rodrigo e Vila Nova de Foz Côa de recuperar o comboio no troço da linha do Douro entre o Pocinho e Braça D´Alva.

PJ, 2007-12-01
Visto em: Diário de Trás-os-montes

sábado, 1 de dezembro de 2007

Trás-os-Montes: Arqueólogo propõe revitalização de aldeias abandonadas com objectivos turísticos

Bragança, 01 Dez (Lusa) - Algumas aldeias transmontanas desertificadas reúnem condições para dinamizar um novo conceito turístico de recriação de épocas históricas ou ambiências capaz de impedir que se transformem em meros vestígios arqueológicos.

A ideia é defendida pelo arqueólogo Luís Pereira, da extensão de Trás-os-Montes do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR).
A região trasmontana contabiliza já alguns casos de aldeias completamente despovoadas, sendo Benrezes, no concelho de Macedo de Cavaleiros, um dos mais emblemáticos.
O anterior bispo da Diocese de Bragança-Miranda, D. António Rafael, recorria a este exemplo frequentemente na sua luta contra a desertificação do Nordeste, pedindo para que não se permitisse que a região tivesse o mesmo destino.
Esta aldeia "fantasma", a meia dúzia de quilómetros da cidade de Macedo de Cavaleiros, está completamente abandonada e em ruínas.
A sua história é feita de lendas de maldições que terão dizimado a população, mas, para o arqueólogo Luís Pereira, a versão mais plausível para este abandono terá sido uma epidemia.
A maior parte da população terá sido afectada e a que escapou fugiu da aldeia para a povoação mais próxima de Vale da Porca ou outras.
Para trás, as pessoas deixaram, há já várias décadas, as casas e os equipamentos colectivos agora em ruínas, mas ainda demonstrativos da mais pura ruralidade.
"Uma jóia" é como o arqueólogo considera Benrezes, acreditando, por isso, que das ruínas das casas e ruas muralhadas em pedra poderia erguer-se um novo conceito turístico na região, que já é aplicado em outros países.
Os adeptos da natureza no seu estado mais puro teriam aqui a oportunidade de desfrutar do mais bucólico cenário, onde não se avista sequer um poste de electricidade.
Os campos em volta estão lavrados e, de quando vez, é possível avistar um rebanho entre os tons da natureza junto ao rio Azibo.
É numa das margens do rio que se encontra o mais importante e vistoso núcleo da aldeia com um moinho em pedra "altamente sofisticado para a época", dispondo de três mós a trabalhar em simultâneo num processo totalmente tradicional.
Os balcões típicos das aldeias transmontanas, com as escadas de acesso à porta principal, ou as tradicionais manjedouras para os animais no andar inferior das casas são algumas das características presentes.
Esta ambiência campestre podia ser aproveitada para fins turísticos com a revitalização da aldeia, na opinião do arqueólogo Luís Pereira.
Para este técnico, outras aldeias podiam dar origem a projectos idênticos, com outras temáticas ou recriação de épocas históricas relevantes na região.
"Avancem com projectos e o Turismo apoiará", disse à Lusa o presidente da Comissão Regional de Turismo do Nordeste Transmontano (CRTNT), Júlio Meirinhos.
Meirinhos entende que não compete à instituição que dirige tomar a iniciativa, mas estar disponível para ser parceira e apoiar e encaminhar eventuais projectos a candidaturas adequadas.
O presidente da CRTNT considera o conceito "interessante" para uma região que aposta no sector turístico para o desenvolvimento futuro.
Da mesma opinião é a autarquia de Macedo de Cavaleiros, embora fonte autárquica tenha reconhecido à Lusa que "é muito difícil avançar com qualquer projecto".
Embora abandonados, os terrenos e as ruínas de Benrezes são propriedade privada partilhada por vários herdeiros, o que dificulta um eventual processo de negociação.
O arqueólogo Luís Pereira afirma que as mutações demográficas que agora se observam na região transmontana, e sempre presentes nos discursos políticos, são recorrentes ao longo dos tempos nos registos históricos.
Profetiza que algumas aldeias serão no futuro meros vestígios arqueológicos, como aqueles que na actualidade dão conta das movimentações das populações ao longo da história por questões políticas, sociais e até bélicas.
O arqueólogo não encara a situação actual como "preocupante" e até acredita que, além dos projectos turísticos que defende, a região transmontana tem condições naturais para inverter esta situação.
A tecnologia que permite aceder a tudo a partir de qualquer parte do mundo e a procura cada vez maior de qualidade de vida são dois factores que, para este arqueólogo, vão ajudar a repovoar quase que naturalmente algumas zonas da região.
O fenómeno ainda não tem grande visibilidade, mas um investigador de Bragança disse à Lusa ter já detectado, num estudo que está a conduzir, "uma tendência neste sentido".
"Há já uma aproximação das populações para as zonas com estas características: sem poluição ambiental, sem stress", afirmou Francisco Cepeda, professor catedrático de Bragança.
O académico sublinhou que o seu estudo "ainda necessita de alguns anos e de analisar as diferentes variáveis para saber se esta movimentação é um fluxo ou apenas uma tendência momentânea".
O investigador pretende, com este trabalho, dar um contributo para que os decisores locais possam adoptar medidas e políticas adequadas à realidade que vier a ser confirmada.
HFI.

© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
2007-12-01 10:10:02
Visto em: RTP

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Apanha de cogumelos sem controlo

Pantorra afirma que colheita é efectuada de forma muito intensiva e sem qualquer tipo de regulamentação

A colheita de cogumelos silvestres de forma muito intensiva e descontrolada está a preocupar a Associação Micológica «A Pantorra».

Segundo esta organização, a forte procura de cogumelos representa riqueza para a “meia dúzia de colectores e intermediários que vêm em carrinhas e os recolhem nas aldeias, normalmente pagando muito pouco face ao valor do produto no mercado”, denuncia o presidente da Pantorra, Francisco Martins.

Ao contrário do que acontecia antigamente, em que os cogumelos estavam associados a populações rurais e à pequena economia doméstica, hoje existem “apanhadores” que vêm de fora, empresas de comércios ou transformação. A produção deixou, assim, de ser um bem natural de determinada região, para passar a ser alvo de cobiça de pessoas que chegam de diversos locais em busca de cogumelos que são vendidos a “peso de ouro”.

A situação em Trás-os-Montes é motivo de preocupação, devido à apanha descontrolada, que poderá colocar em risco o futuro das espécies mais procuradas e, consequentemente, afectar a débil economia ligada a este sector. “Há mais gente a colher cogumelos e apanham logo que aparecem, sem os deixarem desenvolver. Não há regras de colecta e apanha-se à toa”, acrescenta Guilhermina Marques, docente na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

Colheita de cogumelos em Espanha está regulamentada e organizada

Ao contrário do que se passa em Portugal, nalgumas regiões de Espanha a colheita e comercialização de cogumelos está regulamentada de modo a organizar e normalizar a recolha.

Neste sentido, a Associação para o Desenvolvimento de Aliste, Tábara e Alba, com o apoio do Ministério da Agricultura e da Junta de Castela e Leão e enquadramento científico do Instituto de Restauração e Meio Ambiente, criou um guia com conselhos e regras quanto à recolecção e consumo de cogumelos.
Deste modo, os espanhóis conseguem valorizar o seu produto, a partir desta organização e aproveitamento, bem como através da descoordenação portuguesa neste sector, que lhes permite adquirir cogumelos a preços inferiores, levando à sua subvalorização.

Para que esta situação deixe de se verificar, é necessário transformar os cogumelos silvestres num produto tradicional e num recurso com vista ao desenvolvimento local. Assim, é urgente conhecer o produto e a melhor forma de o utilizar, através de estudos, criar regras para um uso sustentável, bem como alertar para as boas práticas de comercialização e transformação. Estes são alguns dos assuntos que fazem parte de investigações levadas a cabo pela UTAD.

Sandra Canteiro, Jornal Nordeste, 2007-11-29
Visto em: Diário de Trás-os-Montes

Castelo de Penas Roias vai ter acesso melhorado

Ainda não é a intervenção desejada, mas já em um primeiro passo. Em 2008 deverá ficar feita a beneficiação dos acessos ao castelo de Penas Rioas, no concelho de Mogadouro. O monumento de importância histórica vai receber também algumas benfeitorias no exterior.

Fica a faltar a recuperação de estruturas que apresentam já alguma degradação. Um intervenção que também está dependente de uma avaliação de instabilidade do castelo que já foi feita e cujos resultados devem ser apresentados no início de 2008.

José Carlos Tr, Qui, 29 de Novembro de 2007 - 10:29:39
Visto em: RBA

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Na fronteira dos territórios de Mogadouro

Os olhos não enganam... à medida que nos aproximamos do território de Mogadouro, a paisagem muda de cor, recebendo-nos com todo o seu esplendor.
A fotografia foi tirada no dia 7 de Outubro, perto de Lagoaça, poucos metros antes de entrarmos no concelho de Mogadouro.

Azeite: Investigador da UTAD cria processo inovador de tratamento de resíduos dos lagares

Vila Real, 27 Nov (Lusa) - Um investigador da Universidade de Vila Real é o autor de um processo "inovador" de tratamento dos resíduos e efluentes dos lagares de azeite das grandes e pequenas unidades industriais, foi hoje anunciado.

João Claro, professor e investigador do departamento de química da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), disse à Lusa que os resíduos derivados da produção de azeite, as designadas águas ruças, são "altamente poluentes e continuam a ser um problema ambiental".

O responsável salientou que aqueles efluentes "têm uma carga poluente 200 vezes superior ao esgoto doméstico, causando, por isso, graves problemas ambientais".

O investigador disse que o novo processo é "tecnologicamente pouco complexo" e consiste em aplicar aos efluentes dos lagares de azeite resíduos da indústria corticeira, resultando num produto "cem por cento natural e orgânico".

"Mistura-se o pó de cortiça, que absorve e incorpora todos os compostos orgânicos das águas ruças e de outros resíduos de lagares de azeite, dando origem a uma espécie de pasta ou lama", explicou.

Com este método poderá também ser revolvido parte do problema dos resíduos da indústria corticeira nacional, que produz anualmente cerca de 90 mil toneladas de pó de cortiça.

"Para tratar todos os efluentes a nível nacional, seram necessários 20 mil toneladas de pó de cortiça", salientou.

O produto final da operação poderá ser utilizado como fertilizante, ou componente de fertilizante, para rectificar a alcalinidade dos solos e também para a produção de biomassa, combustível destinado à produção de energia.

De acordo com o investigador, "alguns processos existentes de tratamento dos efluentes só resolvem parcialmente o problema, ou porque são processos muito caros ou porque exigem grande complexidade técnica".

João Claro garantiu que a sua invenção poderá ser aplicada e é acessível a grandes ou pequenas unidades industriais.

"Poderá ser criada uma linha de montagem para servir várias unidades industriais ou poderá ser aplicado apenas num lagar, aproveitando os tanques instalados nestas unidades para fazer a mistura, até de forma manual, deixando-se, depois, secar ao sol", frisou.

O Gabinete de Apoio à Promoção da Propriedade Industrial, instalado desde Fevereiro na UTAD, ajudou João Claro a patentear a sua invenção.

É também através da UTAD que se pretende obter apoio do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) para financiar a aplicação deste processo.

"Poderá agora ser dado um grande impulso com a o próximo quadro comunitário que está a libertar verbas para apoiar precisamente processos destes, inovadores e apoiados em tecnologias novas", referiu.

João Claro conta com a parceria da Cooperativa de Olivicultores de Murça e de empresas que vão construir centrais de biomassa na região transmontana.

O presidente dos Olivicultores de Murça, Alfredo Meireles, referiu que, actualmente, a cooperativa está a vender a "preços muito reduzidos" as toneladas de bagaço húmido (bagaço e águas ruças) que são produzidos em cada campanha.

Esses resíduos são utilizados para a produção de óleo de bagaço, que tem como principal destino o mercado espanhol.

A remodelação do sector olivícola que se verificou em Portugal nos últimos anos levou ao encerramento, só na região transmontana, de várias dezenas de lagares de azeite.

Segundo dados da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN), em 1994 estavam em laboração em Trás-os-Montes e Alto Douro 243 lagares, tendo algumas destas unidades encerrado devido às exigências da União Europeia relativamente ao licenciamento e às novas exigências ambientais.

Este ano, estão em funcionamento cerca de 110 lagares de azeite.

No entanto, a capacidade instalada na região não sofreu alterações significativas, uma vez que as unidades desaparecidas deram lugar a outras, de maior dimensão, com novas tecnologias, melhores condições estruturais, adaptando-se às exigências da legislação em vigor para o sector, nomeadamente em termos ambientais.

Cerca de 70 hectares da região transmontana estão ocupados por olival, que se geram uma produção média anual de 13 toneladas de azeite.

Na região transmontana existe uma área de produção de azeite com a denominação de origem protegida "Azeite de Trás-os-Montes", que ocupa 71 por cento da área do olival para azeite deste território.

Segundo a DRAPN, os dados disponíveis até ao momento indiciam que campanha deste ano registará uma quebra entre os 25 a 30 por cento na produção de azeitona para azeite, comparativamente a ano anterior.

© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
2007-11-27 15:55:01
Vista em RTP

Mário Lino apoia reabertura da linha do Pocinho

Mário Lino apoia reabertura da linha do Pocinho
O Ministro das Obras Públicas anunciou que está disponível para apoiar a reabilitação da ligação ferroviária entre Pocinho e Barca de Alva, tal como é desejado pela Comissão de Revitalização da Linha do Douro. A reabertura do troço foi exigida por 28 municípios de seis distritos, entre eles Bragança e Vila Real, que pedem ao Primeiro-ministro vontade política para avançar com a reabertura deste troço. Mário Lino adianta agora que está disponível para avaliar o projecto.

O governante adianta ainda que os municípios devem provar que se trata de uma linha rentável. Para Mário Lino, a parceria é possível desde que sejam os municípios a assegurarem a exploração da linha, porque, diz, são aqueles que “conhecem a região”. Recorde-se que o troço da linha ferroviária entre Pocinho e Barca de Alva, com cerca de 28 quilómetros, está encerrado há 20 anos. A Comissão de Revitalização da Linha do Douro reúne-se a 9 de Dezembro para trabalhar em meios para reactivar o troço, bem como, para estabelecer ligações até Salamanca e Valladolid, em Espanha.
Visto em: RBA

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Pavilhão de excelência inaugurado em Bemposta

«O melhor recinto desportivo implantado em meio rural de todo o distrito de Bragança»

O novo pavilhão polidesportivo da freguesia de Bemposta, Mogadouro, foi ontem inaugurado em ambiente festivo. O equipamento e área envolvente custaram cerca de 650 mil euros.

Para além da componente desportiva, a infra-estrutura contempla três campos para a prática de jogos tradicionais e um espaço de lazer destinado à população sénior. Nas imediações vai ainda ser edificada uma área habitacional.

O polidesportivo era uma ambição antiga das gentes de Bemposta, a maior freguesia de Mogadouro, localidade onde está instalado um dos três pólos escolares. \"O novo equipamento corresponde a um esforço financeiro importante para os cofres da autarquia, situação que levou a Câmara de Mogadouro a ter em conta vários factores, \"já que é impossível construir um espaço com estas características em todas a freguesias\", justificou Morais Machado, presidente do município de Mogadouro.

O novo espaço vai ainda criar condições para a prática de varias modalidades desportivas e permitir os ensaios dos grupos etnográficos existentes na freguesia. Os laços de amizade com as populações raianas vais fomentar a prática desportiva transfronteiriça com a realização de vários torneios desportivos luso-espanhóis, onde o futsal tem um papel de destaque.

O novo equipamento foi considerado pelos responsáveis autárquicos do concelho de Mogadouro como \"o melhor recinto desportivo implantado em meio rural de todo o distrito de Bragança\". No concelho de Mogadouro existem ainda sete polidesportivos ao ar livre.

Francisco Pinto in JN, 2007-11-27
Fonte: Diário de Trás-os-montes

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Pimentel reeleito no PSD de Mogadouro


Morais Machado tem o apoio da concelhia local do PSD para uma eventual recandidatura à câmara municipal de Mogadouro. Garantia deixada por António Pimentel, que este fim-de-semana foi reeleito como líder dessa estrutura partidária.
RBA - Rádio Bragança - 26, Nov 2007 - 09:11

Obra com Sabor amargo

Empreitada será adjudicada até finais de Junho de 2008

Há mais de uma década envolta em polémica, a construção da barragem no Sabor vai mesmo avançar. O Governo prevê adjudicar a empreitada até Junho de 2008, e a EDP conta tê-la em funcionamento em 2013. Será o investimento de 354 milhões de euros capaz de calar os opositores?

Um dos poucos cursos de água que ainda correm livres e despoluídos em território português deverá, dentro de poucos anos, sofrer uma importante mudança na sua paisagem, que à luz de alguns estudos de impacto ambiental conhecidos ao longo da última década, poderá pôr em risco a sobrevivência das espécies autóctones da região transmontana.

Depois de, no passado mês de Agosto, a Comissão Europeia ter arquivado um processo de infracção movido a Portugal na sequência da queixa apresentada pela Plataforma Sabor Livre, e de, no seguimento dessa deliberação, o Governo ter imediatamente dado “luz verde” à empreitada, que será adjudicada até finais de Junho de 2008, parece incontornável o avanço da obra, que a EDP prevê possa estar em funcionamento em 2012 ou 2013.

O argumento ambientalista saiu derrotado de uma longa quezília, e de nada serviram os alertas tanta vez lançados pelos activistas daquela plataforma de que a construção da barragem constitui “um enorme crime ambiental”, com consequências nefastas e irreversíveis para aquele ecossistema.

A poucas semanas do anunciado início, em Janeiro, do concurso público com vista à construção daquele projecto, que deverá absorver, segundo o plano de execução, 354 milhões de euros, O PRIMEIRO DE JANEIRO recorda os argumentos contra e a favor da barragem, sustentados, respectivamente, pela visão dos ambientalistas e pela acepção dos políticos e economistas, que durante os últimos anos esgrimiram uma dura luta, que acabaria por ter como desfecho a decisão de construir. O Sabor que fica, na opinião dos que sempre se opuseram à medida, é “um sabor amargo”, como disse ao JANEIRO fonte da plataforma ambientalista que liderou o processo de contestação à barragem.

Com o avanço da obra, o Baixo Sabor transformar-se-á num dos mais importantes empreendimentos hidroeléctricos do nosso país, apesar da reiterada contestação dos ecologistas lusitanos. As vozes contra a construção da barragem foram as primeiras a ouvir-se e o estudo de impacto ambiental não sossegou os ambientalistas.

A Plataforma Sabor Livre diz que o relatório “apresenta erros frequentes e grosseiros, que desacreditam as suas conclusões”. Em causa está, por exemplo, a “discrepância inaceitável” no que toca à avaliação dos empreendimentos em termos das metodologias, dos resultados e das conclusões apresentadas, que mais não fazem do que “desvalorizar de forma sistemática e tendenciosa a importância do Baixo Sabor”. Os ambientalistas frisam que a barragem “afectará habitats e espécies com importância e/ou ameaçados na Europa” e que “o Estado, à luz de várias directivas comunitárias, se comprometeu a conservar”. Considerando que “no plano da Política Energética Nacional o projecto não traduz qualquer mais-valia”, atestam que o impacto será “superior ao Alto Côa”, porque a flora existente no local é “francamente mais importante”, afectando a área proposta para Rede Natura 2000 e áreas ainda maiores de RAN, REN e ZPE.

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Desenvolvimento - Autarquias a favor

Os presidentes das câmaras municipais da região constituíram sempre vozes mais sonantes a favor da empreitada. O argumento é simples: “Uma obra como esta tem uma grande importância numa zona deprimida e despovoada”, como afirmou Aires Ferreira, autarca de Torre de Moncorvo. João Carlos Figueiredo (Alfândega da Fé) subscreve o optimismo, e lembra que “a irrigação da parte agrícola é a grande vantagem deste empreendimento, que tem associado um fundo que prevê a dinamização turística e agrícola”. Beraldino Pinto (Macedo de Cavaleiros) considera que se trata de “uma obra de importância nacional” e Morais Machado(Mogadouro) enfatiza os “benefícios nacionais e regionais” do projecto.

Carla Teixeira in PJ, 2007-11-26